O Evangelho de Jesus, Sabedoria Divina, é
espírito e vida, faz levantar-se de novo os caídos, restitui dignidade aos
excluídos, dá alegria aos aflitos, renova toda a criatura, transforma,
santifica e oferece a vida eterna.
A parábola de Jesus no evangelho deste domingo
apresenta uma mulher a quem foi negado o direito de expressão por um juiz
corrupto, uma experiência pela qual ainda hoje muita gente passa em todo o
mundo. A parábola desenrola-se numa cidade sem nome, visto que aquilo que é
narrado parece acontecer em qualquer parte: para os inimigos, a lei deve ser
aplicada; para os amigos, deve ser apenas interpretada.
A viúva da parábola não é amiga do juiz,
portanto, não lhe é concedida uma audiência. Esta viúva perdeu o apoio do
marido e, no mundo da Palestina do século primeiro, não pôde herdar a sua
propriedade. As viúvas eram vulneráveis do ponto de vista econômico e podiam
ser exploradas. Não podendo dar-se ao luxo de recorrer a um advogado, a viúva
apresenta-se sozinha em representação da sua causa contra o seu adversário.
Jesus expõe o raciocínio interior do juiz,
profundamente corrupto, completamente desinteressado frente à denúncia da viúva
e absolutamente indiferente àquela mulher: não teme a Deus nem lhe importa o
bem dos homens.
A viúva está decidida a não permanecer
invisível e a fazer-se ouvir, inclusive diante de um juiz desonesto, enquanto o
caso não for definitivamente resolvido em seu favor.
Jesus serve-Se desta parábola para exemplificar
a necessidade da oração, da sua urgência e continuidade. Se a oração constitui
o coração da missão da Igreja é porque, no interior dessa relação pessoal e eclesial
com Deus, a pessoa e as comunidades são renovadas segundo os critérios da
salvação oferecida e realizada por Jesus.
A sua pergunta sobre a fé, aquando do seu
retorno, parece indicar uma certa preocupação do Mestre sobre a eficácia da missão
e a autenticidade do testemunho dos discípulos missionários.
A eficácia da oração contínua, da súplica
constante, da busca insistente do amor pela verdade e pela justiça, forja o
discípulo para a missão. Só quem reza com insistência coloca Cristo no centro
da sua vida e da missão que lhe é confiada, crescendo na fé. Só quem reza com
insistência se torna atento e capaz de escutar, de apreender e de descobrir as
necessidades e os pedidos de redenção material e espiritual, tão presentes no
coração da Humanidade atual.
Hoje celebramos:
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