No Brasil, os mercedários estão presentes desde o século XVII. Os portugueses da grande província do Maranhão encontravam-se sem sacerdotes nem assistência religiosa por causa do bloqueio ao qual lhes submeteram os holandeses, que dominavam grande parte do litoral do nordeste. Para remediar esta situação, organizaram uma expedição, comandada pelo capitão Pedro Teixeira, que remontando o rio Amazonas, chegou a Quito, Equador, à procura de sacerdotes. Pelo menos quatro mercedários voltaram com os expedicionários, descendo de novo pelo Amazonas, e chegando a Belém do Pará, a 12 de dezembro de 1639.
Em Belém construíram a primeira igreja mercedária que, segundo alguns inscritos, “reuniu preciosos trabalhos de talha, telas de valor artístico e alfaias preciosas”.
De Belém, passaram os mercedários a estabelecer-se em São Luís do Maranhão, onde foi fundado outro convento. A história das Mercês no Maranhão não é menos brilhante que a de Belém.
A grande atividade dos mercedários naquele território do Pará e do Maranhão foram as “missões e núcleos doutrinais”, ao longo do rio Negro e Urubu. Este fervor missionário mergulhando Brasil adentro, ainda no período colonial, espalhou a devoção ao santos mercedários, principalmente a São Raimundo Nonato, que na região Norte e Nordeste, se tornou o nome mais popular e desejado no batizado de meninos e meninas.
Por que falar dos santos? São amigos a quem recorro quando necessito, irmãos mais velhos a quem peço conselhos. Converso com eles como pessoas a quem tenho afeição e que conheço pessoalmente. Na vida dos santos eu reconheço a mim e a minha história.Eles passaram pelas mesmas dificuldades humanas. Assim, eu posso rezar, pedindo sua intercessão diante de minhas dificuldades particulares. Conhecer um santo é conhecer um amigo. Você ouve falar sobre ele e pensa: gostaria de conhecer esta pessoa
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domingo, 31 de agosto de 2014
Oração a São Raimundo Nonato para pedir a proteção no parto.
Gloriosos são Raimundo,
ninguém melhor que vós
das dores e perigos dum
parto difícil,
pois, cedendo à violência
dos sofrimentos,
vossa própria mãe
perdeu a vida
e só por milagre fostes dela
extraído.
Eia pois, meu santo,
já que me encontro
neste estado delicado,
a vós confiadamente recorro
para que eu possa completar
com felicidade o número dos
meus dias
e produzam minha entranhas,
livre e sã, a prole que
com a bênção divina concebi,
a qual, regenerada pelo
batismo,
venha com o tempo
aumentar o número
dos que fielmente servem ao
Senhor.
Não me desprezeis,
glorioso santo,
de vós ouvi dizer
que a nenhuma deixastes
sem amparo nestas
circunstâncias
compadecei-vos dos meus
lamentos,
pois embora me alcance a
justa sentença
que meu Senhor deu a Eva
dar à luz os filhos
com dores e trabalhos,
espero, com a vossa poderosa
intercessão,
obter da benignidade de Deus,
pela Santíssima Paixão e
morte de Jesus,
moderação e lenitivo em
minhas dores,
e no momento oportuno,
um parto feliz,
para aumento da grei cristã
e maior glória de Nosso
Senhor Jesus Cristo,
a cuja vontade
resigno totalmente a minha.
Amém.
(Pai nosso, Ave Maria,
Glória ).
voltar
Milhares de Raimundos e Raimundas
sábado, 30 de agosto de 2014
Algumas histórias do Beato Padre Eustáquio
Certo dia, numa choupana de Romaria, encontrou
um menino cujo corpo era todo uma só chaga. Nem a mãe da criança tinha coragem
de cuidar do pobrezinho. O Padre Eustáquio assumiu pessoalmente essa
incumbência: dava-lhe banho todos os dias, lavava suas roupas, tirava com uma
pinça os vermes que lhe corroíam a carne, da qual se exalava um insuportável
mau cheiro, e aplicava as pomadas que ele próprio havia preparado. Em pouco
mais de um mês, o menino estava curado.
Noutra ocasião, quando o pároco almoçava em companhia de seus auxiliares no modesto refeitório da casa paroquial, a campainha tocou, e um deles foi atender. Voltou pouco depois e sentou-se sem nada dizer.
- O que houve? - pergunta o Beato Eustáquio.
- Nada... nada de urgente. Estão querendo falar com o senhor... mandei esperar
na sala de visitas.
- Não! Mandar esperar, nunca! O pároco é o escravo de seus paroquianos.
Dizendo isto, deixou na mesa a refeição inacabada e foi atender os visitantes.
Oração do Beato Padre Eustáquio
Várias vezes foi visto rezando a oração que ele
mesmo costumava ensinar aos outros:
"Ó meu Jesus, eu Vos amo. Eu Vos amo com a vossa Cruz, com o vosso sofrimento, com o vosso amor imenso. Ó Jesus, pelo sangue que derramastes e pelas lágrimas de vossa Mãe Santíssima, dai vista aos cegos, andar aos paralíticos, saúde aos enfermos, paz a todos os que sofrem e padecem. Meu Jesus, vossos passos quero seguir, vossas palavras falar, vossos pensamentos pensar, vossa cruz carregar, vosso Corpo comer, vosso Sangue beber, o pecado detestar e o Céu alcançar."
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Santo Agostinho e a Santíssima Trindade
Dentre os Padres da Igreja, Santo Agostinho foi um dos grandes pensadores que se dedicou à árdua tarefa de refletir sobre o mistério da Santíssima Trindade, tentando entendê-lo e explicá-lo. Dentre as suas principais obras teológicas, está o famoso De Trinitate (Sobre a Trindade). O desafio que esta tarefa significou está bem expresso na lenda medieval que se conta sobre o Bispo de Hipona em referência a esta reflexão.
