terça-feira, 31 de maio de 2016

Trezena de Santo Antônio

A Trezena de Santo Antônio são orações feitas durante treze terças-feiras  ou durante os treze dias que antecedem o dia 13 de junho, dia de sua festa, ou seja, do dia 31 de maio a 12 de junho.

Cada dia reza-se a súplica e em seguida a meditação do dia, depois a oração do dia específico, um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai. Finalizando com o seu responsório.

Esta devoção é muito antiga: teve origem em Bolonha, na Itália, no ano de 1617.
Uma senhora, necessitando de um grande favor dos céus, recorreu a Santo Antônio com insistência, por nove terças-feiras sucessivas visitou sua imagem na Igreja de São Francisco, e aí rezava com fervor. Alcançou de modo admirável o que desejava.
A notícia se espalhou e muitas pessoas necessitadas de graças e bênçãos seguiram seu exemplo de visitar a Igreja durante nove terças-feiras para rezar com fé, diante da imagem de Santo Antônio.

Como se multiplicassem as graças e milagres, essa prática se divulgou rapidamente. Mais tarde, o número das terças-feiras foi aumentando para treze, uma vez que o Santo passou para a eternidade no dia 13 de junho de 1231.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Maria, Rainha dos Anjos - Mãe vestida de sol

Maria, Rainha dos Anjos - Mãe vestida de sol


E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.
E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz.
E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas.
E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho.
E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.
(Ap 12,1-6)


Não podemos ignorar a maternidade de Maria, porque este é o projeto do Pai. Estamos falando de verdades eternas. Ela é a primeira das criaturas.

Antes que todas as coisas fossem feitas, ela já tinha sido constituída É a mãe de toda a humanidade e do Filho de Deus, feito homem no seu seio, o primeiro de todos os filhos, o primogênito no meio de uma multidão de irmãos.

“Então apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida com o sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1). “Uma mulher”: esse é o grande sinal do Céu. Quem é esta mulher? É a primeira de todas as criaturas, concebida no coração do Pai para ser a Mãe de Jesus. e gerar o Filho de Deus.

No Apocalipse, ela é mostrada como a mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos seus pés. Por que a lua? Porque ela preside à noite, à escuridão. Ela tem o mal, as trevas, debaixo dos seus pés.

Maria, assim como na primeira vinda de Jesus, também o trará na sua segunda vinda. Ela é a aurora. O sol é Jesus. Ela é a mulher vestida de sol. Não existe aurora se não há sol.

O que é a aurora? É o sol que está chegando. A claridade já começa a aparecer! Maria é essa aurora que vem à frente de seu Filho! Agora, Ele vem, não mais humilde, simples, nascendo em uma manjedoura em Belém. Desta vez, Jesus virá como Senhor. O Pai o constituiu, desde o início, Senhor e Cristo.

A vitória de Jesus será também a vitória de Maria. Ela, humilde e simples – o oposto de Lúcifer -, esmagará a cabeça da serpente. A vitória de Jesus é também a vitória de Maria! É por isso que a Igreja precisa ser profundamente Mariana. Vem, Senhor Jesus! Vem!

Para que você possa ser um cidadão do céu e vencedor na luta contra os vícios que o atingem, contra a bebida, as drogas, as marcas e as feridas que o deixam fraco, a malícia que toma seu olhar, seus pensamentos, seu coração… Para ser vencedor nessa luta, você precisa de Nossa Senhora! Ela é a vencedora que vai à sua frente. Nenhum de nós, sozinho, conseguirá vencer!
 Monsenhor Jonas Abib

Oração
Eu Te saúdo, ó virgem bendita, que venceste o mal, esposa do Altíssimo e doce do Cordeiro; Tu reinas nos céus e salvas a terra.
Por Ti sentem-se os homens atraídos, ao passo que os demônios Te temem.
És a Rainha dos anjos, a esperança no Deus dos séculos, lugar de repouso do Rei e sede da divindade.
És a estrela que brilha no Oriente e dissipa as trevas do Ocidente; és a aurora que anuncia o sol e o dia que não conhece a noite.
Tu geraste Aquele que Te gerou; confiante como uma mãe que cuida dos seus deveres, reconcilias os homens com Deus.
(Pedro, o Venerável - séc XII)

Maria, mulher vestida de sol, rogai por nós!



