No dia 16 de março de 1540,
provido dos títulos de Núncio Papal e Embaixador de Portugal para os países do
Oriente, Francisco Xavier foi despedir-se de seu pai espiritual. Santo Inácio,
pondo-lhe as mãos sobre os ombros, percebeu que a batina era muito rala. “Como,
meu caro Francisco! Ides cruzar as neves dos Alpes com roupa tão leve?” O
discípulo sorriu timidamente. “Depressa, desvestindo sua própria batina, o
Fundador da Companhia de Jesus tirou uma veste de flanela que estava usando, e
fê-la vestir em Xavier. Era como se, com essa parte de sua vestimenta, desse
uma parte de si mesmo ao filho que partia”. “Ide: acendei e inflamai todo o
mundo”, foram as últimas palavras Inácio de Loyola a Francisco Xavier.
Por que falar dos santos? São amigos a quem recorro quando necessito, irmãos mais velhos a quem peço conselhos. Converso com eles como pessoas a quem tenho afeição e que conheço pessoalmente. Na vida dos santos eu reconheço a mim e a minha história.Eles passaram pelas mesmas dificuldades humanas. Assim, eu posso rezar, pedindo sua intercessão diante de minhas dificuldades particulares. Conhecer um santo é conhecer um amigo. Você ouve falar sobre ele e pensa: gostaria de conhecer esta pessoa
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quinta-feira, 31 de julho de 2014
Jesuítas no Brasil
Os sacerdotes jesuítas
chegaram ao Brasil com o primeiro governador-geral da colônia, Tomé de Souza,
desembarcando na cidade de Salvador em 1549. Chefiados por Manoel da Nóbrega,
os religiosos se deslocaram para o sul, dedicando-se a pregação da fé católica
e à educação.
É aos jesuítas que
historiadores creditam a implantação de um sistema de educação formal no Brasil
colônia, ao perceberem que a conversão dos nativos só seria possível se eles
tivessem alguns conhecimentos básicos de leitura e escrita.
Para se comunicarem com os
indígenas, muitos jesuítas aprenderam os idiomas nativos. José de Anchieta, que
viera na expedição do segundo governador-geral do Brasil, Duarte de Souza, em
1553, escreve um dicionário, uma gramática e uma doutrina em guarani, além de
peças teatrais, criando as primeiras peças literárias produzidas no Brasil
colônia. Anchieta tornou-se o mais destacado entre os primeiros jesuítas que
viveram nas terras brasileiras. Como educador, participou da fundação do
Colégio de Piratininga, onde se originou a cidade de São Paulo, dirigiu o
Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro. Politicamente, teve atuação nas
negociações de conflitos envolvendo indígenas e brancos.
A atividade educativa dos
jesuítas foi intensa. Em 1570, já haviam aberto escolas de instrução elementar
em Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de
Piratininga, além dos colégios do Rio de Janeiro, Pernambuco e na Bahia.
Acompanhando as incursões dos colonizadores pelo interior do continente, fixaram-se
em diferentes pontos do território brasileiro, como Minas Gerais e Goiás. No
século XVIII, Paranaguá tornou-se um centro de atividades sacerdotais e
pedagógicas através de uma residência, criada em 1708, e de um colégio, fundado
em 1708. Na ilha de Santa Catarina, visitada pelos jesuítas desde 1835, abriram
uma residência em 1749 e um colégio em 1751. Descendo para o sul, sua presença
era nas missões jesuíticas, onde moravam com os índios.
Em 1720, por ordem do
Marquês de Pombal, secretário do estado português, os jesuítas são expulsos de
Portugal e de todas as suas colônias. A educação voltada para a fé, no modelo
jesuítico, não interessava a Pombal, que pretendia criar uma escola ligada aos
interesses do Estado, que permitisse o reerguimento de Portugal frente às
demais nações européias. Mais de 600 jesuítas foram embarcados do Brasil para
Lisboa, enquanto Pombal confiscava todos os bens móveis e imóveis da Companhia
de Jesus, entre igrejas, seminários, imagens, jóias, engenhos, livros, casas.
A perseguição à Companhia de
Jesus termina em 1814, quando o Papa Pio VII restaura a ordem religiosa. Os
religiosos voltam ao Brasil e, mesmo sem reaver propriedades, retomam as práticas
educativas, abrindo colégios por todo o território.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Papa Francisco fala aos Jesuítas
"O brasão de nós Jesuítas é um monograma, significa “Iesus Hominum Salvator” (IHS). Cada um de vós poderá dizer-me: sabemos disso muito bem! Mas este brasão nos recorda continuamente uma realidade que não devemos nunca esquecer: a centralidade de Cristo para cada um de nós e para toda a Companhia, que Santo Inácio quis propriamente chamar de “de Jesus” para indicar o ponto de referência. Além disso, também no início dos Exercícios Espirituais, coloca-nos diante do nosso Senhor Jesus Cristo, do nosso Criador e Salvador (cfr EE, 6). E isto leva todos nós Jesuítas e toda a Companhia a sermos “descentralizados”, a ter adiante o “Cristo sempre maior”, o “Deus sempre maior”, o “intimior intimo meo“, que nos leva continuamente para fora de nós mesmos, leva-nos a uma certa kenosis, a “sair do próprio amor, querer e interesse” (EE, 189). Não é descontada a pergunta para nós, para todos nós: Cristo é o centro da minha vida? Coloco verdadeiramente Cristo no centro da minha vida? Porque há sempre a tentação de pensar estarmos nós no centro. E quando um Jesuíta coloca a si mesmo no centro e não Cristo, erra. Na primeira Leitura, Moisés repete com insistência ao povo para amar o Senhor, para caminhar pelos seus caminhos, “porque é Ele a tua vida” (cfr Dt 30, 16.20). Cristo é a nossa vida! À centralidade de Cristo corresponde também a centralidade da Igreja: são dois focos que não se pode separar: eu não posso seguir Cristo se não na Igreja e com a Igreja. E também neste caso nós Jesuítas e toda a Companhia não estamos no centro, estamos, por assim dizer, “movidos”, estamos a serviço de Cristo e da Igreja, a Esposa de Cristo nosso Senhor, que é a nossa Santa Mãe Igreja Hierárquica (cfr EE, 353). Ser homens enraizados e fundados na Igreja: assim nos quer Jesus. Não pode haver para nós caminhos paralelos ou isolados. Sim, caminhos de busca, caminhos criativos, sim, isto é importante: ir rumo às periferias, às tantas periferias. Por isto requer criatividade, mas sempre em comunidade, na Igreja, com esta pertença que nos dá coragem para seguir adiante. Servir Cristo é amar esta Igreja concreta, e servi-la com generosidade e espírito de obediência.
Qual é o caminho para viver esta dupla centralidade? Olhemos para a experiência de São Paulo, que é também a experiência de Santo Inácio. O Apóstolo, na Segunda Leitura que escutamos, escreve: esforço-me para correr rumo à perfeição de Cristo “porque também eu fui conquistado por Jesus Cristo” (Fil 3,12). Para Paulo, aconteceu no caminho de Damasco, para Inácio na sua casa de Loyola, mas o ponto fundamental é comum: deixar-se conquistar por Cristo. Eu procuro Jesus, eu sirvo Jesus porque Ele me procurou primeiro, porque fui conquistado por Ele: e este é o coração da nossa experiência. Mas Ele é o primeiro. Em espanhol, há uma palavra que é muito gráfica, que o explica bem: Ele nos “primeireia”, “Ele nos primeireia”. É o primeiro sempre. Quando nós chegamos, Ele já chegou e nos espera. E aqui gostaria de chamar a meditação para o Reino da Segunda Semana. Cristo, Nosso Senhor, Rei eterno, chama cada um de nós dizendo-nos: “quem quer vir comigo deve trabalhar comigo, para que seguindo-me no sofrimento, siga-me também na alegria” (EE, 95): Ser conquistado por Cristo para oferecer a este Rei toda a nossa pessoa e todo o nosso cansaço (cfr EE, 96); dizer ao Senhor querer fazer tudo pelo seu maior serviço e louvor, imitá-lo no suportar também as injúrias, desprezo, pobreza (cfr EE, 98). Mas penso no nosso irmão na Síria neste momento. Deixar-se conquistar por Cristo significa estar sempre voltado para o que está na frente, em direção à meta de Cristo (cfrFil 3,14) e perguntar-se com verdade e sinceridade: O que tenho feito por Cristo? O que faço por Cristo? O que devo fazer por Cristo?"
Papa Francisco 31/07/2013
Como manter a fé?
"Há três coisas, meus irmãos,
três coisas que mantêm a fé, dão firmeza à devoção e perseverança à virtude.
São elas a oração, o jejum e a misericórdia. O que a oração pede, o jejum
alcança e a misericórdia recebe. Oração, misericórdia, jejum: três coisas que
são uma só e se vivificam reciprocamente.
O
jejum é a alma da oração e a misericórdia dá vida ao jejum. Ninguém queira
separar estas três coisas, pois são inseparáveis. Quem pratica somente uma
delas ou não pratica todas simultaneamente, é como se nada fizesse. Por
conseguinte, quem ora também jejue; e quem jejua pratique a misericórdia. Quem
deseja ser atendido nas suas orações, atenda as súplicas de quem lhe pede; pois
aquele que não fecha seus ouvidos às súplicas alheias, abre os ouvidos de Deus
às suas próprias súplicas.
Quem
jejua, pense no sentido do jejum; seja sensível à fome dos outros quem deseja
que Deus seja sensível à sua; seja misericordioso quem espera alcançar
misericórdia; quem pede compaixão, também se compadeça; quem quer ser ajudado,
ajude os outros. Muito mal suplica quem nega aos outros aquilo que pede para
si.
Homem,
sê para ti mesmo a medida da misericórdia; deste modo alcançarás misericórdia
como quiseres, quanto quiseres e com a rapidez que quiseres; basta que te
compadeças dos outros com generosidade e presteza.
Peçamos,
portanto, destas três virtudes – oração, jejum, misericórdia – uma única força
mediadora junto de Deus em nosso favor; sejam para nós uma única defesa, uma
única oração sob três formas distintas.
Reconquistemos
pelo jejum o que perdemos por não saber apreciá-lo; imolemos nossas almas pelo
jejum, pois nada melhor podemos oferecer a Deus, como ensina o Profeta: “O
sacrifício agradável a Deus é um espírito penitente; Deus não despreza um
coração arrependido e humilhado” (Sl 50,19).
Homem,
oferece a Deus a tua alma, oferece a oblação do jejum, para que seja uma
oferenda pura, um sacrifício santo, uma vítima viva que ao mesmo tempo
permanece em ti e é oferecida a Deus. Quem não dá isto a Deus não tem desculpa,
porque todos podem se oferecer a si mesmos.
Mas,
para que esta oferta seja aceita por Deus, a misericórdia deve acompanhá-la; o
jejum só dá frutos se for regado pela misericórdia, pois a aridez da
misericórdia faz secar o jejum. O que a chuva é para a terra, é a misericórdia
para o jejum. Por mais que cultive o coração, purifique o corpo, extirpe os
maus costumes e semeie as virtudes, o que jejua não colherá frutos se não abrir
as torrentes da misericórdia.
Tu
que jejuas, não esqueças que fica em jejum o teu campo se jejua a tua
misericórdia; pelo contrário, a liberalidade da tua misericórdia encherá de
bens os teus celeiros. Portanto, ó homem, para que não venhas a perder por ter
guardado para ti, distribui aos outros,para que venhas a recolher; dá a ti
mesmo, dando aos pobres, porque o que deixares de dar aos outros, também tu não
o possuirás." São Pedro Crisólogo
Frases de São Pedro Crisólogo
“Os Magos estão admirados
diante do que vêem; o céu sobre a terra e a terra no céu; o homem em Deus e
Deus no homem; vêem contido num corpo pequenino quem não pode ser contido por
todo o mundo”.
“Quem não admira a grandeza de Maria, não sabe quanto Deus é
grande”.
“Nós te exortamos, irmão honorável, a que te submetas ao que foi
escrito pelo bem-aventurado Papa de Roma: porque São Pedro, que vive e preside
na Cátedra, dá a verdade de fé aos que a procuram. Quanto a nós, afeiçoados que
somos pela paz e pela fé, não podemos interpretar as causas da fé sem o
consentimento do Bispo de Roma.”
“O nome hebreu de Maria se traduz por Domina
em Latim; o Anjo lhe dá, portanto, o título de Senhora”.
“Deus não quer a morte, mas a fé; ele não tem sede do teu sangue,
mas do teu sacrifício; não se aplaca com a morte violenta, mas com a vontade
generosa”.
“Deus prefere ser amado do que ser temido”.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Você tem um amigo?
Jesus com seus amigos: Lázaro, Marta e Maria |
Santos Lázaro, Marta e Maria
Verdadeiros Amigos de Jesus
O nome Lázaro vem do grego.