Conta-se que um dia Agostinho estava passeando pela praia de Hipona, mergulhado em suas reflexões a respeito do mistério da Trindade. Ele andava de um lado para o outro, encantado com o vai-e-vem das ondas, tentando solucionar o enigma com a força de sua razão, quando observou uma criança que brincava na praia. O menino tinha feito um buraco na areia e se afadigava em idas e vindas entre o mar e o pequeno buraco na areia, trazendo a água e derramando-a no buraco. Arrancado de sua meditação para o observar no tal exercício repetido, Agostinho aproximou-se do menino e perguntou: Olá, menino! O que você está fazendo?
Ao que o menino prontamente respondeu: Quero transportar toda a água do mar para este buraquinho! Tocado pela inocência do pequenino, o Bispo de Hipona respondeu: Olha lá, menino! Você não vê que é impossível colocar toda a água do mar nesse buraquinho? O mar, como você está vendo, é imenso e este buraquinho é tão pequenino! No mesmo instante, revelando-se um enviado de Deus, o menino transformou-se num Anjo e, ato contínuo, respondeu: Pois eu te digo, Agostinho: é mais fácil para mim pôr toda a água do mar neste buraquinho do que tu esgotares, somente com os recursos da tua razão, as profundezas do mistério da Trindade! E desapareceu.
Esta historinha sobre Santo Agostinho representa bem a grandeza do mistério de Deus e a pequenez do ser humano. Quando tentamos reduzir Deus aos nossos esquemas mentais, racionais, tendemos a transformá-Lo num pequeno ídolo, feito à imagem e semelhança de nossos interesses pequenos e mesquinhos. É como querer colocar a imensidão do mar dentro de um buraquinho na areia da praia.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Santa Mônica não aceita o pecado de seu filho Agostinho
Santo Agostinho, relata em seu livro Confissões que quando ele entrou para uma seita, negando a fé cristã, sua mãe negou-se a recebe-lo em sua casa, só voltando a recebê-lo após um sonho no qual sentiu a presença de Deus a conduzi-la para a reconciliação:
“Mas
estendeste tua mão do alto, e arrancaste minha alma deste abismo de trevas,
enquanto minha mãe, tua fiel serva, chorava-me diante de ti muito mais do que
as outras mães costumam chorar sobre o cadáver dos filhos, pois via a morte de
minha alma com a fé e o espírito que havia recebido de ti. E tu a escutaste,
Senhor, tu a ouviste e não desprezaste suas lágrimas que, brotando copiosas,
regavam o solo debaixo de seus olhos por onde fazia sua oração; sim, tu a
escutaste, Senhor. Com efeito, donde podia vir aquele sonho, com que a
consolaste, ao ponto de me admitir em sua companhia e mesa, fato que havia me
negado porque aborrecia e detestava as blasfêmias do meu erro?
Nesse
sonho viu-se de pé sobre uma régua de madeira; e um jovem resplandecente,
alegre e risonho que vinha ao seu encontro, triste e amarga. Este lhe perguntou
a causa de sua tristeza e lágrimas diárias, não por curiosidade, como sói
acontecer, mas para instruí-la; e respondendo-lhe ela que chorava a minha
perdição, mandou-lhe, para sua tranqüilidade, que prestasse atenção e visse por
onde ela estava também estaria eu. Apenas olhou, viu-me junto de si,
de pé sobre a mesma régua. De onde veio este sonho, senão dos ouvidos que
tinhas atentos a seu coração, ó Deus bom e onipotente, que cuidas de cada um de
nós como se não tivesses outro para cuidar, zelando de todos como de cada um!
E
como explicar o que se segue? Contou-me minha mãe esta visão, e querendo-a eu
persuadir de que significava o contrário, e que não devia desesperar de ser
algum dia o que eu era, isto é, maniqueísta, ela, sem nenhuma hesitação, me
respondeu: “Não; não me foi dito: onde ele está ali estarás tu, mas onde tu
estás ali estará ele também”. Livro III, 19-20
Santa Mônica educa seus filhos na Fé Cristã
Santo Agostinho - seu filho - deixa para nós no seu Livro Confissões o testemunho de como desde a sua infância conheceu a Deus pelos ensinamentos de sua mãe.
“Ainda
menino, ouvi falar da vida eterna, que nos está prometida pela humildade de
Jesus, nosso Senhor, que desceu até nossa soberba; e fui marcado com o sinal da
cruz, sendo-me dado saborear de seu sal logo que saí do ventre de minha mãe,
que sempre esperou muito em ti.(...)
Nesta
época eu já tinha fé verdadeira, juntamente com minha mãe e com todos da casa,
à exceção de meu pai, que, porém, não pôde vencer em mim a ascendência da
piedade materna, para que deixasse de acreditar em Cristo, tal como ele não
acreditava; minha mãe, solícita, cuidava de que tu, meu Deus, fosses mais pai
para mim do que ele, e a ajudavas a triunfar do marido, a quem servia melhor,
porque nele te servia a ti e a tuas ordens.” Livro I,11
“Educara
os filhos, dando-os à luz tantas vezes quantas os via apartarem-se de ti.
E
de nós, que nos chamamos teus servos por liberalidade tua, nós que vivemos em
comum na graça de teu batismo, antes de adormecer em tua paz, ela cuidou de nós
como se todos fôssemos seus filhos, e de tal modo nos serviu como se fosse
filha de cada um de nós.”
