Frei Pedro nasceu
em 1499, em Alcântara, na Espanha, e recebeu no batismo o nome de Juan de
Sanabria. Desde pequeno cultivou a oração. Estudou na Universidade de
Salamanca, onde descobriu sua vocação e decidiu entrar para a Ordem dos
Franciscanos, embora seu pai desejasse que ele seguisse carreira na área de
Direito.
Em 1519, um pouco
antes de ser ordenado sacerdote, foi enviado como superior para fundar o
Convento de Badajoz. Completados os estudos de filosofia, teologia, direito
canônico, moral e homilética, conforme as determinações da época, foi ordenado
sacerdote em 1524, e se tornou exemplo de uma vida dedica à oração, ao jejum,
ao desapego dos bens materiais e severo exercício de penitências e mortificações.
Usava um hábito surrado e tinha poucas horas de sono por dia.
Tornou-se superior
de vários conventos, sendo um modelo em estrita conformidade com as regras da
comunidade. Suas orações levaram muitos à conversão.
A fim de que os
religiosos vivessem mais a mortificação, oração e meditação, São Pedro de
Alcântara fundou o ramo franciscano de “estrita observância” ou “Alcantarinos”.
Entre seus amigos,
encontram-se São Francisco de Borja e Santa Teresa de Ávila de quem foi
confessor e diretor espiritual, ajudando na reforma da Ordem Carmelita.
Santa Teresa
escreveu sobre ele: “Modelo de virtudes era Frei Pedro de Alcântara! O mundo de hoje já não
é capaz de uma tal perfeição. Este homem santo é de nosso tempo, mas seu fervor
é forte como de outros tempos. Tem o mundo a seus pés. Que valor deu o Senhor a
este santo para fazer durante 47 anos tão rígida penitência!”.
Aos 63 anos, em
1562, morreu de joelhos, dizendo as palavras do Salmo 121:
“Que alegria quando me vieram dizer:
Vamos subir à casa do Senhor”.
Santa Teresa
D’Ávilla disse que São Pedro de Alcântara apareceu para ela após sua morte e
disse:
“Felizes sofrimentos e penitência na terra, que me
conseguiram tão grandes recompensas no céu”.
Durante sua vida,
sendo um notável pregador, foi o confessor do Rei Dom João III, de Portugal.
Tornou-se, mais tarde, o santo de devoção da Família Real. Seu nome, Pedro de
Alcântara, foi escolhido como nome de batismo dos dois imperadores do Brasil –
Dom Pedro I e Dom Pedro II.
Foi Dom Pedro I
quem solicitou ao Papa que proclamasse São Pedro de Alcântara padroeiro do
Brasil. E, assim foi feito, em 1826, pelo Papa Leão XII.
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