Lúcio I foi o 22º papa da
história da Igreja Católica, governando de 25 de junho de 253
até 5 de março de 254.
Nascido em Roma no ano 205, Lúcio tem uma
história familiar desconhecida. Sabe-se apenas o nome de seu pai, que era Prophyrianus. Lúcio
nasceu em um momento que o cristianismo começava a se expandir pelo Império
Romano. Foi por volta do ano 200 que os cristãos passaram a superar as perseguições
religiosas, iniciando uma guinada que levaria o cristianismo a ser a religião
oficial do Império.
A conversão do primeiro imperador romano ao
cristianismo selaria de vez a amplitude do cristianismo e abriria as portas
para que influenciasse profundamente toda a história ocidental.
Ele foi eleito, provavelmente, no dia 25 de junho
de 253. Sua eleição aconteceu durante a perseguição que já havia
acusado o banimento do Papa Cornélio e ele também foi banido, mas
teve permissão para voltar. Em seu retorno, ele recebeu uma carta
entusiasmada de Cipriano, o influente bispo de Cartago, parabenizando-o por sua
vontade de sofrer pela fé, e sugerindo que talvez o Senhor o tenha chamado de
volta para que ele possa sofrer martírio real no meio do seu rebanho.
Ao voltar, teve de sustentar luta fortíssima,
desta vez, contra hereges denominados "novacianos", um movimento do
cristianismo primitivo que se recusava a readmitir cristãos que tinham
celebrado os deuses pagãos durante a perseguição empreendida pelo imperador
Décio. Esse embate foi intenso e, mais tarde, os novacianos seriam declarados
hereges. De toda forma, Lúcio I foi firme em defesa da doutrina de Cristo
segundo a Igreja Católica. Sua determinação, zelo apostólico, plena convicção e
fé em defesa da doutrina de Cristo, culminou em seu martírio. Data desta época,
a morte de Nereu de Chipre, um perigoso agitador que ambicionava o trono
Pontifício, e maquinou inúmeros estratagemas para conquistar seguidores.
Documentos apócrifos ditam a sua morte por
envenenamento com recurso de cicuta, poderoso veneno, outros atestam que ele foi decapitado. Neste mesmo local e
época, foram martirizados outros novecentos santos mártires, cujos corpos foram
depositados nas catacumbas de Santa Cecília, vítimas da intolerância romana.
Sua tumba continua na catacumba de São Calisto,
mas seus restos mortais estão na Igreja de Santa Cecilia in Trastevere,
juntamente com as relíquias da própria Santa Cecília e outros. Sua
cabeça continua preservada na Catedral Santo Ansgar, em Copenhague, Dinamarca.
Lúcio I foi sucedido por Estevão
I.
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