Jesus quando expulsa aqueles que
comerciavam no templo: purifica o templo. Assim o Senhor torna o templo como
deve ser: puro, só para Deus e para o povo que vai rezar. Mas como podemos
purificar o templo de Deus? A resposta está em três palavras que podem
ajudar-nos a compreender. Primeira: vigilância; segunda: serviço; terceira:
gratuidade.
Portanto, vigilância é a primeira palavra: Não só o templo físico, os
edifícios são os templos de Deus: o mais importante templo de Deus é o nosso
coração, a nossa alma. A ponto que São Paulo diz: Sois templo do Espírito Santo.
Portanto, o Espírito Santo habita em nós.
E por isso a primeira palavra proposta é vigilância. Eis algumas perguntas
para um exame de consciência: O que acontece no meu coração? Dentro de mim?
Como me comporto com o Espírito Santo? O Espírito Santo é um dos muitos ídolo
que conservo dentro de mim ou cuido do Espírito Santo? Aprendi a vigiar dentro
de mim, a fim de que o templo no meu coração seja só para o Espírito Santo?
Eis a importância de purificar o templo interior e vigiar. Está atento,
está atenta: o que acontece no teu coração? Quem vem quem vai... quais são os
teus sentimentos, as tuas ideias? Falas com o Espírito Santo? Ouves o Espírito
Santo? Trata-se contudo de vigiar: estar atento ao que acontece no nosso
templo, dentro de nós.
A segunda palavra é serviço. Jesus faz-nos compreender que ele está
presente de modo especial no templo dos necessitados. E diz claramente: está
presente nos doentes, nos que sofrem, nos famintos, nos presos, está presente
neles. Também para a palavra serviço temos algumas perguntas para serem formuladas
a nós mesmos: Sei conservar aquele templo? Cuido do templo com o meu serviço?
Aproximo-me para ajudar, vestir, consolar os que precisam?
E a terceira palavra que me vem à mente lendo o Evangelho é gratuidade. Jesus
diz: A minha casa será casa de oração. Vós, ao contrário, fizestes dela um
covil de ladrões. Tendo em mente as palavras do Senhor, quantas vezes com
tristeza entramos num templo, numa paróquia, num episcopado, e não sabemos se
estamos na casa de Deus ou num supermercado: há ali os mercadores, até com uma
lista dos preços para os sacramentos e falta a gratuidade. Contudo, Deus
salvou-nos gratuitamente, nada nos cobrou. Alguém poderia objetar que devemos
ter dinheiro para manter a estrutura e para dar de comer aos sacerdotes, aos
catequistas. A resposta do Pontífice foi clara: Tu dá gratuitamente e Deus
providenciará o resto, providenciará o que falta.
Papa Francisco – 24 de novembro de 2017
Hoje celebramos:
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