Em hebraico seria Eleazar, e quer dizer "Deus ajudou". Era estimado e
respeitado pela comunidade hebraica, pela origem nobre, honestidade e
religiosidade da família.
Foi um personagem especial
na Bíblia, pois é a única pessoa por quem Jesus chora no Novo Testamento. Lázaro foi ressuscitado por Jesus após a sua morte,
a pedido de Marta, sua irmã, que foi inabalável na fé. Ele já estava cheirando
mal, pois fazia quatro dias que estava sepultado, quando Jesus chegou para
chamar-lhe à vida novamente.
Foi um dos maiores milagres
de Jesus. Trata-se do último grande “sinal” realizado por Jesus, depois do qual
os sumos sacerdotes reuniram o Sinédrio e decidiram matá-lo; decidindo também
matar o próprio Lázaro, que era a prova viva da divindade de Cristo, Senhor da
vida e vencedor da morte.
Há poucas, mas
importantíssimas citações de Marta nas sagradas escrituras.
É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Ali chegando Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia ouvindo o Mestre. Jesus aproveita então para ensinar que os valores espirituais são mais importantes que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender.
Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus, nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará". (Jo 11,20-22). O milagre de reviver Lázaro solicitado com tamanha simplicidade, por Marta, exemplifica a plena fé na onipotência do Senhor.
É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Ali chegando Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia ouvindo o Mestre. Jesus aproveita então para ensinar que os valores espirituais são mais importantes que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender.
Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus, nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará". (Jo 11,20-22). O milagre de reviver Lázaro solicitado com tamanha simplicidade, por Marta, exemplifica a plena fé na onipotência do Senhor.
Outra passagem que os três
aparecem é a ceia de Betânia, com a presença de Lázaro ressuscitado, uma prévia
da última ceia, pois ali Marta serve a mesa e Maria lava os pés de Jesus, gesto
que ele imitaria em seu último encontro coletivo com os doze apóstolos (Jo
12,1-3).
Alguns escritos muito antigos
afirmam que Lázaro e suas irmãs foram para a ilha de Chipre. Lá, ele se tornou
bispo de Citio, hoje Lamaca.
Santa Marta é a padroeira
das donas de casa.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Santos Nazário e Celso
Desde sempre os cristãos dão a vida por Cristo
Nazário foi batizado pelas mãos do próprio papa são Lino, o primeiro sucessor de são Pedro, que fez dele um dos seus auxiliares diretos. Ingressou no exército romano e com ele percorreu toda a Itália, onde também pregava o Evangelho. Mas, ao ser descoberto, foi levado à presença do imperador, que o mandou prender. Conseguindo fugir, abandonou Roma e tornou-se um pregador itinerante, até que, durante um sonho, Deus lhe disse para sair da Itália.
Assim, foi para a Gália, hoje França, sempre pregando a palavra de Cristo. Em Cimiez, próximo de Nice, depois de converter uma nobre e rica senhora e seu filho, um adolescente de nome Celso, ela confiou o jovem a Nazário, que o fez seu discípulo inseparável. Juntos, percorreram os caminhos da Gália, deixando para trás cidades inteiras convertidas, pois, durante as suas pregações, aconteciam muitos milagres na frente de todos os presentes.
Depois, foram para Treves, atualmente Trier, na Alemanha, onde fundaram uma comunidade cristã que se tornou tão famosa que os dois acabaram sendo denunciados e presos. Condenados à morte, foram jogados na confluência dos rios Sarre e Mosel. E novo milagre ocorreu: em vez de afundar, os dois flutuaram e andaram sobre as águas. Assustados, os pagãos não tentaram mais matá-los, apenas os expulsaram do país.
Nazário e Celso foram, então, para Milão, onde mais uma vez viram-se vítimas da perseguição pagã, imposta pelo imperador Nero. Presos e condenados, desta vez foram decapitados em praça pública.
Passados mais de dois séculos, em 396, os corpos dos dois mártires foram encontrados pelo próprio bispo de Milão, Ambrósio, também venerado pela Igreja. Durante suas orações, teve uma visão, que lhe indicou o local da sepultura de Nazário. Mas, para surpresa geral, a cabeça do mártir estava intacta, com os cabelos e a barba preservados, e ainda dela escorria sangue, como se fora decapitado naquele instante. A revelação foi mais impressionante porque, durante as escavações, também encontraram o túmulo do jovem discípulo Celso, martirizado junto com ele.
Também foi por inspiração de santo Ambrósio que esta tradição chegou até nós, pois ele a contou a são Paolino de Nola, seu discípulo e biógrafo. As relíquias de são Nazário e são Celso foram distribuídas às igrejas de várias cidades da Itália, França, Espanha, Alemanha, África e Constantinopla. Dessa maneira, a festa dos dois santos difundiu-se por todo o mundo católico, sendo celebrados no dia em que santo Ambrósio teve a revelação: 28 de julho.
domingo, 27 de julho de 2014
São Pantaleão
Médico e Santo
Pantaleão nasceu em 275 e
era filho de Eustóquio, pagão e de Êubola, cristã. Seu pai buscou educá-lo no
culto aos ídolos pagãos, mas sua mãe encaminhou-o na fé cristã.
Após o falecimento de sua
mãe, Pantaleão foi aplicado pelo pai aos estudos de retórica, filosofia e
medicina. Já aos 19 anos, este tinha poderes curativos visíveis,
tornando-se assim o médico pessoal do Imperador Maximiano.
Todo esse tempo em que foi o médico pessoal do Imperador,
Pantaleão, foi-se desleixando na sua vida espiritual, fazendo com que o passar
do tempo lhe revelasse o sentimento de culpa, o qual nem o deixava dormir à
noite, mas para resolver o seu problema, o santo, foi ao encontro do padre
Hermolaus, e foi assim que ele voltou para a Igreja com a fé redobrada, levando
consigo o seu pai, que se converteu ao Cristianismo.
Diz-se que um dia se viu diante de uma criança morta por uma
víbora, e disse “Agora verei
se é verdade o que Hermolaus me diz: Em nome de
Jesus Cristo, levanta-te, e tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizeste", a criança
levantou-se e a víbora morreu.
Em vista disso, Pantaleão
converteu-se e recebeu logo o santo batismo, doou toda a sua fortuna
aos pobres e usou a sua casa como um hospital, onde tratava de graça todas as
pessoas que lhe recorriam, através do
poder da oração e do toque divino. As
milagrosas curas que em nome de Jesus Cristo realizava, suscitaram a inveja de
outros médicos, que o acusaram de cristão perante o imperador Maximiano, e
este o ordenou a comparecer ao seu julgamento.
