O Papa Francisco definiu padre José Puglisi como “um exemplo a ser seguido” para contrastar
a mentalidade mafiosa e completa dizendo: “A
máfia queria derrotar o Padre Pino Puglisi, mas foi ele quem ganhou”.
O Beato nasceu no bairro de Palermo -
Brancaccio em 15 de setembro de 1937, terceiro filho de um sapateiro e de uma
costureira, e foi assassinado pela máfia no mesmo bairro em 15 de setembro de
1993, dia do seu 56º aniversário.
Entrou no seminário diocesano de Palermo em
1953 e foi ordenado sacerdote em 2 de julho de 1960.
Em 29 de setembro de 1990 foi nomeado pároco
em San Gaetano, bairro Brancaccio.
Como pároco de San Gaetano, deu seguimento a
um incessante trabalho de evangelização e acompanhamento dos jovens e das suas
famílias, com o intuito de evitar que estas caíssem nas mãos da violência e do
crime organizado, chamando a atenção da máfia.
Era carinhosamente conhecido como '3P'
('Padre Pino Puglisi'), e explicava a sua luta em nome da 'verdade' do Evangelho: “Se
Deus está conosco, quem será contra nós! Não estou com medo de morrer, se o que
eu digo é a Verdade”.
Por isso foi morto em frente ao portão de sua
casa na Praça Anita Garibaldi. “Eu
estava esperando por você”, teria dito, com um sorriso, antes de morrer em
frente à sua casa. Quem realizou a autópsia ficou marcado pelo sorriso
registrado no rosto.
O ‘Centro
de Acolhimento Pai-Nosso’, dedicado aos mais novos, é um dos legados
físicos deixados pelo Beato italiano, tendo começado a sua atividade em 1991.
Seu assassino,
Salvatore Gregoli, foi preso em junho de 1997, e reconheceu: “Eu matei provavelmente um santo. Disso eu
responderei diante de Deus.” Ele disse que agora acredita em Deus e
confessou ter matado 50 pessoas e participado em vários outros ataques. Todos
os dias, ele acende uma vela para pedir perdão “a Dom Puglisi”. E todas as
noites antes de se deitar, “pede o perdão de Deus.” Ele é casado e
tem três filhos, um emprego. Ele sorri, mas não se esquece de seu passado.
Ele acrescentou
numa entrevista em 2012: “Sempre
que eu penso nisso, que eu tomo consciência do que fiz, sinto suores frios, e
desejaria tornar-me num fantasma, numa sombra. Preferia morrer. Aquele sorriso,
o sorriso de Dom Puglisi me salva ainda todas as noites.”
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