quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Mês Missionário Extraordinário:24 de outubro - Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! Lc 12,49


O fogo que Jesus vem trazer à Terra está ligado, de forma evidente, ao seu Batismo. Quando tiver lugar o seu Batismo, ou seja, a sua Paixão, então também o fogo que Ele veio trazer, ou seja, o dom do Espírito, será ateado.
Assim, com duas figuras retóricas, Jesus descreve o Mistério Pascal e o fruto que Ele próprio trouxe para nós. João Batista, com efeito, tinha anunciado que Aquele que estava a chegar era mais poderoso do que ele, era Alguém ao qual João nem sequer era digno de desatar a correia das sandálias. Se João batizava com água para preparar o caminho do Senhor, convidando as pessoas ao arrependimento e à conversão, o Filho do Altíssimo viria para batizar com o Espírito Santo e com o fogo, a fim de que toda a criatura visse a salvação de Deus e os seus grandes prodígios.

Jesus exige dos seus discípulos um amor maior do que o amor que eles têm pelos seus próprios parentes. A razão é muito simples: a fonte do amor é Ele. É Ele que nos ensina a amar de verdade, dando a vida pelas pessoas a quem amamos. O amor apenas motivado pelos laços familiares é muito frágil. Pelo contrário, quando alguém se torna seguidor de Jesus, não só aprende a amar de verdade os seus próprios familiares mas também abandona toda a cobiça e hipocrisia, todo o egoísmo e discriminação, abrindo o coração à fraternidade universal, acolhendo com amor sincero pessoas diferentes de si em termos de religião, etnia, cultura, cor da pele e estatuto social: pessoas até então desconhecidas.

Tal fato, porém, pode provocar inimizade da parte da família e da comunidade às quais não agrada aquilo que é diferente: não aceitam novidades capazes de minar as suas tradições e convicções, não compreendem e rejeitam esta nova maneira de viver, que é uma verdadeira revolução, tanto espiritual como social.
O fogo que Jesus oferece aquece os corações, sobretudo daqueles que não sabem para onde hão de ir. Que seja Ele a acompanhar-nos, como fez, incógnito, com os discípulos de Emaús, que no fim de um dia marcado pelo cansaço e pelo desânimo, professaram: “Não ardia o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” E foi o início de uma nova partida, a renovação de uma vocação que, apesar das vacilações dos apóstolos, o Senhor nunca tinha revogado.
Hoje celebramos:



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