Lá ele foi acusado de seguir o Cristianismo e ter sido batizado,
mas Pantaleão, um jovem de 23 anos, explicou que curava com o poder que Deus
lhe tinha investido, logo o Imperador propôs trazerem um paralítico à presença
do Supremo Tribunal, logo que chegou ordenou que um grupo de sacerdotes pagãos curasse
a paralisia do homem, mas não houve qualquer sucesso, então Pantaleão
aproximou-se do homem enfermo e com uma prece em nome de Jesus Cristo, curou-o.
A raiva do Imperador fez que ainda tentasse fazer o santo
renunciar à sua fé, várias foram as ofertas, mas ele negou sempre a fazê-lo,
então tentaram usar torturas para o fazer negar a Jesus, lançaram-no preso ao
mar, mas ele apareceu na praia completamente vivo e em boa saúde, lançaram
fogo, mas ele não ardeu, atiraram-no às feras, mas estas em vez de o devorarem,
caiam a seus pés, meigas e dóceis.
Foi no ano de 303 na Nicomédia, que o jovem foi decapitado
e finalmente repousou nas asas da morte.
O seu sangue foi recolhido e conservado na Itália, através dos
tempos, ficando coagulado e em pó, praticamente todo o tempo, mas no dia 27 de
Julho de 2010, dia da sua festa litúrgica, voltou a tornar-se líquido, como se
tivesse ganhado vida.
sábado, 26 de julho de 2014
Papa Francisco fala dos pais de Nossa Senhora
“Hoje a Igreja celebra os pais da Virgem Maria,
os avós de Jesus: São Joaquim e Sant’Ana. Na casa deles, veio ao mundo Maria,
trazendo consigo aquele mistério extraordinário da Imaculada Conceição; na casa
deles, cresceu, acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles,
aprendeu a escutar o Senhor e seguir a sua vontade.
São Joaquim e Sant’Ana
fazem parte de uma longa corrente que transmitiu a fé e o amor a Deus, no calor
da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao
mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar
privilegiado para transmitir a fé!
Olhando para o ambiente familiar, queria
destacar uma coisa: hoje, na festa de São Joaquim e Sant’Ana, no Brasil como em
outros países, se celebra a festa dos avós.
Como os avós são importantes na vida da
família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para
qualquer sociedade!
E como é importante o encontro e o diálogo
entre as gerações, principalmente dentro da família.”
Papa Francisco
26/07/2013
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Santa Cristina de Bolsena
Pode um pai matar a própria filha, porque ela é cristã?
Os relatos do antigo povo cristão contam que Cristina nasceu na Toscana (Itália), perto do lago de Bolsena, no ano 288 d.C., e com apenas 12 anos morreu mártir, no ano 300. Seu pai, Urbano, era pagão e um oficial do Império Romano, rude de sentimentos e inimigo dos cristãos. Em sua própria casa, muitas vezes os cristãos eram submetidos a interrogatórios humilhantes. Diante de tais cenas, Cristina se perguntava qual o motivo da serenidade e alegria dos cristãos, que ela já começava a admirar e venerar.
A
resposta lhe veio por uma escrava cristã, que a preparou para o Batismo. Urbano
desconfiava que a filha se interessasse pela comunidade cristã e ao saber da conversão da filha, queria obrigá-la a
renunciar ao cristianismo. Por isso decidiu trancar a filha numa torre na
companhia de doze servas pagãs. Para mostrar que não abdicava da fé em Cristo,
Cristina despedaçou as estátuas dos deuses pagãos existentes na torre e jogou,
janela abaixo, as jóias que as adornavam, para que os pobres pudessem pegá-las.
Ela disse ao pai: "Tolo é vosso medo,
tola a vossa advertência; diante de um deus cego aos sofrimentos do povo, surdo
ao clamor dos fracos, eu não peço favores e não acendo uma vela. Ao Deus vivo,
ao Senhor do céu e da terra que nos enviou seu Filho Jesus, a este, sim,
apresento sacrifícios de verdade e amor".
Ouvindo isso, Urbano mandou
chicoteá-la e prendê-la num cárcere. Nem assim conseguiu a rendição da filha,
por isso a entregou aos juízes. A resposta dela foi: "Deixar a vida não me
custa; abandonar minha fé, isto nunca".
Urbano
prosseguiu na tortura: a filha, amarrada, foi lançada ao fogo. Conta a história
que um anjo defendeu-a e as chamas não lhe queimaram. Ainda irado contra a
filha, ordenou prendê-la. Então, mandou amarrar uma pedra de moinho em seu
pescoço e lançá-la ao lago. Conta-se que após ser lançada às águas, a pedra de
moinho veio à tona, não permitindo, assim, que Cristina se afogasse. A
exaltação de Urbano foi tão grande que morreu de colapso.
As torturas continuaram,
mesmo depois de seu pai ser castigado por Deus e morrer de forma terrível.
Cristina ainda foi novamente flagelada, depois amarrada a uma grade de ferro
quente e colocada numa fornalha superaquecida, mordida por cobras venenosas e
teve os seios cortados, antes de, finalmente, ser morta com duas lanças
transpassando seu corpo virgem.
Assim o seu martírio foi
divulgado pelo povo cristão desde 24 de julho de 287, data de sua morte.
A festa de Santa Cristina foi confirmada e mantida pela Igreja neste dia.
A festa de Santa Cristina foi confirmada e mantida pela Igreja neste dia.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
As 15 Orações de Santa Brígida
Um dos aspectos mais
conhecidos da vida de Santa Brígida são as muitas visões com que o Senhor Jesus
lhe favoreceu, especialmente as que se referem aos sofrimentos de Sua Paixão e
a certos acontecimentos de sua época. Ela tinha grande desejo de saber quantas
marcas de açoites e ferimentos ficaram no Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo na
Sua abominável e cruel Paixão. Um dia Jesus lhe apareceu e disse:
“Recebi em Meu Corpo, cinco mil, quatrocentos e oitenta
ferimentos. Se queres honrá-los em verdade, reze 15 Pai Nosso e 15 Ave Maria
diariamente, durante um ano. Ao terminar, tereis venerado cada uma das Minhas
Chagas”.
Primeira Oração:
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus! Nesta oração nós
contemplamos que Vós provastes que não tinha maior desejo do que estar
entre os homens, mesmo assumindo a natureza humana, com um grande amor para com
o homem. Eu lembro de todos os sofrimentos de Vossa vida, especialmente Vossa
Paixão. Eu lembro Oh Senhor que durante a última ceia com Vossos discípulos Vós
lavastes seus pés e destes Vosso Precioso Sangue e Vosso Precioso Corpo, e
enquanto os consolava predissestes Vossa Paixão. Recordamos a tristeza e a
amargura que experimentastes em Vosso Espírito quando dissestes:
" Meu espírito está
triste até morte". Eu lembro o medo, a angústia e a dor que sentistes em
Vosso Corpo ante o tormento da crucificação e quando tendo orado três vezes e
banhado em sangue Vós fostes traído por Judas e preso por um povo de uma nação
que havias escolhido e fostes acusado por falsas testemunhas e injustamente
julgado por três juízes.
Nós recordamos nesta oração,
que Vós fostes despojado de Vossas roupas e Vossa Face e Olhos cobertos com a
coroa de espinhos e que fostes açoitado e uma cana colocada em vossas mãos e
que fostes coberto de socos, pancadas, insultos e ofensas. Em memória desses
sofrimentos e dores que sofrestes durante Vossa Paixão na Cruz me conceda antes
de minha morte uma verdadeira e sincera contrição e a remissão dos meus
pecados. Amém
Segunda Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus! Nesta oração, nós
contemplamos o horror e a tristeza que Vós suportastes quando Vossos inimigos O
cercaram com milhares de insultos, socos, cuspidelas, pancadas, lacerações e
outras crueldades e tormentos. Em consideração a esses tormentos e palavras
insultuosas eu Vos peço que nos livre de todos os inimigos visíveis e
invisíveis e me leve para Vós, debaixo de Vossa Proteção para a eterna salvação
e perfeição. Amém
Terceira Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus! Nesta oração, nós
contemplamos cada amarga dor que sofrestes quando os carrascos pregaram Vossas
sagradas mãos e Vossos sagrados pés com os grandes pregos e não encontrando-Vos
com tristeza suficiente, eles ainda aumentaram Vossas Chagas com lanças e com
dor e sofrimento esticaram Vosso Corpo na Cruz e deslocaram Vossos Ossos
puxando-Os para todos os lados. Eu imploro a Vós em memória deste mais sagrado
sofrimento na Cruz que me conceda a graça de amá-Lo para sempre. Amém
Quarta Oração
Recite um Pai Nosso e uma Ave
Maria
Ó Jesus! Nesta oração, nós
contemplamos as pancadas e hematomas na Vossa pele que Vós sofrestes na
fraqueza de Vosso Corpo o qual foi distendido de tal modo que nunca houve dor
como a Vossa . Da coroa em Vossa cabeça a sola dos Vossos Pés não havia um só
local onde não fostes supliciado. E ainda sofrendo todos esses sofrimentos Vós
ainda pedistes ao Pai pelos Vossos inimigos dizendo "Pai perdoai porque
eles não sabem o que fazem."
Por esta grande misericórdia
e em memória dos Vossos sofrimentos me conceda a graça de que a lembrança de
Vossa Paixão possa efetuar em nós uma perfeita contrição e a remissão de todos
os nossos pecados. Amém
Quinta Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus! Nesta oração, nós
contemplamos a tristeza que Vós experimentastes ao antever aqueles que seriam
condenados pelos seus pecados e sofrestes amargamente por estes
desesperançados, perdidos e infelizes pecadores.
Através desse abismo de
compaixão e piedade e especialmente através da bondade a qual mostrastes para o
Bom Ladrão quando lhe diz: " Ainda hoje estarás Comigo no Paraíso " .
Eu peço que na hora de minha
morte me mostre Vossa misericórdia. Amém.
Sexta Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus! Nesta oração, nós
contemplamos a aflição que sofrestes quando, como um criminoso comum fostes
levado e pregado na Cruz, com todos os parentes e amigos vos abandonando,
exceto Vossa amada Mãe, a qual permaneceu junto de Vós durante toda a agonia e
para qual entregastes ao Vosso discípulo fiel dizendo : "Mulher cuide de
seu filho. Filho cuide de sua mãe"
Eu imploro que pela espada
da agonia com a qual cortaram a alma de Vossa Santa Mãe, tenha compaixão de mim
em todas as minhas aflições e tribulações, em espírito e corpo e me assista em
todas as provações, em especial a da hora da minha morte. Amém.
Sétima Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus! Nesta oração, nós
contemplamos o Vosso gesto de profundo amor na cruz quando disse " tenho
sede" e Vós sofrestes sede pela salvação da raça humana !Eu peço que
inflame os nossos corações de desejo de buscar a perfeição de nossas ações e
extinguir em nós os desejos mundanos. Amém.
Oitava Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus! Nesta oração, nós
contemplamos o amargo do fel e do vinagre que provastes na Cruz por nos amar.
Nos dê a graça de receber Vosso Precioso Corpo e Sangue durante nossa vida e na
hora de nossa morte possa ser um remédio de consolação para nossas almas. Amém
Nona Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus! Nesta oração, nós
contemplamos a dor que suportastes quando imerso em um oceano de amargura com a
aproximação de Vossa morte, insultado pelo povo gritastes alto que estava
abandonado pelo Vosso Pai dizendo: "Oh Meu Deus, Meu Deus porque me
abandonastes?
Através desta angústia eu
vos imploro que não me abandones no terror e nas dores da minha agonia. Amém
Décima Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus! Nesta oração, nós
contemplamos que para nos salvar, fostes imerso no abismo do sofrimento. Em
consideração a enormidade das Suas Chagas, me ensine, através do amor puro,
Vossos Mandamentos, os quais são uma estrada larga e fácil para aqueles que O
amam. Amém
Décima Primeira Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus! Nesta oração, nós
contemplamos que Vossas Chagas penetraram até a medula de Vossos Ossos e as
profundezas de Vosso Ser. Leve-me para longe dos pecados e me esconda em Vossas
Chagas. Amém
Décima Segunda Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus ! Nesta oração, nós
contemplamos as múltiplas feridas que afligiram desde Vossa Cabeça até os
Vossos Pés, torcidos e rasgados para o derramamento de Vosso Precioso Sangue. Ó
grande e universal dor que sofrestes em Vossa carne por amor a nós! Que poderia
fazer para nós que não O fizestes? Possa o fruto de Vosso sofrimento ser
renascido em nossa alma pela lembrança de Vossa Paixão e possa Vosso amor
aumentar em meu coração cada dia, até que eu O veja na eternidade. Vós que sois
o tesouro real da bondade e da alegria, eu Vos peço que me conceda a graça do
paraíso eterno. Amém.
