São João Sarkander foi um Sacerdote que soube viver do
Mistério pascal: o Salvador foi para ele força também no martírio. Possais
também vós sempre haurir força da Cruz de Cristo e da sua Ressurreição.
Papa João Paulo II – 07 de maio de 1997
João Sarkander, sacerdote e mártir, nasceu em 20 de dezembro
de 1576 em Skoczów na Silésia (hoje Polônia) filho de Gregory Mattia Sarkander
e Helena Górecka, casada em segundo casamento. Após a morte de seu pai (1589),
a família mudou-se para Pribor na Morávia com o vivia o filho sacerdote de
Helena, nascido de seu primeiro casamento. João estudou na escola paroquial, na
faculdade jesuíta em Olomouc, na Universidade de Praga e na Faculdade de
Teologia de Graz.
Em 1608 tornou-se sacerdote em Brno. Posteriormente,
realizou sua atividade pastoral em diversas paróquias e dioceses de Olomouc.
Em 1616, foi nomeado pároco de Holešov, sede do tenente da
Morávia, Ladislav Popel, de Lobkovic, do qual se tornou conselheiro e
confessor. Após o levante dos nobres boêmios, na sua maioria protestantes,
contra o Império Austríaco, seu programa de buscar os fiéis de volta para a
Igreja Católica tornou-se muito problemático, e após a prisão de Lobkovic, esperando
por melhores tempos, João foi em uma peregrinação a Nossa Senhora de
Częstochowa (1619) e durante 5 meses permaneceu na Polônia.
Esta viagem à Polônia foi fatal. Depois de seu retorno, ele
foi acusado de espionagem a favor do rei polonês, que naquele momento tinha invadido
com suas tropas em apoio ao Imperador da Áustria, saqueando a Morávia, mas
poupando a cidade de Holešov, cujos fiéis foram encontrar as tropas polacas em
uma procissão eucarística, liderada por João Sarkander.
O novo juiz principal da Morávia, protestante, mandou
capturar Sarkander por acusações de traição. Ele sofreu quatro interrogatórios
acompanhados de tortura cruel e prolongada (13 a 18 de fevereiro de 1620). Após
um mês de sofrimento, ele morreu na prisão em 17 de março de 1620, aos 46 anos.
Padre João Sarkander foi beatificado por Pio IX em 6 de maio
de 1860. O processo de beatificação mostrou que ele foi torturado por ódio pela
fé, a razão política serviu de pretexto. Em 21 de maio de 1995, foi canonizado
pelo Papa João Paulo II.
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