sábado, 26 de outubro de 2019

Mês Missionário Extraordinário: 26 de outubro - Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? Lc 13,2


O ensinamento de Jesus, no evangelho de hoje, começa por uma notícia que Lhe é dada: o caso de vários galileus massacrados por Pilatos, enquanto ofereciam um sacrifício no Templo.

A resposta de Jesus, leva-nos a pressupor um juízo condescendente em relação às vítimas, como se estas merecessem morrer dessa forma tão violenta, no momento sagrado da adoração a Deus; como se a brutalidade dos romanos fosse um juízo de Deus contra aqueles que tinham sido mortos.

Jesus tira uma lição daquele triste episódio: a ninguém é permitido interpretar o sofrimento, a doença, os acidentes e as tragédias dos outros como castigo divino pelos pecados cometidos, mas cada um deve considerar os seus próprios pecados como a pior desgraça e tentar converter-se com sincero arrependimento.

A ninguém foi dada autoridade para julgar e dividir as pessoas, classificando-as como “boas” ou “más”. Só o Senhor conhece toda a verdade dos nossos corações.
Mal a notícia Lhe é comunicada, Jesus rejeita imediatamente a leitura segundo a qual haveria uma ligação causal entre a morte violenta e a enormidade do pecado. Jesus quer sublinhar que os incidentes não revelam necessariamente a gravidade de algum pecado escondido da pessoa que deles é vítima, mas são como que advertências, recordando-nos que a morte pode bater sempre à nossa porta, e sobretudo quando menos o esperamos.
Daí a tomada de consciência de que cada um deve despertar para a necessidade e a urgência da conversão interior, que deve ser aceite e posta em prática antes que seja tarde demais. É por isso que Jesus, rejeitando a ideia de que os judeus massacrados por Pilatos e as dezoito pessoas esmagadas pelo desmoronamento da torre de Siloé possam ser considerados mais pecadores do que os outros, prossegue o seu discurso dando a entender que se aqueles que O escutam não se converterem, poderão perecer do mesmo modo.

Converter-se, não porque o seu arrependimento os protegeria da morte, mas porque a conversão dispõe bem a pessoa, tanto espiritual como humanamente, para o encontro com o Senhor da vida, em total paz e serenidade de coração. Se a conversão pode libertar da morte, é da morte eterna, e não já do desaparecimento físico.

Hoje celebramos:


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