Décima Terceira Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus ! Nesta oração, nós
contemplamos a dor que sofreu com toda sua fortaleza moral e física e estando
completamente exausto, deixou cair Vossa cabeça dizendo : " Está tudo
consumado".
Através desta angústia e
aflição eu suplico que tenhais piedade de mim, na hora de minha morte quando
minha mente estará em grande aflição e minha alma angustiada. Amém
Décima Quarta Oração
Recite um Pai Nosso e uma
Ave Maria
Ó Jesus ! Nesta oração, nós
contemplamos a simples e humilde recomendação que fizestes de Vossa Alma
ao Pai Eterno dizendo: "Pai, Em Suas Mãos recomendo Meu Espírito" e
quando Vosso Corpo todo alquebrado e Vosso Coração não mais resistiu, expirastes
. Por esta preciosa Morte eu suplico que me fortificai e me ajudai a resistir
ao demônio , às tentações da carne e aos desejos mundanos. Que eu possa viver
por Vós e somente para Vós, eu peço que me receba na hora de minha morte. Amém
Recite um Pai Nosso e uma Ave Maria
Ó Jesus ! Nesta oração, nós
contemplamos o abundante derramamento de Sangue que vertestes da ferida de
Vosso Lado perfurado pela lança do soldado. Água e Sangue derramaram-se até não
existir mais uma só gota e finalmente a Substância de Vosso Corpo e Ossos
secaram.
Através desta terrível
Paixão e através do derramamento de Vosso Precioso Sangue eu vos imploro que
perfure meu coração de modo que minhas lágrimas de pena e de amor sejam meu
alimento de dia e de noite e que eu possa me converter completamente para Vós ,
possa meu coração ser vosso perpétuo local de repouso, possa minha conversão
Vos dar prazer, possa o final de minha vida ser tão preciosa que eu mereça
alcançar o Paraíso e junto com os Santos e Anjos possa louvá-Lo para sempre.
Amém.
terça-feira, 22 de julho de 2014
Ensinamentos da Igreja sobre Santa Maria Madalena
Comentando
sobre a fidelidade e o amor de Santa Maria Madalena, São Gregório Magno afirma que ela
amava tanto o Mestre, que não se conformou com sua morte, e que, em choro
incontido, sentia falta dele e quis dar-lhe, pelo menos, uma sepultura digna.
Por isso, Jesus apareceu primeiramente a ela.
Gregório
Magno compara Maria Madalena a Davi, quando este dia no Salmo: “A minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo (Sl
41,3)”. E, quando ela reconhece Jesus ressuscitado, Maria
Madalena o chama de "Raboni", que em hebraico significa Mestre.
“E o que dizer de Maria
Madalena?
Chorando, permanece ao lado
do túmulo vazio unicamente com o desejo de saber para onde levaram o seu
Mestre. Reencontra-o e reconhece-o quando Ele a chama pelo nome (cf. Jo 20,
11-18). Também nós, se procurarmos o Senhor com espírito simples e sincero, o
encontraremos, aliás, será Ele mesmo que virá ao nosso encontro; far-se-á
reconhecer, chamar-nos-á pelo nome, isto é, far-nos-á entrar na intimidade do
seu amor.”
Papa Bento XVI – 11/04/2009
“No dia 22 de Julho
celebra-se a memória de Santa Maria Madalena, discípula do Senhor e primeira
testemunha da sua Ressurreição. A vicissitude de Maria de Magdala mostra como é
decisivo que cada ser humano encontre Cristo pessoalmente. É Ele que compreende
o coração do homem. É Ele que pode cumular as suas esperanças e expectativas,
dando também uma resposta às preocupações e às dificuldades que a humanidade
contemporânea enfrenta no seu caminho diário.”
Papa João Paulo II –
22/07/2001
“Madalena seguiu até ao
Calvário aquele que a curara. Esteve presente na crucifixão, morte e sepultura
de Jesus. Juntamente com a Mãe santíssima e o discípulo amado, acolheu o seu
último respiro e o silencioso testemunho do lado trespassado: compreendeu
que naquela morte, naquele sacrifício, estava a sua salvação. E
o Ressuscitado, quis mostrar o seu corpo glorioso antes de tudo a ela, que
chorou intensamente a sua morte. A ela quis confiar "o primeiro anúncio da
alegria pascal", como que a recordar-nos que precisamente a quem, com fé e
amor, fixa o olhar no mistério da paixão e morte do Senhor, se manifesta a luminosa
glória da sua ressurreição.
Maria Madalena ensina-nos
assim que as raízes da nossa vocação de apóstolos se aprofundam na experiência
pessoal de Cristo. No encontro com Ele tem origem um novo modo de viver não
mais para si mesmo, mas para Aquele que morreu e ressuscitou por nós
(cf. 2 Cor 5, 15), abandonando o homem velho para se conformar de
modo sempre mais pleno a Cristo, Homem novo.”
Papa João Paulo II –
22/07/2000
“Oxalá fôssemos tão
luminosos! Mas não se trata de uma maquilagem! Vem de dentro, de um coração imerso na fonte desta alegria,
como o de Maria Madalena, que chorou pela perda do seu Senhor e não acreditava
nos seus olhos, quando O viu ressuscitado. Quem faz esta experiência torna-se
testemunha da Ressurreição, porque num certo sentido ele mesmo, ela mesma,
ressuscitou. Então, é capaz de levar um «raio» da luz do Ressuscitado às
diversas situações: às felizes, tornando-as mais bonitas e preservando-as do
egoísmo; às dolorosas, levando serenidade e esperança.”
Papa Francisco 21/04/2014
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Frases de São Lourenço de Bríndisi
“Cristo pela encarnação é o rio que brota da fonte perene; Maria
é o aqueduto que conduz a água.”
“A missa é o meu céu na terra.”
domingo, 20 de julho de 2014
Oração a Santo Apolinário
Santo Apolinário
Um santo do início da Igreja, foi ordenado por São pedro Apóstolo:
Santo Apolinário foi de Antioquia a
Roma com São Pedro, onde foi ordenado pelo Príncipe dos Apóstolos. Em seguida,
foi enviado a Ravena para lá pregar a fé.
Sua primeira obra, ao chegar àquela
cidade, foi a de devolver a visão ao filho de um soldado ao qual ele havia
pedido abrigo; alguns dias depois, curou a mulher de um tribuno, que padecia de
uma doença incurável. Isso foi o suficiente para causar a conversão de um
grande número de pessoas, e logo formou-se na cidade uma cristandade
florescente.
Levado diante do governador pagão,
Apolinário pregou Jesus Cristo, desprezou o ídolo de Júpiter e viu-se expulso
da cidade pelo furor popular, que o deixou semi-morto.
