terça-feira, 22 de outubro de 2019

Mês Missionário Extraordinário: 22 de outubro - São João Paulo II - Papa


“Desde o dia da minha eleição para Bispo de Roma, a 16 de Outubro de 1978, ressoou no meu coração com particular intensidade e urgência o mandamento de Jesus:  "Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura" (Mc 16, 15).

Por conseguinte, senti o dever de imitar o apóstolo Pedro "que andava por toda a parte" (At 9, 32), para confirmar e consolidar a vitalidade da Igreja na fidelidade à Palavra e no serviço à verdade; para dizer a todos que Deus os ama, que a Igreja os ama, que o Papa os ama; e para receber deles, também, o encorajamento e o exemplo da sua bondade, da sua fé".

Também através das viagens apostólicas, se manifestou uma prática específica do ministério que é próprio do Sucessor de Pedro, como "princípio e fundamento perpétuo e visível da fé e da comunhão”.
Em todas estas viagens me senti peregrino em visita àquele particular santuário que é o povo de Deus. Nesse santuário pude contemplar o rosto de Cristo cada vez mais desfigurado na cruz ou resplandecente de luz como na manhã de Páscoa.
Pude partilhar com os Irmãos os seus problemas e anseios pastorais. As diversas categorias de fiéis com os quais sempre quis reunir-me permitiram-me conhecer mais de perto a vida das comunidades cristãs nos vários continentes, as suas expectativas, dificuldades, sofrimentos e alegrias. Nunca esqueci os jovens, "esperança da Igreja e do Papa":  nos seus rostos alegres e pensativos vi uma geração pronta a colocar-se com generosidade no seguimento de Cristo e a construir a civilização do amor.

As grandes assembleias multicolores do povo de Deus, reunidas para a celebração da Eucaristia, permanecem impressas na minha memória e no meu coração como a recordação mais nobre e comovedora das minhas visitas. Em profunda sintonia com elas repeti a profissão de fé de Pedro:  "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16, 16).

Movido pela convicção de que "o homem é o primeiro e fundamental caminho da Igreja", quis depois encontrar-me com os irmãos das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, assim como com os fiéis do Judaísmo, do Islã e das outras religiões, para reafirmar com convicção tanto o compromisso concreto da Igreja Católica para a reconstrução da unidade plena entre os cristãos, como a sua abertura ao diálogo e à colaboração com todos para a edificação de um mundo melhor.
Vejo diante de mim, neste momento, os numerosos encontros vividos e todos os participantes:  desejaria abraçar mais uma vez a todos, confirmar-lhes o amor e a oração do Papa, convidar a todos de novo a "abrir de par em par as portas a Cristo"!"

Papa João Paulo II – 12 de junho de 2003
  
Desde a primeira viagem apostólica do Pontificado, à América Latina, de 25 de janeiro a 1° de fevereiro de 1979, à viagem mais longa, à Ásia e Oceania, em 1986, até a peregrinação jubilar à Terra Santa de 2000 e à última viagem, aos pés de Nossa Senhora de Lourdes, em agosto de 2004, o Papa João Paulo II foi o papa quem fez mais viagens, somando 129 países, contabilizando mais de 1,7 milhões de quilômetros viajados, percorridos de avião, carro, navio e ferry boat. Ele consistentemente atraía grandes multidões em suas viagens, algumas contando entre as maiores já reunidas na história, como a do Jornada Mundial da Juventude de 1995, em Manila, nas Filipinas, que reuniu cerca de 5 milhões de pessoas, considerada uma das maiores reuniões de católicos já ocorrida. Estima-se que em seu pontificado 400 milhões de pessoas o viram em Roma ou durante suas viagens.


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