Beato Carlos Liviero

Deus manifestou-se também a nós, nos nossos tempos, e transmitiu aqui o seu Espírito porque os seus Apóstolos nos tinham anunciado, nas nossas casas, naquela sucessão viva e ininterrupta que desde o cenáculo de Jerusalém alcançou este povo que Deus amou com o coração daquele pastor santo que agora com alegria inefável a Igreja nos convida a chamar Beato: é Carlos Liviero! 
Amigo de Deus e Profeta: são estas as características da fisionomia do Beato Carlos, bispo desta amada diocese, que surpreendem particularmente.
Amigo de Deus: o que são os santos senão os amigos de Deus? São amigos porque o conhecem, amam, encontram, seguem, partilham com Ele alegrias e esperanças. A amizade requer reciprocidade e resposta: tudo isto Carlos Liviero viveu em relação ao seu Deus com experiência absoluta e comprometedora de comunhão e de amor, daquele amor a que o Evangelho desta solene celebração exorta: "Se alguém me tem amor, há de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos morada" (Jo 14,23).
Profeta: desta experiência com o seu Deus, ele não quis fazer um tesouro só para si, mas obediente, despojou-se inteiramente de si mesmo para enriquecer muitos. Antes de tudo, enriqueceu-os com a riqueza maior que um homem deve desejar, o Espírito de Deus, que ele comunicou no anúncio evangélico incansável e incondicionado. Enriqueceu os seus filhos com o bem que não morre, o da vida eterna, ao qual conduziu quantos Deus lhe tinha confiado com cuidado infatigável e constante. Enriqueceu todos os que eram pobres de pão, de forças, carentes de assistência, cuidados, atenção, instrução, com o dispêndio dos seus talentos para a edificação do Reino de Deus.
Cardeal Saraiva Martins – Homilia de Beatificação – 17 de maio de 2007

Carlos Liviero nasceu em Vicenza (Itália) a 29 de Maio de 1866. Foi ordenado Sacerdote no dia 20 de Novembro de 1888. A partir de 1889 desempenhou o seu ministério em Gallio, na província de Vicenza e na diocese de Pádua. Dedicou-se intensamente à sua missão pastoral, manifestando desde então um ímpeto e um ardor que viriam a ser as características do seu ministério por toda a vida. Via as necessidades espirituais e materiais da sua gente e trabalhava sem descanso pela evangelização e a promoção humana. Dedicou-se com paixão ao cuidado pastoral, com a pregação, a catequese e os sacramentos, cuidando particularmente das liturgias e do canto sagrado.

Em 1 de Julho de 1899 foi nomeado Arcipreste de Agna, uma região dominada por forças hostis a toda a renovação religiosa, onde a grande maioria dos habitantes era paupérrima, vivia em casebres insalubres, e era explorada pelos poucos latifundiários que moravam na cidade e se preocupavam em tirar o máximo proveito das suas terras, com o mínimo de gastos. Era um ambiente perfeito para a propaganda socialista. O novo pároco encontrou-se diante de uma empresa árdua: desejava socorrer os pobres, mas via ao mesmo tempo o perigo para a fé cristã, representado pela propaganda socialista, inspirada em doutrinas materialistas e antirreligiosas. Nos dez anos de trabalho em Agna obteve ótimos resultados contra o anticlericalismo imperante que o conduziram ao episcopado na sede de Città di Castello, cuja nomeação ocorreu a 6 de Janeiro de 1910.

Na sua primeira Carta Pastoral de 13 de Junho de 1910, escreveu: "Encontrareis no Bispo o pai, o amigo, o irmão. Vós vireis a mim, eu irei a vós: os nossos corações baterão em uníssono. Ajudar-nos-emos reciprocamente; e se, como espero, me honrardes com a vossa confiança, encontrareis em mim um ânimo aberto que será para vós conforto e para mim uma alegria inefável".

Escreveu na sua Carta Pastoral de 15 de Março de 1911: "O Padre deve ser o Evangelho personificado a fim de que o povo, ao olhar para ele, aprenda como deve viver". 

Como bispo dedicou atenção especial ao clero e à juventude, que para ele era a esperança de uma renovação da vida cristã; estava constantemente próximo ao povo e este fato permitia-lhe ter uma visão lúcida dos perigos para a fé e para os costumes; preocupava-se com a frequência dos sacramentos, o catecismo, a presença de associações católicas, a situação da Igreja e a dignidade do culto.
Entre as muitas atividades que Dom Liviero realizou, destaca-se a fundação, em 1917, da Congregação religiosa das Pequenas Servas do Sagrado Coração.
Dom Carlos faleceu no hospital de Fano a 7 de Julho de 1932, após um acidente automobilístico ocorrido na estrada de Pesaro, para onde se dirigia a visitar a "Colônia do Sagrado Coração", uma das suas obras.

Foi beatificado em 17 de maio de 2007.

Assim o Beato escrevia de si: "De fato, o Bispo não é senão aquele a quem é confiado por Deus o cuidado do rebanho: verdadeiro pastor de almas, que a todos quer conduzir a Jesus Cristo, e que por todos quer esforçar-se, trabalhar, sacrificar-se, se for necessário, a fim de que nem mesmo um fique perdido"


domingo, 29 de maio de 2016

Maria, Rainha dos Apóstolos – Mãe e Discípula

Maria, Rainha dos Apóstolos – Mãe e Discípula

Os apóstolos então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado.
E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmão de Tiago.
Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos. At 1,12-14


Ela é a eterna intercessora para todos aqueles que foram lavados pela água do batismo e revigorados pela força do Espírito. É a Rainha dos Apóstolos porque não só os ensina a serem perseverantes na oração, como também os acalenta para poderem levar o Evangelho de seu Filho de maneira destemida. Desta forma é modelo de fé e de oração para todos os membros da União do Apostolado Católico.
Ela é a Rainha dos Apóstolos porque com seu sim, com sua oração, colabora com o projeto de Deus; Ela é a imagem da Igreja unida que gera novos cristãos para serem apóstolos do Eterno Pai.

A importância da Igreja Institucional: a hierarquia e magistério, na figura de Pedro e João é representante da Igreja que acolhe a vontade do Senhor. Os demais membros desta figura aparecem muito juntos, quase que entrelaçados, de modo que não é possível vê-los por inteiro. Essa imagem expressa a unidade na diversidade, a comunhão na oração: “Todos permaneciam unânimes na oração com algumas mulheres, Maria, a mãe de Jesus, e seus Irmãos.” (At 1, 14).
Pe. Valdeci Antonio de Almeida, SAC


Oração

Ó minha boa Mãe, Mestra e Rainha, Maria Santíssima, recebei-me no número daqueles que amais, santificais e encaminhais na esocla de Jesus Cristo, Divino Mestre.
Penetrando na mente de Deus, Vós sabeis, Senhora, quais são os filhos que Ele chama, e é para eles que Vós tendes súplicas, graças, carinhos e luzes especiais. Desde a Encarnação até à gloriosa Ascensão, foi a Vós que o meu divino Mestre, Jesus Cristo, totalmente se confiou, e isto é para mim exemplo, doutrina e graça inefável. Por isso, me entrego plenamente em vossas mãos. Obtende-me a graça de conhecer, imitar e amar cada vez mais o Divino Mestre, Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida. Apresentai-me Vós mesma em Sua presença, pois sou indigno pecador, nem tenho outro valimento para ser admitido em Sua escola, senão a vossa amorosa recomendação.
Beato Tiago Alberione


Maria, Rainha dos Apóstolos, rogai por nós!

Beata Elias de São Clemente

A vida de Irmã Elias nos deixa numa espécie de constrangimento pela sua simplicidade, na qual podemos ver uma profunda experiência de Deus e grande humanidade.
"O pensamento de que eu vivo para Ti, meu Deus, deve me fazer feliz em todos os eventos. Peço-Te, meu bom Jesus, com todo o meu coração a graça do desapego de todas as coisas deste mundo e viver apenas para Ti, de não desejar nada para mim, mas viver como se eu fosse sozinha no mundo.
Dá-me graça, ó meu Deus, para penetrar nos segredos mais íntimos do teu Coração ardente, e viver aqui desconhecida para qualquer olhar humano vivo e até para mim mesma; Faça que eu aja conduzida diretamente por Ti, fale inspirada por Ti, viva de Teu respiro, e as batidas do meu coração se fundam com as batidas divinas do Teu.”

Terceira filha de Giuseppe Fracasso e Pasqua Cianci, a nova Beata nasceu no dia 17 de Janeiro de 1901, em Bari (Itália), e foi batizada com o nome de Teodora.
A sua família mantinha-se graças ao trabalho do pai, mestre pintor e decorador de edifícios. Considerados excelentes cristãos, os pais de Teodora representavam para ela e para os seus quatro irmãos um seguro ponto de referência no seu crescimento humano e espiritual.

Quando tinha cerca de cinco anos de idade, Teodora afirmou ter visto em sonho uma linda "Senhora" que passeava num campo coberto de lírios floridos e em seguida desapareceu num feixe de luz. Depois da sua mãe lhe ter explicado o possível significado da visão, a criança prometeu que quando crescesse se tornaria monja. Além disso, na véspera da sua primeira Comunhão, sonhou que Santa Teresa do Menino Jesus lhe predizia: "Serás monja como eu".