Após algumas pregações nos países
vizinhos, Apolinário retornou a Ravena e foi à casa de um
nobre patrício que havia mandado chamá-lo para curar sua filha, que estava à
morte. Mas o apóstolo só apareceu no momento em que a doente deu o último
suspiro. Chegando perto do leito fúnebre, o santo dirigiu a Deus uma fervorosa
oração:
“Em Nome de Cristo, minha jovem,
levanta-te”, disse ele, “e confesse que não há outro Deus além d’Ele!”
A moça levantou-se, cheia de vida, e
exclamou:
“Sim, o Deus de Apolinário é o Deus
verdadeiro!”
Em seguida a este novo prodígio,
trezentos pagãos se converteram e receberam o batismo, a exemplo da moça e de
seu pai.
Mas o sucesso cada vez maior do
cristianismo em Ravena logo desencadeou novas perseguições contra o apóstolo de Jesus
Cristo. Ele precisou submeter-se a um novo interrogatório, que serviu apenas
para avivar ainda mais a sua coragem e a dar-lhe ocasião de explicar os
mistérios da nossa fé.
Apolinário teve que sofrer os mais
atrozes suplícios, a flagelação, o cavalete, o óleo fervente, depois os
horrores da fome numa prisão infecta. Mas Deus se encarregava de alimentá-lo
através de Seus anjos. Os carrascos o exilaram na Ilíria. Este exílio deu-lhe
condições de pregar a fé a novos povos e de espalhar, assim, a luz do
Evangelho.
A perseguição o reconduziu a Ravena após três anos de
ausência. Esta foi a última etapa de sua vida. Apanhado assim que
desembarcou, Apolinário assombrou seus perseguidores ao fazer desabar, com
apenas uma oração, o templo de Apolo. Devolveu a visão ao filho do seu juiz,
dizendo-lhe:
“Em Nome de Jesus Cristo, abra os teus
olhos e veja!”
Ele não viu o resultado de sua obra,
que só se revelou após a sua morte. A população de Ravena tornou-se
exclusivamente cristã, reforçando suas raízes no próprio culto de seu primeiro
bispo, considerado por eles um exemplo de santidade.
Dessa maneira se explica a grande devoção a ele, não somente em Ravena, mas em muitas outras localidades da Itália, da França e da Alemanha. Aliás, nessas regiões, foi amplamente difundida, devido os mosteiros beneditinos e camaldulenses que Apolinário ali fundara.
A data do martírio corresponde a 23 de julho,
provavelmente durante o reinado do imperador Vespasiano. No local do martírio,
no porto de Ravena, foi erguida no século VI a Basílica de Santo
Apolinário em Classe.
sábado, 19 de julho de 2014
Oração de Santa Macrina agonizante
Confiante ela entrega-se ao Senhor
"Senhor, tu nos livraste do medo da morte. Tu fizeste do ocaso de nossa
vida a aurora da verdadeira vida. Tu permites a nossos corpos repousar
por um pouco de tempo, durante o sono, para despertá-los ao som da trombeta. Tu
permites que se deposite na terra o pó com o qual tuas mãos nso forjaram;
retomas o que nos deste, transformando em imortalidade e beleza aquilo que em
nós é mortal e disforme. Deus eterno, põe ao nosso lado um anjo de luz que me
conduza pela mão ao lugar da restauração, onde jorra a água refrescante, no
seio dos santos padres. Se caí por causa da debilidade de minha natureza,
por palavras, ações, pensamentos, concede-me o perdão a fim de que volte a
subir e, uma vez despojado de meu corpo, possa encontrar-me diante de ti sem
mancha e sem rugas na face de minha alma. Mas que minha alma seja recebida
entre teus escolhidos, irrepreensível e imaculada, como incenso em tua
presença".
Testemunho de São Gregório, seu irmão sobre “A Vida de Macrina”
Ele
fala de dois milagres: no primeiro, Santa Macrina recuperou a saúde
quando a mãe traçou sobre ela o Sinal da Cruz; e, no segundo caso, a Santa
curou de uma doença nos olhos a filhinha de um militar.
E acrescenta: "Creio que não é necessário
que eu repita aqui todas as maravilhas que contam os que viveram com ela e a
conheceram intimamente... Por incrível que pareçam esses milagres, posso
assegurar que os consideram como tais quem teve ocasião de estudá-los a fundo.
Só os homens carnais se recusam em crer neles e os consideram impossíveis.
Assim, pois, para evitar que os incrédulos sejam castigados por se negar a
aceitar a realidade desses dons de Deus, preferi abster-me de repetir aqui essas
maravilhas sublimes..."
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Porque Santo Arnolfo é considerado padroeiro dos Cervejeiros
Segundo uma
lenda, durante a sua vida religiosa, alguns dos seus sermões centravam-se na
temática de que seria perigoso beber água. Assim, aconselhava os camponeses a sempre que possível, preferirem a cerveja para matar a sede, algo que não é
totalmente ilógico dadas as baixas condições de higiene da época, fato que
tornava a água, na maior parte dos casos, imprópria para consumo humano. Como a
cerveja passa por um processo de fervura e fermentação, muitos dos
microrganismos perigosos acabavam por ser eliminados. Aliás, é atribuída a
Santo Arnaldo a seguinte frase:
“Do
suor do Homem e do amor de Deus veio a cerveja ao mundo”.
No final da
sua vida, Santo Arnaldo retirou-se para um mosteiro perto de Remiremont,
França, onde viria a falecer a 16 de Agosto de 640.
Os cidadãos de Metz requereram que o corpo do santo fosse transportado para a cidade, de forma a ser enterrado na Igreja dos Santos Apóstolos. Durante essa trasladação, ocorreu um milagre junto da cidade de Champignuelles. As pessoas que transportavam o santo e restantes peregrinos tinham parado junto a uma taberna para descansar e recuperar forças. Infelizmente, a taberna tinha ficado sem cerveja, estando apenas disponível uma única caneca. O milagre terá acontecido aí, já que nunca essa caneca ficou vazia, independentemente da quantidade de cerveja que cada um bebesse, e assim todos puderam saciar a sua sede.