Livro IX, 22
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Beatos Luiz Beltrami Quattrocchi e Maria Corsini Beltrami Quattrocchi
Na história da Igreja foi um acontecimento inédito. Um casal do
século XX declarado beato, os filhos presentes na cerimônia de beatificação dos
pais, dois deles sacerdotes concelebravam com João Paulo II, tudo isso na mesma
Igreja onde cem anos atrás os pais deram-se um ao outro em matrimônio. Estamos
falando de Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi, declarados beatos por João Paulo
II no dia 21 de outubro de 2001.
A vida desse casal é um sinal vivo do que afirma o Concílio
Vaticano II sobre a vocação de todos os fiéis leigos à santidade, especificando
que os cônjuges devem procurar esse objetivo seguindo o seu próprio caminho.
Para eles a fidelidade ao Evangelho e a heroicidade das virtudes foram
relevadas a partir da sua existência como cônjuges e como pais.
Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi nasceram ambos na Itália, ele
na Catânia, no dia 12 de janeiro de 1880, ela em Florença, no dia 24 de junho
de 1884. Luigi era um brilhante advogado que culminou sua carreira sendo
vice-advogado geral do Estado italiano; Maria Corsini, nascida numa família
nobre de Florença era professora e escritora, apaixonada pela música. Trabalhou
como enfermeira voluntária da Cruz Vermelha durante a guerra da Etiópia e a
Segunda Guerra Mundial. Catequista, era também comprometida com várias
associações de caridade, como a Ação Católica Feminina.
Os dois se conheceram em Roma e se casaram na Basílica de Santa
Maria Maior no dia 25 de novembro de 1905. Receberam com docilidade a graça
matrimonial que os levou a santificar-se apoiando-se um ao outro e acolhendo
com alegria os frutos do seu amor: quatro filhos, a quem deram afeto, educação
e, de forma especial, um testemunho de fidelidade e generosa caridade.
Não eram raras as vezes em que seus filhos os viram acolhendo em
casa refugiados da guerra e organizando grupos de “scouts” com jovens dos
bairros pobres de Roma durante o pós-guerra.
Dos quatro filhos que tiveram, três seguiram a vida religiosa,
Stephania, sua primeira filha, tornou-se monja beneditina e recebeu o nome de
Maria Cecília, ambos os filhos sentiram-se chamados ao sacerdócio, Filippo,
hoje padre Tarcísio, é padre diocesano de Roma, e Cesare tornou-se monge
trapista.
Quando Maria estava grávida de sua última filha viveu um tempo de
grande prova. Tendo sido acometida por um problema grave de saúde e por uma
gravidez complicadíssima, foi aconselhada pelos médicos a abortar para que ao
menos sua vida fosse poupada. A possibilidade de sobrevivência com esse
diagnóstico era de 5%, no entanto Maria e Luigi preferiram arriscar e colocaram
toda a sua confiança no Senhor. Enrichetta nasceu com saúde e teve uma vida
longa, estando inclusive presente na cerimônia de beatificação dos pais.
Em novembro de 1951, aos 71 anos, Luigi faleceu vítima de uma parada cardíaca. Quatorze anos mais tarde, aos 81 anos, Maria faleceu nos braços de Enrichetta, em sua casa nas montanhas. Em 1993, sua filha mais velha, irmã Maria Cecília, se uniu aos pais.
Ao lermos a homilia de João Paulo II no dia da beatificação
compreendemos que o segredo da santidade na vida matrimonial consiste em viver
a vida ordinária de forma extraordinária. Luigi e Maria, entre as alegrias e
preocupações de uma família normal, que os casais conhecem tão bem, souberam
realizar uma existência rica de espiritualidade. Viviam a Eucaristia de forma
cotidiana, também a devoção à Virgem Maria quando a família, que era consagrada
ao Sagrado Coração de Jesus, unida, rezava todas as noites o rosário. Nunca
faltavam os momentos de lazer e esporte, gostavam de passar as férias nas
montanhas e no mar. Sua casa era sempre aberta aos amigos numerosos e àqueles
que batiam em sua porta em busca de alimento.
Maria dizia sobre os filhos: “Educamo-os na fé, para que
conhecessem e amassem a Deus”.
Os mesmos recordam que a vida familiar era marcada pelo sentido do
sobrenatural. “Um aspecto que caracteriza nossa vida em família – recorda
o filho mais velho – era o clima de normalidade que nossos pais haviam
suscitado na busca diária pelos valores transcendentes”. “Nunca havia imaginado
que os meus pais seriam proclamados santos pela Igreja, mas posso afirmar com
sinceridade que sempre percebi a extraordinária espiritualidade deles. Em casa
sempre se respirou um clima sobrenatural, sereno, alegre, não careta.”
São João Paulo II e os filhos do casal na cerimônia de beatificação |
João Paulo II diz ainda que “Luigi e Maria viveram, à luz do
Evangelho e com grande intensidade humana, o amor conjugal e o serviço à vida.
Assumiram com responsabilidade total a tarefa de colaborar com Deus na
procriação, dedicando-se generosamente aos filhos a fim de os educar, guiar e
orientar na descoberta dos seus desígnios de amor. Deste terreno espiritual tão
fértil surgiram vocações para o sacerdócio e para a vida consagrada, que
demonstram como o matrimônio e a virgindade, a partir do comum enraizamento no
amor esponsal do Senhor, estão intimamente relacionados e se iluminam
reciprocamente. Foram cristãos convictos, coerentes e fiéis ao seu próprio
batismo; foram pessoas cheias de esperança, que souberam dar o justo
significado às realidades terrenas, tendo os olhos e o coração postos sempre na
eternidade. Fizeram da sua família uma autêntica igreja doméstica, aberta à
vida, à oração, ao testemunho do Evangelho, ao apostolado social, à
solidariedade com os pobres, à amizade”.
O testemunho de vida de Luigi e Maria nos confirma que o caminho de santidade percorrido como casal é possível e belo, é caminho de felicidade, mesmo em meio às dores e provações do dia-a-dia.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Escolápios no Brasil
No Brasil, os Padres Escolápios chegaram em 1950 para dar continuidade aos passos de São José de Calasanz e estão presentes em:
MINAS GERAIS
Terras de riquezas e tradição. De belos horizontes e paisagens deslumbrantes. Caminhos que nos levam ao passado. Um lugar onde a história está ao seu alcance.
Neste Estado de verdes montanhas, onde o histórico e o moderno se misturam, os Escolápios mantêm as seguintes obras:
EM BELO HORIZONTE:
Paróquia São Marcos:
Atualmente é composta por 4 comunidades. Sua proposta, “evangelizar educando”, une “Fé e Vida – Fé e Cultura”.
Colégio São Miguel Arcanjo:
Com o lema “Educar é Libertar”, o Colégio atende a mais de 1.000 alunos. Sua proposta educativa é humanista e cristã, formada sobre os valores de solidariedade, justiça e paz.
Centro Educativo-Social Escolápio – Itaka Belo Horizonte:
O Centro atende anualmente mais de 1.000 crianças, jovens e adultos em situação de risco e vulnerabilidade, desenvolvendo e articulando programas e atividades que lhes deem apoio, oportunidades e garantam seu direito à cidadania.
EM GOVERNADOR VALADARES:
Paróquia Nossa Senhora das Graças:
Atualmente composta por 8 comunidades, a Paróquia tem uma proposta missionária e evangelizadora inspirada no carisma de São José de Calasanz.
Colégio Ibituruna:
Segundo o carisma de São José de Calasanz, o Colégio, que atende cerca de 1.700 alunos, tem como lema “Educar é cooperar com a verdade”, assumindo o desafio de oferecer uma educação integral de qualidade e evangelizadora.
Centro Educativo e Social São José de Calasanz - Itaka Governador Valadares:
Atendendo anualmente mais de 800 crianças, jovens e adultos, são realizados no Centro serviços e programas sociais voltados para educação, prática de esportes, inclusão produtiva e assistência social, objetivando a promoção humana dos menos favorecidos da sociedade.
ESPÍRITO SANTO
Um lugar onde as aventuras surpreendem, onde a beleza natural é infinita e as histórias encantadoras. Patrimônio que se orgulha de sua história e preserva suas tradições.
Os Escolápios se dedicam nas seguintes obras fundadas no Estado:
EM SERRA:
Paróquia São José de Calasanz:
Composta por 10 comunidades a Paróquia acompanha as iniciativas e propostas que buscam o serviço à vida, evangelizando e proclamando a Boa Nova de Jesus Cristo.
Centro Social São José de Calasanz - Itaka Escolápios Serra:
O Centro atende anualmente mais de 150 crianças, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social e conta com a colaboração de inúmeros voluntários, funcionários e parceiros.
domingo, 24 de agosto de 2014
Oração a São Bartolomeu
Glorioso São Bartolomeu, modelo sublime de virtude e puro frasco das graças do Senhor! Proteja este seu servo que humidamente se ajoelha a seus pés e implora que tenha a bondade de pedir por mim junto ao trono do Senhor.
São Bartolomeu, use todos os recursos para me proteger dos perigos que diariamente me rodeiam! Lance seu escudo protetor em minha volta e me proteja do meu egoísmo e de minha indiferença a Deus e ao meu vizinho.
São Bartolomeu , me inspire em imita-lo em todas as minhas ações. Derrame em mim suas graças para que eu possa servir e ver a Cristo nos outros e trabalhar para a Vossa maior gloria.
Graciosamente obtenha de Deus os favores e as graças que eu muito necessito, nas minha misérias e aflições da vida. Eu aqui invoco sua poderosa intercessão, confiante na esperança que ouvirás minhas orações e que obtenha para mim esta especial graça e favor que eu reclamo de seu poder e bondade fraternal, e com toda a minha alma imploro que me conceda a graça ...(mencionar aqui a graça desejada ), e ainda a graça da salvação de minha alma e para que eu viva e morra como filho de Deus, alcançando a doçura do Vosso amor e a eterna felicidade. Amem
São Bartolomeu
São Bartolomeu ou Natanael foi um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo.
Nascido em Caná, a 14 quilômetros de Nazaré, na Galileia, foi apresentado a Jesus pelo apóstolo e seu maior amigo Filipe, sob uma figueira. Filho de Tholmai é também conhecido como Natanael, assim como Tomé, era um viajante e atuou em áreas como Índia, Armênia, Irã, Síria e por algum tempo na Grécia, com Filipe, especialmente na Frígia. Além dos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, os Atos referem-se a ele como um dos Doze. Porém de suas atividades apostólicas não há notícias certas.
Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram viajantes. Foi o apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias.
Até esse seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e, às vezes, irônico com relação às coisas de Deus. Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: "Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fingimento".
Ele teve o privilégio de estar ao lado de Jesus durante quase toda a missão do Mestre na terra. Compartilhou seu cotidiano, presenciou seus milagres, ouviu seus ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e, finalmente, assistiu sua ascensão ao céu.
Uma antiga tradição armênia afirma que ele foi para a Índia e lá pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo, superando extremas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde converteu o rei Polímio, sua esposa e muitos outros homens, em mais de doze cidades.
Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja dos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram a ordem de tirar a sua pele e depois decapitá-lo. Era o dia 24 de agosto de 51.
sábado, 23 de agosto de 2014
Palavras de Santa Rosa de Lima, retiradas de seus escritos:
«Saibam todos que à
tribulação, se segue a graça; reconheçam que, sem o peso das aflições, não se
pode chegar à plenitude da graça; compreendam que com o aumento dos trabalhos
cresce simultaneamente a medida dos carismas. Não se deixem enganar: esta é a
única escada verdadeira do paraíso, e sem a cruz não há caminho por onde se
possa subir ao céu»
(…)Ó, se os mortais
conhecessem o que é a graça divina, como é bela, nobre e preciosa, quantas
riquezas encerra, quantos tesouros, quantas alegrias e delícias em si contêm!
(…) Ninguém se queixaria
da cruz nem dos sofrimentos que porventura lhe advêm, se conhecesse a balança
em que são pesados para serem distribuídos pelos homens”
“Oh, que daria eu por
anunciar o Evangelho! Atravessaria cidades pregando a penitência, com os pés
descalços, o crucifixo na mão e o corpo envolvido num cilício espantoso.
Caminharia durante a noite gritando: deixai as vossas iniquidades. Até quando
sereis como rebanhos aturdidos diante dos demônios? Fugi dos castigos eternos;
pensai que há só um instante entre a vida e o inferno”
No dia em que sua mãe a repreendeu
por cuidar em sua casa dos pobres e doentes, Santa Rosa de Lima respondeu.
"Quando servimos aos pobres e doentes, servimos Jesus, não devemos nos cansar
de ajudar nossos semelhantes, porque neles servimos a Jesus”.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Porque celebramos hoje a Festa de Nossa Senhora Rainha
Até a reforma do calendário
litúrgico a festividade deste dia (instituída em 1954 pelo Papa Pio XII) era
celebrada em 31 de maio, como conclusão do mês mariano. No dia 22 de agosto
celebrava-se a Coroação do Imaculado Coração de Maria. A escolha deste dia para
celebrar a realeza de Maria – Oitavo dia da festa da Assunção – tem um
particular significado: quis pôr em relevo a estreita ligação entre a Assunção
e Glorificação de Nossa Senhora.
Na Bula Munificentissimus
Deus, Pio XII, ao proclamar a Assunção da Santíssima Virgem, fala
explicitamente da estreita relação que une o Filho e a Mãe; foi o amor filial
de Jesus que quis glorificação corpórea da Mãe.
Por ser Mãe da Cabeça e dos
membros do Corpo Místico, participa não somente da realeza de Jesus, mas também
do fluxo vital e santificante do Redentor sobre a Igreja.
"O Espírito Santo virá
sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o
Santo que nascer será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria:
"Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" Lc.
1,37-38.
Ainda Lucas, nos Atos dos
apóstolos, coloca Maria no meio dos apóstolos, recolhida com eles em oração.
Ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda
não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Pois a sua extraordinária
humildade e fé total na palavra do anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus
ainda mais humilde do que ela. E, através de suas virginais virtudes e pureza
de coração, Maria ficou ainda mais próxima de seu Filho.
Maria é Rainha, porque é a
Mãe de Jesus Cristo, o Rei. Ela é Rainha porque supera todas as criaturas em
santidade. "Ela encerra em si toda a bondade das criaturas", diz
Dante na Divina Comédia.
Nela veneramos os dons de
graça extravasados do amor do Filho, dons que ela distribui régia e
maternalmente à Igreja, aos filhos conquistados em virtude do seu amor.
Nossa Senhora Rainha
O Papa Pio XII, em 1954, publica encíclica
dirigida aos membros do episcopado a respeito da Realeza de Maria, recorda que
o povo cristão sempre se dirigiu à Rainha do céu nas circunstâncias felizes e
sobretudo nos períodos graves da história da Igreja.
Antes de anunciar a sua
decisão de instituir a festa litúrgica da “Santa Virgem Maria Rainha”,
assinalou o Papa: “Não queremos propor com isso ao povo cristão uma nova
verdade e acreditar, porque o próprio título e os argumentos
que justificam a dignidade real de Maria já foram abundantemente formulados em
todos os tempos e encontram nos documentos antigos da Igreja e nos
livros litúrgicos. Tencionamos apenas chamá-lo com esta encíclica a renovar
os louvores à nossa Mãe do céu, para reanimar em todos os espíritos uma devoção
mais ardente e contribuir assim para o seu bem espiritual”
Pio XII cita em seguida as
palavras dos doutores e santos que desde a origem do Novo testamento até os
nossos dias salientaram o caráter soberano, real, da Mãe de Deus, co-redentora:
Santo Efrem, São Gregório de Naziano, Orígenes, Epifânio, Bispo de
Constantinopla, São Germano, São João Damasceno, até Santo Afonso Maria de
Ligório.
Acentua o Santo Padre que o
povo cristão através das idades, tanto no oriente quanto no ocidente, nas mais
diversas liturgias, cantou os louvores de Maria, Rainha dos
Céus.
“A iconografia, disse o Papa, para traduzir a dignidade real da
bem-aventurada Virgem Maria, enriqueceu-se em todas as épocas
com obras de arte do maior valor. Ela chegou mesmo a representar
o divino Redentor cingindo a fronte de sua Mãe com uma coroa refulgente”.
Na última parte do documento
o Papa declara que tendo adquirido, após longas e maduras reflexões, a
convicção de que decorrerão para a Igreja grandes vantagens dessa verdade
solidamente demonstrada”, decreta e institui a festa
de Maria Rainha, e ordena que nesse dia se renove a consagração
do gênero humano do Coração Imaculado na Bem-Aventurada Virgem Maria “porque
nessa consagração repousa uma viva esperança de ver surgir uma era de
felicidade que a paz cristã e o triunfo da religião alegrarão”.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Frases de São Pio X
São Pio X
Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa, mas de vida no seguimento de Cristo. Nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835. Ele gostava de se definir como: "Um pobre pároco da roça."
Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E desde criança manifestou sua vontade de ser padre.
Quando seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e pia, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. Ficou no seminário e, aos vinte e três anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito nos estudos. Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena aldeia, depois vigário de uma importante paróquia, cônego da catedral de Treviso, bispo da diocese de Mântua, cardeal de Veneza e, após a morte do grande papa Leão XIII, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, em 1903.
No Vaticano, José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado "Restaurar as coisas em Cristo".
Tal meta traduziu-se em vigilante atenção à vida interna da Igreja. Realizou algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e efetuando reformas nos seminários. Pelo grande amor que dispensava à música sagrada, renovou-a. Reformou, também, o breviário.
Sua intensa devoção à eucaristia permitiu que os fiéis pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos sete anos de idade.
Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades, como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo.
Outra importante característica de sua personalidade era a bondade suave e radiante que todos notavam e sentiam na sua presença.
Pio X não foi apenas um teólogo. Foi um pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em definir-se como "um simples pároco do campo". Ficou muito amargurado quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de nada poder fazer para que ela não acontecesse. Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu em vários milagres. Consta dos relatos que as pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam. Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de são Pedro". Quando alguém o chamava de "padre santo", ele corrigia sorrindo: "Não se diz santo, mas Sarto", numa alusão ao seu sobrenome de família.
"Nasci pobre, vivi pobre e desejo morrer pobre" : assim inicia o seu testamento.
No dia 20 de agosto de 1914, aos setenta e nove anos, Pio X morreu. O povo, de imediato, passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954 ele foi oficialmente canonizado.
Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E desde criança manifestou sua vontade de ser padre.
Quando seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e pia, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. Ficou no seminário e, aos vinte e três anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito nos estudos. Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena aldeia, depois vigário de uma importante paróquia, cônego da catedral de Treviso, bispo da diocese de Mântua, cardeal de Veneza e, após a morte do grande papa Leão XIII, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, em 1903.
No Vaticano, José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado "Restaurar as coisas em Cristo".
Tal meta traduziu-se em vigilante atenção à vida interna da Igreja. Realizou algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e efetuando reformas nos seminários. Pelo grande amor que dispensava à música sagrada, renovou-a. Reformou, também, o breviário.
Sua intensa devoção à eucaristia permitiu que os fiéis pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos sete anos de idade.
Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades, como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo.
Outra importante característica de sua personalidade era a bondade suave e radiante que todos notavam e sentiam na sua presença.
Pio X não foi apenas um teólogo. Foi um pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em definir-se como "um simples pároco do campo". Ficou muito amargurado quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de nada poder fazer para que ela não acontecesse. Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu em vários milagres. Consta dos relatos que as pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam. Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de são Pedro". Quando alguém o chamava de "padre santo", ele corrigia sorrindo: "Não se diz santo, mas Sarto", numa alusão ao seu sobrenome de família.
"Nasci pobre, vivi pobre e desejo morrer pobre" : assim inicia o seu testamento.
No dia 20 de agosto de 1914, aos setenta e nove anos, Pio X morreu. O povo, de imediato, passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954 ele foi oficialmente canonizado.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
São Bernardo atraía vocações
No ano de 1098 São Roberto
fundara, num vale chamado Cister, um ramo reformado da famosa abadia de Cluny,
já então em decadência. A severidade de sua regra foi afastando os candidatos,
enquanto seus monges antigos iam morrendo. Santo Estevão Harding, sucessor de
São Roberto, pensava em fechar definitivamente as portas da abadia, quando um
dia trinta nobres cavaleiros apareceram, pedindo para entrar na Ordem.
Eram Bernardo com irmãos, um
tio e amigos, que ele tinha convencido a acompanhá-lo. Mais tarde seriam
seguidos pelo irmão mais novo e o próprio pai, enquanto a única irmã também se
dedicaria a Deus, morrendo em odor de santidade.
Era tão intenso o dom de
persuasão que possuía esse homem cheio do amor de Deus, que, ao pregar, as
mulheres seguravam os maridos e as mães escondiam os filhos, por medo de que o
seguissem.
O modo como Bernardo atraía
vocações para Claraval era milagroso. Por exemplo, todo um grupo de nobres, que
por curiosidade quiseram um dia conhecê-lo. Atuava como se fosse um poderoso
ímã para atrair almas a Deus.
A atração mais estrondosa
foi a de Henrique de França, irmão do Rei Luís VII. Esse príncipe foi a
Claraval tratar de um importante assunto com São Bernardo. Quando ia sair,
pediu para ver todos os monges, a fim de se recomendar às suas orações.
Bernardo disse-lhe que logo experimentaria a eficácia dessas orações. No mesmo
dia Henrique sentiu-se tão tocado pela graça que, esquecendo-se de que era
então o sucessor da coroa, quis ficar em Claraval. Mais tarde foi Bispo de
Beauvais, e depois Arcebispo de Reims.
Com isso Claraval cresceu
tanto, que habitualmente seu número era de 600 a 700 monges.
Ave Maria! Ave Bernardo!
Nada mais suave para os ouvidos de Maria do que a voz de seus filhos, dirigindo-lhe a saudação angélica. Esta saudação faz estremecer-lhe o coração, como no dia da Anunciação.
O fato seguinte o prova com evidência, e se deu com São Bernardo, um dos mais ilustres servos de Maria.
No meio do século XII, existia nas florestas que separam as Flandres do Brabante uma ermida de religiosos beneditinos, célebre sob o nome de abadia de Afligem.
Bernardo, percorrendo a Alemanha para pregar a segunda Cruzada, foi descansar alguns dias no piedoso convento. Uma estátua de Maria estava no fundo do claustro, na grande galeria.
