Para uma compreensão mais profunda da missão à
qual todos os cristãos são chamados, é útil partir das palavras de Jesus. O
discurso com que Jesus acompanha o envio em missão dos discípulos é completado
por uma severa admoestação contra as povoações de Corazim e de Cafarnaum, na
Galileia.
As povoações da Palestina mencionadas tinham
assistido aos milagres com que Jesus acompanhara o seu anúncio do Reino de Deus;
em Cafarnaum tinham-se manifestado os primeiros sinais de rejeição do anúncio
de Jesus, mas ali Jesus também tinha manifestado o poder do “Reino de Deus” e
tinha-se tornado patente a fé de um centurião do exército romano, pagão, mas
simpatizante do Judaísmo; de Betsaida provinha Filipe, um dos Doze.
A severa admoestação dirigida por Jesus às
povoações da Palestina que tinham sido diretamente beneficiados por Ele e nos
quais Ele próprio tinha, inclusive, encontrado respostas de fé surpreendentes,
nunca foi uma condenação definitiva e irreversível. No fim do seu discurso aos
discípulos enviados em missão, Jesus sublinha a importância da própria missão
de evangelização.
Evangelizar e ser evangelizados implica
responsabilidades inevitáveis frente ao juízo divino, que na realidade não é
antecipado numa condenação precipitada sem possibilidades de recurso, mas que é
apresentado como ponto de referência supremo, relativo ao fim dos tempos.
Antes disso, a porta do arrependimento e da
conversão sempre esteve aberta, inclusive mediante os misteriosos caminhos da
providência e da misericórdia divinas. Jesus identifica-Se com aqueles que
enviou e fala explicitamente do risco, nesses casos, de rejeitar o próprio
Deus, qualquer que seja o motivo ou a fé religiosa que possa levar alguém a
rejeitar a evangelização levada a cabo pelos discípulos de Jesus.
Hoje celebramos:
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