Os cidadãos de Metz requereram que o corpo do santo fosse transportado para a cidade, de forma a ser enterrado na Igreja dos Santos Apóstolos. Durante essa trasladação, ocorreu um milagre junto da cidade de Champignuelles. As pessoas que transportavam o santo e restantes peregrinos tinham parado junto a uma taberna para descansar e recuperar forças. Infelizmente, a taberna tinha ficado sem cerveja, estando apenas disponível uma única caneca. O milagre terá acontecido aí, já que nunca essa caneca ficou vazia, independentemente da quantidade de cerveja que cada um bebesse, e assim todos puderam saciar a sua sede.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Oração a Santo Aleixo
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Oração a Nossa Senhora do Carmo
Senhora do Carmo, Rainha dos anjos, canal das mais ternas mercês de Deus para com os homens. Refúgio e advogada dos pecadores, com confiança eu me prostro diante de vós, suplicando-vos que obtenhais a graça que necessito, ( pede-se a graça). Em reconhecimento, solenemente prometo recorrer a vós em todas as minhas dificuldades, sofrimentos e tentações, e farei de tudo que ao meu alcance estiver, a fim de induzir outros a amar-vos, reverenciar-vos e invocar-vos em todas as suas necessidades.
Agradeço as inúmeras bênçãos que tenho recebido de vossa mercê e poderosa intercessão.
Continuai a ser meu escudo nos perigos, minha guia na vida e minha consolação na hora da morte. Amém. Nossa Senhora do Carmo, advogado dos pecadores mais abandonados, rogai pela alma do pecador mais abandonado do mundo. Ó Senhora, rogai por nós que recorremos a vós.
O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, tradição do Carmelo
A
palavra escapulário vem do latim, escápula, que significa armadura,
proteção. O escapulário é uma forma de devoção a Maria Santíssima. O uso do
escapulário é um sinal de confiança em Nossa Senhora do Carmo. A pessoa que o
usa, é coberta com a proteção e as graças da Virgem Do Carmo.
O
escapulário, segundo o Concilio do Vaticano II é um Sacramental, um sinal
sagrado, obtendo efeitos de proteção da Igreja
Católica. É uma
realidade visível que nos conduz a Deus.
Santa
Tereza dizia que: portar o escapulário era estar vestida com o hábito de Nossa
Senhora.
Aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão
São Simão era um dos mais piedosos
carmelitas que vivia na Inglaterra. Vendo a Ordem dos Carmelitas ser perseguida
até estar prestes a ser eliminada da face da terra, ele sofria muito e pedia
socorro a Nossa Senhora do Carmo.
Sua
oração, que os carmelitas usam até hoje, foi a seguinte: Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do
Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos
carmelitas. Ó Estrela do mar.
Então
Maria Santíssima, rodeada de anjos, apareceu para São Simão, entregou-lhe o
Escapulário e lhe disse:
"Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno."
A partir desse milagre, o escapulário passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.
"Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno."
A partir desse milagre, o escapulário passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.
Milagre
de Nossa Senhora do Carmo
A
partir da aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão, a Ordem do Carmelo
começou a florescer na Europa e em vários lugares do mundo, permanecendo firme
até os dias de hoje.
terça-feira, 15 de julho de 2014
Alguns pensamentos de São Boaventura
Certa vez, um frei lhe
perguntou se poderia salvar-se, já que desconhecia a ciência teológica; a
resposta do santo não foi outra: "Se Deus dá ao homem somente a graça de
poder amá-Lo isso basta... Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um
professor de teologia".
Santo Tomás de Aquino,
visitando-o um dia, perguntou-lhe em que livros aprendera sua ciência sagrada.
"Eis respondeu, apontando para o crucifixo - a fonte de meus
conhecimentos. Estudo Jesus, e Jesus crucificado!"
“Se o meu Redentor, por
causa de meus pecados, me atirasse longe dele, lançar-me-ia aos pés de sua mãe
e, prostrado, não me levantaria enquanto ela não me obtivesse o perdão. Ela não
deixaria de fazer violência ao coração de Jesus para que me perdoasse.”
A Comunhão dada pelo Anjo
Temia São Boaventura
comungar com freqüência, por humildade, considerando-se o mais vil dos pecadores.
Após ter passado vários dias sem se aproximar da Sagrada Mesa, ao assistir à Missa a Hóstia que o padre consagrara partiu-se e, pelas mãos de um Anjo, foi levada a São Boaventura.
Este milagre levou-o a comungar mais freqüentemente, e cada uma de suas comunhões era acompanhada de indizíveis consolações.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Influência de São Camilo de Léllis na Saúde
- Criou a mentalidade: quem cuida dos doentes deve unir profissão e vocação. Não devem existir mercenários na saúde;
- Introduziu o plantão noturno. Determinou que trabalhasse à noite tantos médicos e auxiliares quanto fossem necessários;
- Foi o primeiro a estabelecer uma ficha detalhada de internação do doente;
- Exigiu uma cama para cada doente;
- Mandou abrir amplas janelas no hospital para que entrasse sol e oxigênio. Determinou que as roupas de cama e dos doentes fossem trocada com freqüência;
- Determinou que os doentes fossem separados por doenças em salas separadas;
- Preparou os religioso para atenderem aos doentes em suas casas, criando a assistência domiciliar;
- Começou seus religiosos dando-lhes aulas teóricas e práticas, o início da escola de enfermagem.
Os 10 mandamentos para o cuidado dos doentes
"Eu sou o doente, teu
senhor e patrão"
- Honra a dignidade de minha pessoa, imagem de Cristo, acima de minha fragilidade e limitações
- Serve-me com amor respeitoso e solícito de todo o teu coração, com toda atua inteligência, com todas as tuas forças e com todo o teu tempo;
- Assiste-me como gostarias de ser assistido ou como farias com apessoa mais querida que tens no mundo;
- Sê a voz dos que não tem voz, sê defensor dos meus direitos, para que sejam reconhecidos e respeitados;
- Evita toda a negligência que põe em perigo minha vida ou prolonga a minha doença;
- Não frustres minha esperança com teu afã e impaciência, com tua falta de delicadeza, e com tua incompetência;
- Sou um todo, um ser integral: cuida de mim. Não me reduzas a um número ou a uma história clínica. E não te limites a um relacionamento meramente funcional;
- Conserva limpo teu coração e tua profissão: não permitas que a ambição ou a ganância venham machucá-los;
- Preocupa-te com meu restabelecimento; não te esqueças que vim ao hospital para sair o mais curado possível;
- Toma parte dos meus sofrimentos e angústias. Embora não consigas eliminar minha dor, acompanha-me. Sinto falta de teu gesto humano e gratuito que faz com que me sinta alguém, não algo ou um caso interessante.
Conclui: “E, quando tiveres
feito tudo quanto devias, quando tiveres sido tudo quanto deves ser..., não te
esqueças de me agradecer.” (Camilo de Léllis)
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