Entrou na Associação da Beata Imelda Lambertini, Dominicana de acentuada piedade eucarística, e depois na "Milícia Angélica" de São Tomás de Aquino, reunindo-se periodicamente com as amigas para meditar e rezar, ler o Evangelho, a "Imitação de Cristo", as vidas dos santos e em particular a autobiografia de Santa Teresinha.
Em 1914 foi introduzida na Terceira Ordem Dominicana como noviça, com o nome de Inês, e fez a profissão no ano seguinte, depois de ter recebido uma dispensa especial, por causa da sua jovem idade. Ampliou infinitamente o seu campo de apostolado, de catequese e de assistência, dando livre espaço ao seu profundo desejo de fazer o bem ao próximo; contudo, o seu coração aspirava por uma vida de clausura. Assim, sabiamente orientada pelo seu confessor, preparou-se com uma profunda espiritualidade para dar o novo passo e, em 1920, vestiu o hábito carmelita escolhendo o nome de Irmã Elias de São Clemente. No ano seguinte emitiu os votos simples seguindo, a exemplo de Santa Teresa do Menino Jesus, o "pequeno caminho da infância espiritual onde me sentia chamada pelo Senhor". Fez a profissão solene em 1925.

No final de 1926 começa a sofrer uma dor de cabeça contínua e grave, a qual ela chamou de "irmãozinho" amado "Meu irmãozinho - escreve para o sacerdote que dirigia a sua alma - não me permite fazer longos discursos, muito menos ouvir. Como você vê, todas as coisas cooperam para me isolar cada vez mais de tudo e viver somente de Deus. Nada perturba a paz de minha alma. Tudo que eu preciso é uma alavanca para levantar-me a Ele. Não, Padre venerável, não me arrependo de ter consagrada uma vítima do Senhor.” Na verdade, era o começo de encefalite, que a levaria à morte. Sua doença foi quase despercebida, tratada como uma simples gripe. A Irmã Elias sofreu deste mal durante o ano inteiro e, na vigília de Natal, recebeu a visita de um médico, que só pôde constatar a irreversibilidade das suas condições de saúde (meningite e encefalite).

A nova Beata faleceu ao meio-dia de 25 de Dezembro, entrando no Céu como tinha previsto: "Morrerei num dia de festa". A jovem Carmelita deixou em todos uma lembrança nostálgica, mas também um grande ensinamento: é necessário caminhar com alegria rumo ao Paraíso, porque este é o "Ponto Omega" de todo aquele que crê. Foi beatificada em 14 de março de 2006.


ORAÇÃO

Deus todo-poderoso e eterno, que aceitastes comprazido a oblação que de si mesma vos fez a Beata Elias de São Clemente, virgem, concedei-nos, por sua intercessão, que, alimentados pelo Pão Eucarístico e iluminados pela luz da Vossa Palavra, cumpramos fielmente a Vossa santa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, Amem!


sábado, 28 de maio de 2016

Maria, Mãe da Cruz – Mãe da Igreja

Maria, Mãe da Cruz – Mãe da Igreja



Junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Cleofas, e Maria Madalena.
Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.
Jo 19,25-27


A Igreja, desde as suas origens, e, sobretudo nos momentos mais difíceis, contemplou com particular intensidade um dos acontecimentos da Paixão de Jesus Cristo, referido a São João: "Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria, a mulher de Cleofas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali de pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: "Mulher, eis o teu filho!". Depois, disse ao discípulo: "Eis a tua mãe!". E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua". Ao longo da sua história, o Povo de Deus experimentou esta doação feita por Jesus crucificado: a doação da sua Mãe. Maria Santíssima é verdadeiramente a nossa Mãe, que nos acompanha na nossa peregrinação de fé, esperança e caridade rumo à união cada vez mais intensa com Cristo, único salvador e mediador da salvação.

Segundo as palavras do Concílio Vaticano II, Maria "é saudada como membro eminente e inteiramente singular da Igreja, seu tipo e exemplar perfeitíssimo na fé e na caridade". A Mãe do Redentor é também redimida por ele, de maneira única na sua Imaculada Conceição, e precedeu-nos naquela escuta crente e cheia de amor da Palavra de Deus que nos torna bem-aventurados. 
Também por isso, Maria "está intimamente unida à Igreja: a Mãe de Deus é a figura da Igreja, como já ensinava Santo Ambrósio, isto é, na ordem da fé, da caridade e da união perfeita com Cristo. De fato, no mistério da Igreja, que é também chamada justamente mãe e virgem, a Bem-Aventurada Virgem Maria é a primeira, dando de modo eminente e singular o exemplo de virgem e de mãe". 
O próprio Concílio contempla Maria como Mãe dos membros de Cristo, e assim Paulo VI a proclamou Mãe da Igreja. A doutrina do Corpo místico, que exprime de maneira mais forte a união de Cristo com a Igreja, é também o fundamento bíblico desta afirmação. "A cabeça e os membros pertencem à mesma mãe", recorda-nos São Luís Maria. Neste sentido, dizemos que, por obra do Espírito Santo, os membros estão unidos e conformados com Cristo Cabeça, Filho do Pai e de Maria, de tal modo que "qualquer verdadeiro filho da Igreja deve ter Deus como Pai e Maria como Mãe".
São João Paulo II

