segunda-feira, 5 de março de 2018

05 de março - Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. Lc 4,24


Jesus afirma que “Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” e se refere aos grandes Profetas do passado Elias e Eliseu, que realizavam milagres em favor dos pagãos para denunciar a incredulidade de seu povo. A este ponto os presentes se sentem ofendidos, levantam-se indignados, expulsam Jesus e têm vontade de lançá-lo no precipício, mas Ele, passando pelo meio deles, continua o seu caminho.

Esta passagem não é simplesmente a narrativa de uma discussão entre companheiros, como às vezes ocorre, suscitada por invejas e por ciúmes, mas revela uma tentação à qual o homem religioso está sempre exposto, e da qual é necessário tomar distância com decisão: a tentação de considerar a religião como um investimento humano e, por consequência, começar a ‘fazer contratos’ com Deus buscando o próprio interesse.
O ministério profético de Jesus consiste em anunciar que nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão do coração do Pai e que o único privilégio aos olhos de Deus é o de não ter privilégios, de estar abandonados nas suas mãos.

Deus vem ao encontro dos homens e das mulheres de todos os tempos e lugares, na situação concreta em que estes se encontram. Vem também ao nosso encontro. É sempre ele que dá o primeiro passo: vem visitar-nos com a sua misericórdia, levantar-nos da poeira dos nossos pecados, vem estender-nos a mão para tirar-nos do abismo em que o nosso orgulho nos fez cair, e nos convida a acolher a consoladora verdade do Evangelho e a caminhar pelo caminho do bem.

Papa Francisco – 31 de janeiro de 2016

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