Com o divino filho nos braços, Maria parecia olhar com ternura para os religiosos que ali passavam. Bernardo dirigia-lhe a saudação angélica todas as vezes que passava diante dela:
— Ave, Maria! — dizia ele.
Um dia, ajoelhou-se aos pés da imagem, repetindo com efusão sua saudação favorita. No momento em que acabava de dizer “Ave, Maria!”, da imagem Maria respondeu:
— Ave, Bernardo! — Eu te saúdo, ó Bernardo!
É impossível descrever a impressão que estas palavras produziram nos circunstantes, e em particular na alma de Bernardo.
Estremeceu, como Santa Isabel no dia da Visitação, quando Maria a saudou: “E donde me vem esta felicidade — exclamou Isabel — que a mãe de meu Senhor se digne visitar-me?” (São Lucas, 1,43).
Lembrai-vos
Lembrai- vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenham recorrido à vossa proteção, implorado o vosso socorro, fosse por vós desamparado.
Animado eu pois com igual confiança, a vós recorro como minha Mãe, ó Virgem entre todas singular, e de vós me valho. Gemendo sob o peso dos meus pecados me prostro a vossos pés. Não rejeiteis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus Humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de alcançar-me o que vos rogo. Amém.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Frases de São João Eudes
“O Sacerdote é Jesus Cristo
Caminhando na terra.”
“Nada desejo pessoalmente,
mas se Deus me exigisse
expressar meu querer,
escolheria seguir vivendo
indefinidamente,
para ajudar a salvar as
almas”.
“Entregai-vos a Jesus para entrar
na imensidade do seu grande Coração, que contém o coração de sua santa Mãe e de
todos os santos, e para perder-vos nesse abismo de amor, de caridade, de
misericórdia, de humildade, de pureza, de paciência, de submissão e de
santidade”
“Três coisas se requerem
para que haja misericórdia. A primeira é ter compaixão da miséria do outro,
pois misericordioso é quem leva em seu coração as misérias dos miseráveis. A
segunda consiste em ter uma vontade decidida de socorrê-los em suas misérias. A
terceira é passar da vontade à ação”.
São João Eudes
João Eudes nasceu, em 14 de
novembro de 1601, na pequena vila de Ri, próxima de Argentan, no norte da
França. Era o primogênito de Isaac e Marta, que tiveram sete filhos. Cresceu
num clima familiar profundamente religioso.
Inicialmente, estudou no
Colégio Real de "Dumont", em Caen, dos padres jesuítas. Nos intervalos
das aulas, costumava ir à capela rezar, deixando as brincadeiras para o segundo
plano. Na adolescência, por sua grande devoção a Maria, secretamente
consagrou-se a ela. Depois, sentindo sua vocação religiosa, foi
aconselhado a terminar os estudos antes de ordenar-se sacerdote.
Em 1623, com o consentimento
dos pais, foi para Paris, onde ingressou na Congregação do Oratório, sendo
recebido pelo próprio fundador, o cardeal Pedro de Bérulle. Dois anos
depois, recebeu sua ordenação, dedicando-se integralmente à pregação entre o
povo. Pleno do carisma dos oratorianos, centrados no amor a Cristo, e de sua
especial devoção a Maria, passou ao ministério de pregação entre o povo. Visitou vilas
e cidades de Ile de França, Bolonha, Bretanha e da sua própria região de
origem, a Normandia.
Nessa última, quando, em
1627, ocorreu a epidemia da peste, João percorreu quase todas, principalmente
as vilas mais distantes e esquecidas. Como sensível pregador, levou a Palavra
de Cristo, dando assistência aos doentes e suas famílias. Nunca temeu o
contágio. Costumava dizer, em tom de brincadeira:
“Desta carcassa até a
peste tinha medo”.
Mas temia pela integridade
daqueles que viviam à sua volta, que, ao seu contato, poderiam ser contagiados. Por isso não
entrava em casa e à noite dormia dentro de um velho barril abandonado ao lado
do paiol.
Inconformado com o contexto
social que evoluía perigosamente, no qual as elites dos intelectuais
valorizavam a razão e desprezavam a fé, João Eudes, sabendo interpretar esses
sinais dos tempos, fundou, em 1643, a Congregação de Jesus e Maria com um grupo
de sacerdotes de Caen que se uniram a ele. A missão dos
eudianos é a formação espiritual e doutrinal dos padres e seminaristas e a
pregação evangélica inserida nas necessidades espirituais e materiais do povo.
Além de difundir, por meio dessas missões, a devoção aos
sagrados corações de Jesus e Maria.
Seguindo esse pensamento,
também fundou a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, para atender
às jovens que de desviavam pelos caminhos da vida e às crianças abandonadas. A
Ordem deu origem, no século XIX, à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do
Bom Pastor, conhecida como as Irmãs do Bom Pastor.
Com os seus missionários,
João dedicou-se à pregação de missões populares, num ritmo de trabalho
simplesmente espantoso. As regiões atingidas pelo esforço dos seus missionários
foram aquelas que mais resistiram ao vendaval anti-religioso da Revolução
Francesa.
Coube a João Eudes a glória
de ter sido o precursor do culto da devoção dos sagrados corações de Jesus e de
Maria. Para isso, ele próprio compôs missas e ofícios, festejando, pela
primeira vez, com um culto litúrgico do Coração de Maria em 1648, e do Coração
de Jesus em 1672. Hoje, essas venerações fazem parte do calendário da Igreja.