Oração

Virgem santa, verdadeira mãe do Verbo eterno, mãe de todos os redimidos e de todos os crentes, mostra-nos Aquele que foi consagrado na graça que recebestes, Jesus, o fruto bendito do teu ventre; mostra-nos Jesus, ontem, hoje e na eternidade.
Karl Rahner


Maria, mãe da Igreja, rogai por nós!

Beato Luis Biraghi

Fundador das religiosas de Santa Marcelina, ele, confiando àquelas ardorosas primeiras apóstolas a missão de “ENSINAR JESUS” na atividade educativa, quis que tivessem Santa Marcelina, irmã mais velha de Santo Ambrósio,  como modelo, para serem, tal como sua protetora, sinal no tempo, de uma sede de Deus, que transfigura a vida e impele ao serviço dos irmãos. e educando mais com a força do amor e do exemplo, do que com muitas palavras. 

Luis Biraghi nasceu em Vignate (Itália) a 2 de Novembro de 1801, quinto de oito filhos de Francisco e Maria Fini, agricultores.
De 1813 a 1825 fez os estudos de humanidade, filosofia e teologia, distinguindo-se sempre. Como diácono, foi encarregado do ensino de letras nos seminários menores, cargo que lhe foi confirmado depois da ordenação presbiteral (28 de Maio de 1825) que ele desempenhou com paixão.
Em 1833 foi nomeado diretor espiritual do seminário maior:  cargo a que se dedicou com incansável caridade, exemplo vivo, para os seus clérigos, de amor a Cristo e à sua Igreja, de total dedicação e de obediência incondicionada.
Em 1841 o Cardeal Gaisruck quis que ele fizesse parte dos fundadores e redatores do periódico eclesiástico O Amigo Católico. O Padre Biraghi empenhou-se nesta obra com fervoroso espírito de apostolado, no desejo de conduzir a Cristo a sociedade moderna, atraída por falazes ideologias e pela ilusória confiança no progresso.

Convencido de que a base da sociedade civil é a família e que o coração da família é a mulher, em 1838 abriu um colégio feminino onde as filhas da burguesia emergente podiam receber uma formação cultural e uma sólida educação cristã. O método educativo proposto por ele teve tanto sucesso que em 1841 o Padre Biraghi abriu um segundo colégio em Vimercate.

Seu Segredo: Um grande amor a JESUS, centro de sua vida.
Sua Mensagem: “Ensinar JESUS mais com a força do exemplo do que com uma multidão de preceitos”.

Em 1855 obteve o placet governativo para a nomeação a doutor da Biblioteca Ambrosiana. Transcorreu o último período da sua vida nesse cargo, residindo com os Barnabitas de Santo Alexandre. Em 1873, foi nomeado Prelado doméstico por Pio IX. Celebrou o 50º aniversário da ordenação sacerdotal em 1875. Faleceu no dia 11 de Agosto de 1879 aos 78 anos.
Foi proclamado beato pelo Papa Bento XVI em 30 de abril de 2006.


sexta-feira, 27 de maio de 2016

Maria, Bem-Aventurada porque acreditou - Mãe da Escuta

Maria, Bem-Aventurada porque acreditou - Mãe da Escuta

“Enquanto ele assim falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram!” Mas Jesus replicou: “Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!” (Lc 11, 27-28).

O Evangelho de São Lucas fala de uma mulher que, dirigindo-se a Jesus, disse: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os seios a que foste amamentado!”
Estas palavras constituíam um louvor para Maria, como mãe de Jesus segundo a carne. Mas, àquelas palavras de elogio proferidas por aquela mulher em relação à sua mãe, Jesus responde de um modo que nos surpreende: “Bem-aventurados antes os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”.

