Nasceu em El Barco
de Ávila no dia 19 de junho de 1881, filha de Anacleto González e Maria do
Rosário Trujillano, que lhe deram o nome de Juliana. Ela foi crismada na sua
paróquia natal em 18 de junho de 1885.
Quinze anos depois,
em 1900, instalou-se na freguesia de El Barco de Ávila uma comunidade das Terciarias
Franciscanas da Divina Pastora, fundada em 1805 por Madre Maria Ana Mogas
Fontcuberta, agora conhecida como Franciscanas Missionárias da Mãe do Divino
Pastor. Elas trabalhavam numa escola para a educação de crianças e jovens,
dando especial atenção aos mais necessitados.
Juliana logo se
identificou com elas e sentiu-se chamada a seguir o seu estilo de vida. Em 18
de fevereiro de 1903, entrou para o noviciado e mudou seu nome para Irmã Maria
Assunção. Fez seus votos em 1905, na Casa Generalícia de Madrid, onde tinha
completado o noviciado, mas professou os votos perpétuos na Casa de La Coruña,
em 1910.
Juntamente com uma
coirmã, Irmã Assunção fundou uma escola em Arenas de San Pedro, onde permaneceu
por três anos. Como professora de economia doméstica ensinava às meninas corte
e costura. Novamente na Casa Mãe, ela ocupou o cargo de sacristã,
distinguindo-se pela precisão no dever, espírito de sacrifício e uma crescente
intimidade com Nosso Senhor.
Em julho de 1936, diante
das perseguições contra os religiosos, seguindo as indicações da Madre Geral
Maria das Vitórias Lage Castrillón, abandonou a casa e refugiou-se com ela na
Rua Barquillo 3, junto ao casal Adolfo Cadaval y Muñoz del Monte e Amália
Garcia Lara.
Em 20 de outubro de
1936, ela se dirigiu a uma embaixada, talvez a do Chile, juntamente com o
casal, pois queria depositar o seu dote e o das outras freiras. No entanto,
logo na entrada da embaixada os três foram capturados por alguns milicianos e
levados para uma "checa", ou seja, um local de prisão e tortura,
situado na Rua Fomento.
Na cela onde a Irmã
Assunção foi presa estava também a Madre Provincial das Irmãs das Escolas Pias.
Esta viu com seus próprios olhos que ela não se sentou, mas começou a ir e vir,
rezando. De vez em quando a ouvia dizer em um tom de angústia: "Me
matam".
Às duas horas da
tarde entrou na cela um miliciano com um envelope azul que disse: "Você
tem a liberdade". Isto a tranquilizou, de modo que quando foi chamada saiu
calmamente. Pouco depois, saiu a Sra. Amália Garcia, que chorava dizendo querer
dar adeus a seu marido, mas foi dito: "Agora você vai ver o seu
marido". Na realidade, era tudo falso, eles não tinham sido libertados,
mas estavam sendo conduzidos ao fuzilamento. Era o dia 28 de outubro de 1936.
O processo canônico
para a avaliação de sua morte por ódio à fé, unido aos de suas coirmãs Isabel
(nascida Maria do Consolo) Remiñán Carracedo e Gertrudes (Doroteia) Llamazares
Fernández, foi iniciado a partir de 27 de setembro de 1999 junto à Arquidiocese
de Madrid e as três foram beatificadas em Tarragona em 13 de outubro de 2013,
incluídas no grupo de 522 mártires que morreram durante a Guerra Civil
Espanhola.
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