No episódio evangélico de hoje, podemos
contemplar Jesus que passa toda a noite em oração porque está prestes a fazer
uma eleição que reforçará para sempre a sua ligação com os seus discípulos.
Trata-se de um empenho definitivo, porque Ele instituirá com os Doze a sua
comunidade messiânica; escolherá as doze colunas sobre as quais edificará, como
fora prometido pelos profetas, o povo da nova aliança, a Igreja.
Nos seus relatos evangélicos, Lucas mostra-nos
em numerosas ocasiões como a oração, aquele encontro de diálogo íntimo e
amoroso com o seu Pai Celeste, era importante para Jesus. Em certas ocasiões, detém-se
a descrever estes episódios e até o conteúdo das orações de Jesus, de modo que
cada discípulo possa aprender a rezar como deve ser.
Assim, o devoto deve estar disposto a escutar
aquilo que o Senhor tem para lhe dizer e a fazer aquilo que Ele manda, em vez
de multiplicar as suas palavras inúteis para pedir a Deus que satisfaça todos
os seus pedidos egoístas. A verdadeira oração cristã nasce em Deus, impregna a
nossa ação, transforma a nossa existência e regressa a Deus com sentimentos de
gratidão, obediência filial, oferenda de si e solidariedade para com os outros.
Lucas sublinha, portanto, como todas as
decisões cruciais da vida de Jesus foram tomadas num contexto de oração, desde
o Batismo – poderíamos até regressar à sua infância –, até ao Getsémani e à
Cruz.
A oração, portanto, revela-se como alma da
missão, ou seja, como fiel e eficaz presença de Deus na atuação da sua Igreja
para salvação do mundo a quem é enviada.
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário