Em Detroit, nos
Estados Unidos de América, foi proclamado Beato Francisco Solano, sacerdote dos
Frades Menores Capuchinhos. Discípulo humilde e fiel de Cristo, distinguiu-se
por um serviço incansável aos pobres. Possa o seu testemunho ajudar sacerdotes,
religiosos e leigos a viver com alegria o vínculo entre anúncio do Evangelho e
amor pelos pobres.
Papa
Francisco – 21 de novembro de 2017
O Beato Francis
Solano Casey alcançou a santidade aqui nos Estados Unidos, escalando
diariamente os passos que levaram ao encontro com Deus através do amor pelos
irmãos necessitados.
Os outros,
especialmente os pobres, não foram vistos como um fardo ou um obstáculo para o
seu caminho de perfeição. Mas como um caminho para a luz do esplendor divino.
Cardeal
Angelo Amato – 19 de novembro de 2017
Bernardo Francisco
Casey nasceu em 1870 em Wisconsin, numa família ascendência irlandesa que teve
16 filhos, ele era a sexta criança a vir ao mundo. Gostava dos esportes e da
música e teve que deixar bem cedo a escola para trabalhar em uma grande
variedade de serviços: trabalhador agrícola, padeiro, guarda da prisão e
lenhador.
Havia ainda a
vocação que já havia nascido em sua alma: ele queria tornar-se sacerdote. Tinha
tendências para ser padre diocesano, mas sua preparação cultural fraca o
impediu de ingressar em um seminário de uma diocese.
Alguém teve a feliz
ideia de recomendar-lhe a procura de uma congregação religiosa para que pudesse
alimentar e expandir sua vocação.
Depois de refletir
diante de uma imagem da Virgem Maria, sentiu o desejo de “ir para
Detroit”. Seguiu este conselho e ingressou na Ordem dos Capuchinhos em 1897,
recebendo o nome religioso de Solano.
Seus talentos eram
outros que o da cultura classicamente conhecida. E seus superiores perceberam
isso imediatamente:
"Para o povo de Deus, para as pessoas em geral, ele
será uma espécie de Cura de Ars", disseram seus
superiores no dia de sua ordenação sacerdotal, o Arcebispo não lhe havia dado a
permissão para atender confissões e pregar.
E eles tinham
razão. Seu status sacerdotal não lhe permitiu nem pregar em público nem
confessar, porém, sendo porteiro do convento por mais de 20 anos no convento de
São Boaventura, em Detroit, os fiéis faziam filas para, depois de longa espera,
conseguir seus conselhos, recomendações e bênção pois sabiam que suas orações
eram ouvidos e seus conselhos sábios.
Frei Francisco
Solano passava as noites em vigílias de adoração ao Santíssimo.
O cardeal Amato
lembrou, ao dirigir algumas palavras aos presentes na cerimônia de Beatificação
que durante a grande depressão de 1929, para conhecer aqueles que sofreram
fome, criou com a ajuda de benfeitores uma cozinha de caridade para oferecer
sopas gratuitas aos pobres. Ele saía todos os dias para pedir, aos agricultores
e empresas, alimentos com essa intenção.
O Beato Francisco
Solano entregou sua alma a Deus em 1957, depois de viver 86 anos.
Entre centenas de
curas atribuídas ao Frei Solano, o Papa Francisco reconheceu a autenticidade do
milagre que envolveu uma mulher com uma doença genética da pele considerada
incurável.
A mulher estava
visitando alguns amigos em Detroit e parou diante da tumba do frei capuchinho
para rezar pelas intenções dos outros. Depois de rezar, sentiu um grande
impulso de pedir a intercessão do frei para si mesma e recebeu uma cura
instantânea e visível.
Um detalhe que se
ressalta é que o Frei Solano morreu devido a uma doença de pele em 1957.