Jesus no Evangelho revela um sentido ainda mais
profundo para este Mandamento: a ira, o insulto e o desprezo contra um irmão são
formas de assassinato. Nós estamos acostumados a insultar. Isso faz mal, é uma
forma de matar a dignidade de uma pessoa. Seria belo se este ensinamento de
Jesus entrasse na mente e no coração. Não insultar mais ninguém: seria um bom
propósito. Para Jesus, se você despreza, insulta e odeia, isso é homicídio.
Quando vamos à missa, deveríamos ter esta
atitude de reconciliação com as pessoas com as quais tivemos problemas. Mas às
vezes falamos mal das pessoas enquanto esperamos o sacerdote. Isso não é possível.
Vamos pensar na importância do insulto, do desprezo, do ódio. Jesus os insere
na linha do assassinato.
A indiferença mata. É como dizer ao outro: você
é um morto para mim, porque você o matou em seu coração. Não amar é o primeiro
passo para matar; e não matar é o primeiro passo para amar.
De fato, desprezar o irmão é fazer como Caim
que, quando Deus lhe perguntou onde estava seu irmão Abel, respondeu: “Por
acaso sou guardião do meu irmão?” Somos sim os guardiões dos nossos irmãos,
somos guardiões uns dos outros!
A vida humana necessita de amor, o amor
autêntico é o que Cristo nos mostrou, isto é, a misericórdia. Não matar é
incluir, valorizar, perdoar.
Não podemos viver sem o amor que perdoa, que
acolhe quem nos fez mal. Nenhum de nós sobrevive sem misericórdia, todos
necessitamos do perdão. Não basta não fazer nada de mal, do homem se exige
mais, ele deve fazer o bem, significa viver segundo o Senhor Jesus, que deu a
vida por nós e por nós ressuscitou.
Papa Francisco – 17 de
outubro de 2018
Hoje celebramos:
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