Será que Jesus quer distanciar-se de Maria, Sua mãe? Uma leitura superficial poderia dar tal impressão. Se, porém, fizermos uma leitura aprofundada deste trecho e ouvirmos estas palavras no contexto do Evangelho inteiro, entenderemos que estas palavras, longe de desacreditar Maria, nos orientam para a mais profunda Bem aventurança de Maria!
Não é, acaso, Maria a primeira dentre “aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”? 
E, portanto, não se referirão sobretudo a ela aquelas palavras de bênção pronunciadas por Jesus, em resposta às palavras da mulher anônima? Com efeito, com estas palavras, Jesus quis desviar a atenção da maternidade de Maria entendida só como um vínculo do sangue, para apontar aqueles vínculos misteriosos do espírito, que se formam entre Ele e aqueles que prestam ouvidos à Palavra de Deus e a põem em prática. ela, com efeito, “guardava” a palavra, meditava-a “no seu coração” (cf. Lc 1, 38-45; 2, 19. 51) e cumpria-a com toda a sua vida.
E, assim, Maria tornou-se não somente a Mãe de Jesus mas, em certo sentido, a sua primeira “discípula”.
Diz Santo Agostinho: “Para Maria foi mais importante ter sido discípula de Cristo do que ter sido a Mãe de Cristo!”

Nós não podemos imitar Maria na sua maternidade Divina, pois só Ela é a Mãe de Jesus segundo a carne, mas podemos imitá-la como discípula do Senhor que acolheu e viveu a Palavra de Deus. E, desta forma, a primeira e maior bem-aventurança de Maria de ter acolhido a Palavra de Deus e a posto em prática, se tornará também a nossa bem-aventurança.
Pe. Fidelis Stockl, ORC

Oração

Os anjos e os arcanjos são excelsos,
Mas quanto Tu os superas, ó Maria!
Os querubins sustentam o trono de Deus,
Tu, porém, seguras o próprio Deus em teus braços.
Os serafins vivem na presença de Deus,
Mas Tu assiste-lO ainda mais do que eles.
Os serafins cobrem o seu rosto com as asas,
Porque não podem olhar
Para a glória perfeita de Deus;
Tu, porém, não somente contemplas o Seu rosto,
Mas o acarinhas e Lhe sorris!
Santo Atanásio – Séc. IV

Maria, modelo de escuta, rogai por nós!

Beato José Tous y Soler



A vida do Padre Tous foi uma vida cheia de provações e dificuldades, externas e internas, como a saúde delicada que sempre o acompanhou. Mas ele, em meio à adversidade e cruzes, foi fazendo o seu caminho e dando frutos de virtudes heróicas cristãs. Portanto, para ele, vamos aplicar, com a alegria da Páscoa, estas palavras que diz o autor do livro do Apocalipse: "Estes são os que vêm da grande tribulação, lavaram as suas mãos no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus adorando-O dia e de noite no seu templo "(Ap 7,14-15).

Certamente não faltam tribulações na vida do Padre Tous. Embora arrancado da vida de clausura, pelas disposições civis de seu tempo, conseguiu ser em todos os momentos de sua vida um fiel seguidor das observâncias da espiritualidade franciscana e da Ordem dos Capuchinhos. Nunca se deixa vencer pelo amargura ou ressentimento, pelas acusações ou ataques. Nada  o impediu de seguir a sua primeira vocação do capuchinho. Ele era um homem de grande caridade, com uma grande capacidade de suportar e compreender as falhas dos outros. Muitas situações na vida também mostram a sua grande disponibilidade para acolher e perdoar. Na verdade, ele passou pela vida fazendo o bem, como seu Senhor, e promover a "paz e bem", como seu professor e pai em espírito, São Francisco de Assis.

Cardeal Tarcisio Bertone – Homilia de Beatificação – 25 de abril de 2010


O Beato José Tous y Soler nasceu no século XIX e viveu a maior parte de sua vida em Espanha. O século XIX caracterizou-se pela instabilidade política, social e econômica, pela supressão das Ordens religiosas e algumas perseguições contra a Igreja, com prisão, expulsão dos religiosos dos seus conventos, e, para muitos, a experiência do exílio forçado. Nos anos mais dramáticos houve tumultos e violentos conflitos, com a destruição de igrejas. A Espanha iniciou o século sendo invadida pela França e encerrou-o com guerras de além mar e a perda das últimas colônias do império.

Nesta intricada situação político-social e num ambiente fortemente anticlerical, a Igreja espanhola caracterizou-se, em todo o século XIX, por um florescimento de fortes personalidades, que souberam enfrentar com a audácia da fé e um intenso empenho no âmbito educativo e caritativo, os desafios advindos das mudanças culturais e sociais, particularmente na Catalunha, onde viveu o nosso Beato.