Morreu
em Caen, norte da França, no dia 19 de agosto de 1680, deixando uma obra
escrita de grande valor teológico pela clareza e profundidade.
domingo, 17 de agosto de 2014
Clara tem Jesus Crucificado dentro do coração
Clara teve também a visão
de Jesus vestido como um peregrino pobre. Seu rosto arrasado pelo peso da cruz
e seu corpo mostrando os sinais de um caminho duro carregando a cruz. Clara
estava de joelhos tratando de evitar que Ele continuasse caminhando, e lhe
perguntando "Senhor, aonde vai?"; Jesus lhe respondeu: " procurei no
mundo inteiro por um lugar forte onde plantar firmemente esta Cruz, e não
encontrei nenhum". Clara o olha e toca a cruz, mostrando ao Senhor o
desejo de tantos anos de compartilhar sua cruz. O rosto de Jesus já não estava
exausto, mas brilhando de amor e de gozo. Sua viagem tinha terminado. Ele lhe
diz: "Sim Clara, aqui encontrei um lugar para minha cruz; ao fim encontro
alguém a quem posso confiar minha cruz", e a implantou em seu coração. A
intensa dor que sentiu em todo seu corpo, ao receber a Cruz de Jesus em seu
coração, permaneceu com ela. Desde esse primeiro momento, sempre esteve
consciente da cruz, que não somente sentia mas sim a sentia com cada fibra de
seu ser. Era parte dela, seu Amor Jesus e ela era um em sua Cruz.
Após a sua morte, as freiras imediatamente
prepararam o corpo de Clara para que todos pudessem vê-la. Primeiro lhe tiraram
o coração e o puseram em um caixa florida de madeira. A Missa funeral foi
celebrada em 18 de Agosto. Nessa noite, as irmãs abriram o coração de Clara
para prepará-lo e pô-lo em um relicário, para seu assombro, as palavras de
Clara se fizeram vida;
"Porque me fazem o
sinal da Cruz?. Eu tenho Jesus crucificado em meu coração".
Diante delas estavam as marcas da Paixão de Jesus.
Dentro do coração estava
a forma perfeita de Jesus Crucificado, ainda a coroa de espinhos na cabeça e a
ferida da lança no lado. Além disso, feitos de ligamentos ou tendões, os
flagelos usados na flagelação, com as pontas mostrando as bolas de metal com os
ossos para rasgar a carne e os ossos do Senhor.
A notícia deste milagre se
propagou imediatamente.
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Solenidade da Assunção da Virgem Maria
A Assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja. Ela não
se encontra explicitamente na Sagrada Escritura, mas está implícita.
Analisemos o fato, segundo é contato pelos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos, mas sem comprovação histórica.
Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu Ela ainda 25 anos na terra, para educar e formar, por assim dizer, a Igreja nascente, como outrora ela educara, protegera, e dirigira a infância do Filho de Deus.
Ela terminou sua "carreira mortal" na idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum.
A morte de Nossa Senhora foi suave, chamada de "dormição".
Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a "dormição" de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de s. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato.
Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria.
S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo.
Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor.
S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora.
Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava.
Do túmulo se exalava um perfume de suavidade celestial!
Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, onde ele goza de uma glória inefável.
Estas são as antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.
Como Nossa Senhora era isenta do 'pecado original', ela estava imune à sentença de morte (conseqüência da expulsão do paraíso terrestre). Todavia, por não ter acesso à "árvore da vida" (que ficava no paraíso terrestre), Maria Santíssima teria que passar por uma "morte suave" ou uma "dormição".
Por um privilégio especial de Deus, acredita-se que Nossa Senhora não precisaria morrer se assim o desejasse, ainda que não tivesse acesso à "árvore da vida".
Tudo isso, é claro, ainda poderá ser melhor explicado com o tempo, quando a Igreja for explicitando certos mistérios relativos à Santíssima Virgem Maria que até hoje permanecem.
Muito pouco ainda descobrimos sobre a grandeza de Nossa Senhora, como bem disse S. Luiz Maria G. de Montfort em seu livro "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem".
se encontra explicitamente na Sagrada Escritura, mas está implícita.
Analisemos o fato, segundo é contato pelos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos, mas sem comprovação histórica.
Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu Ela ainda 25 anos na terra, para educar e formar, por assim dizer, a Igreja nascente, como outrora ela educara, protegera, e dirigira a infância do Filho de Deus.
Ela terminou sua "carreira mortal" na idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum.
A morte de Nossa Senhora foi suave, chamada de "dormição".
Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a "dormição" de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de s. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato.
Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria.
S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo.
Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor.
S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora.
Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava.
Do túmulo se exalava um perfume de suavidade celestial!
Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, onde ele goza de uma glória inefável.
Estas são as antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.
Como Nossa Senhora era isenta do 'pecado original', ela estava imune à sentença de morte (conseqüência da expulsão do paraíso terrestre). Todavia, por não ter acesso à "árvore da vida" (que ficava no paraíso terrestre), Maria Santíssima teria que passar por uma "morte suave" ou uma "dormição".
Por um privilégio especial de Deus, acredita-se que Nossa Senhora não precisaria morrer se assim o desejasse, ainda que não tivesse acesso à "árvore da vida".
Tudo isso, é claro, ainda poderá ser melhor explicado com o tempo, quando a Igreja for explicitando certos mistérios relativos à Santíssima Virgem Maria que até hoje permanecem.
Muito pouco ainda descobrimos sobre a grandeza de Nossa Senhora, como bem disse S. Luiz Maria G. de Montfort em seu livro "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem".
O DOGMA
A verdade desta glorificação única e completa da Santíssima Virgem foi definida solenemente como dogma de Fé pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, com estas belas palavras:
"Depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a luz do Espírito de verdade, para a glória de Deus onipotente que à Virgem Maria concedeu sua especial benevolência, para a honra de seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória de sua augusta Mãe e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo e com a Nossa, pronunciamos, declaramos e definimos que: A Imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial".
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