Jesus afirma que “Nenhum profeta
é bem recebido em sua pátria” e se refere aos grandes Profetas do passado Elias
e Eliseu, que realizavam milagres em favor dos pagãos para denunciar a
incredulidade de seu povo. A este ponto os presentes se sentem ofendidos,
levantam-se indignados, expulsam Jesus e têm vontade de lançá-lo no precipício,
mas Ele, passando pelo meio deles, continua o seu caminho.
Esta passagem não é simplesmente a narrativa de uma discussão entre
companheiros, como às vezes ocorre, suscitada por invejas e por ciúmes, mas
revela uma tentação à qual o homem religioso está sempre exposto, e da qual é
necessário tomar distância com decisão: a tentação de considerar a religião
como um investimento humano e, por consequência, começar a ‘fazer contratos’
com Deus buscando o próprio interesse.
O ministério profético de Jesus consiste em anunciar que nenhuma condição
humana pode constituir motivo de exclusão do coração do Pai e que o único
privilégio aos olhos de Deus é o de não ter privilégios, de estar abandonados
nas suas mãos.
Deus vem ao encontro dos homens e das mulheres de todos os tempos e
lugares, na situação concreta em que estes se encontram. Vem também ao nosso
encontro. É sempre ele que dá o primeiro passo: vem visitar-nos com a sua
misericórdia, levantar-nos da poeira dos nossos pecados, vem estender-nos a mão
para tirar-nos do abismo em que o nosso orgulho nos fez cair, e nos convida a
acolher a consoladora verdade do Evangelho e a caminhar pelo caminho do bem.
Papa Francisco – 31 de janeiro de
2016
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