José Tous y Soler, nasceu na província de Barcelona a 31 de março de 1811, ele era o nono dos doze filhos de Nicolás Tous Carrera e Francisca Soler Ferrer, uma família abastada, de profundas raízes cristãs. O papel da família na vida e na formação do pequeno José foi fundamental. Foi ali que ele recebeu os primeiros germes da fé, do amor e do temor de Deus, que com o tempo haveriam de produzir nele frutos de autêntica santidade.

Em 1820, a família de José transferiu-se para Barcelona, em busca de uma melhor situação de trabalho. Foi ali que o futuro Beato conheceu os capuchinhos e pediu para ser admitido na Ordem. Aos 16 anos de idade, vestiu o hábito capuchinho no noviciado de Sarriá, convento conhecido como "o deserto". Desde os anos de sua formação inicial revelou-se um religioso de grande virtude. Os testemunhos dos irmãos falam da sua exemplaridade no recolhimento, da sua sólida piedade, da sua pronta obediência, da humildade, da pureza e da sua plena fidelidade ao carisma franciscano-capuchinho.

No dia 24 de maio de 1834 foi ordenado sacerdote e pouco depois foi enviado ao convento Santa Madrona em Barcelona, onde se distinguiu pela fidelidade ao ministério sacerdotal e por uma profunda vida interior, alimentada por uma íntima relação com Jesus crucificado, com Jesus Eucaristia e com Maria, a Mãe do Bom Pastor, devoções que marcaram profundamente a sua vida.

No convento de Santa Madrona o surpreendeu a revolta social de 1835. Em junho desse mesmo ano, por causa da supressão dos conventos decretada pelo governo, ele foi encarcerado com seus confrades na fortaleza de Monjuic, em Barcelona. Libertado depois de 18 dias, iniciou o duro caminho do exílio, que o levou primeiro à França e em seguida ao norte da Itália. Em 1836 retornou à França, residindo em Grenoble, Marselha e na diocese de Tolosa. Ali completou os estudos de moral, conseguindo o título de pregador, segundo as normas então estabelecidas pela Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Neste período exercitou o ministério sacerdotal como capelão das monjas Beneditinas da Adoração Perpétua.

Frei José, embora obrigado a residir fora do convento e empenhado em intensa atividade pastoral, permaneceu sempre um autêntico frade capuchinho, vivendo como pobre, cultivando a humildade, o amor ao silêncio, à vida de oração e dedicando-se às necessidades materiais e espirituais de quantos encontrava.

Dois testemunhos excepcionais do seu apostolado e a sua vida de piedade nos anos de exílio na França:
 bispo de Tolosa, Dom Paul D'Artrós, em um atestado de 28 agosto de 1842, assim escrevia: "Atestamos e certificamos que o nosso dileto em Cristo, José Tous, presbítero espanhol, residente em nossa cidade metropolitana há cerca de seis anos, pela pureza de fé, integridade de costumes e a excelência nas virtudes eclesiásticas, mereceu a estima de todos, por este motivo afirmamos que o dito sacerdote, seja acolhido da melhor maneira possível, de modo benigno seja onde for e admitido à celebração da Santa Missa, salvo a permissão do Superior competente”.
Igualmente as religiosas Beneditinas, das quais foi capelão, atestam com firmeza no seu livro das Crônicas a sua vida de devoção, a piedade e o amor à pobreza. Elas escrevem: "Ele leva consigo o nosso afeto".

Em 1843 ele retornou à Espanha com a esperança de reintegrar-se na vida conventual capuchinha, mas as leis 'liberais' do tempo o impediram. Foi então residir com a sua família, permanecendo sempre fiel ao estilo austero e penitente da vida capuchinha. Exerceu o ministério sacerdotal na paróquia de Esparragure (Barcelona), e a partir de 1848, na paróquia de São Francisco de Paula, também em Barcelona. Mostrou-se sempre alegre no viver a sua consagração a Deus, mesmo quando teve de enfrentar tribulações, angústias e até injúrias à sua pessoa de sacerdote e religioso.

Foi na paróquia de São Francisco de Paula que o nosso Beato compreendeu o quanto a infância e a juventude de seu tempo estavam em estado de abandono, tanto espiritual como material, exatamente "como ovelhas sem Pastor" (Mt 9,36). Assumiu então o serviço de Diretor espiritual da "Pia Associação da gloriosa e pequena mártir santa Romana", promovendo a veneração à Mãe do Bom Pastor.

Solicitado por algumas jovens da Associação, que lhe pediam para empenhar-se no serviço de educação cristã das crianças e das jovens, em março de 1850 ele fundou o Instituto das Irmãs Capuchinhas da Mãe de Deus do Divino Pastor.

Frei José redigiu pessoalmente as Constituições do Instituto que fundou e apresentou-as ao bispo de Vic Dom Luciano Casadevall. Nelas estão bem claros os dois pontos de apoio sobre os quais surgiu a nova família religiosa: a devoção a Maria, Mãe do Divino Pastor e o serviço educativo à infância e à juventude.

O Instituto cresceu e se desenvolveu rapidamente acompanhado pela constante solicitude pastoral de frei José, que dedicou-se em particular à formação espiritual das religiosas. Em 1888 o Instituto recebeu o Decretum laudis e em 1897 a aprovação. Em 1905 ele foi agregado à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.

Frei José encontrou a irmã morte no dia 27 de fevereiro de 1871, enquanto celebrava a Eucaristia no colégio da Mãe do Divino Pastor em Barcelona. Podemos dizer que a sua vida, verdadeiramente foi a celebração contínua do Mistério da Santa Missa. Com a sua morte apagava-se a luz de um "santo religioso", autêntico filho de Francisco de Assis.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Maria, Mulher do Vinho Novo - Mãe Providente



Maria, Mulher do Vinho Novo - Mãe Providente


No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galiléia. A mãe de Jesus estava ali; Jesus e seus discípulos também haviam sido convidados para o casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm mais vinho".
Respondeu Jesus: "Que temos nós em comum, mulher? A minha hora ainda não chegou".
Sua mãe disse aos serviçais: "Façam tudo o que ele lhes mandar".
Ali perto havia seis potes de pedra, do tipo usado pelos judeus para as purificações cerimoniais; em cada pote cabia entre oitenta a cento e vinte litros.
Disse Jesus aos serviçais: "Encham os potes com água". E os encheram até à borda.
Então lhes disse: "Agora, levem um pouco do vinho ao encarregado da festa". Eles assim o fizeram,
e o encarregado da festa provou a água que fora transformada em vinho, sem saber de onde este viera, embora o soubessem os serviçais que haviam tirado a água. Então chamou o noivo
e disse: "Todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora".
Este sinal miraculoso, em Caná da Galiléia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
(Jo 2,1-11)

Nas bodas de Caná, Maria é a mulher solícita que se apercebe de um problema muito importante para os esposos: acabou o vinho, símbolo da alegria da festa. Maria dá-Se conta da dificuldade, de certa maneira assume-a e, com discrição, age sem demora. Não fica a olhar e, muito menos, se demora a fazer juízos, mas dirige-Se a Jesus e apresenta-Lhe o problema como é: «Não têm vinho». E quando Jesus Lhe faz notar que ainda não chegou o momento de revelar-Se, Maria diz aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser». Então Jesus realiza o milagre, transformando uma grande quantidade de água em vinho, um vinho que logo se revela o melhor de toda a festa.
O banquete das bodas de Caná é um ícone da Igreja: no centro, está Jesus misericordioso que realiza o sinal; em redor d’Ele, os discípulos, as primícias da nova comunidade; e, perto de Jesus e dos seus discípulos, está Maria, Mãe providente e orante. Maria participa na alegria do povo comum, e contribui para a aumentar; intercede junto de seu Filho a bem dos esposos e de todos os convidados. E Jesus não rejeitou o pedido de sua Mãe. Quanta esperança há neste acontecimento para todos nós! 
Temos uma Mãe de olhar vigilante e bom, como seu Filho; o coração materno e repleto de misericórdia, como Ele; as mãos que desejam ajudar, como as mãos de Jesus que dividiam o pão para quem tinha fome, que tocavam os doentes e os curavam. Isto enche-nos de confiança, fazendo-nos abrir à graça e à misericórdia de Cristo. A intercessão de Maria faz-nos experimentar a consolação, pela qual o apóstolo Paulo bendiz a Deus: «Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação! Ele nos consola em toda a nossa tribulação, para que também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação, mediante a consolação que nós mesmos recebemos de Deus. Na verdade, assim como abundam em nós os sofrimentos de Cristo, também, por meio de Cristo, é abundante a nossa consolação» (2 Cor  1, 3-5). Maria é a Mãe «consolada», que consola os seus filhos.
Papa Francisco


Oração

Salve, ó fonte da vida,
Que inundas as almas sedentas de justiça.
Ave, ó cálice
Pelo qual ofereces de beber a todo o mundo
O vinho do Deus vivente.
Ave a Ti, ó Maria,
Que és melhor do que os anjos e foste escolhida por Deus criador.
Ave, ó castelo amplo,
Para o qual veio habitar Cristo, nosso Deus.
Pela sua intercessão, ó Senhor,
Dai-nos a remissão dos nossos pecados.
(Igreja Copta do Egito)


Maria, mãe providente, rogai por nós!