quinta-feira, 5 de março de 2020

05 de março - São Lúcio I - Papa


Lúcio I foi o 22º papa da história da Igreja Católica, governando de 25 de junho de 253 até 5 de março de 254.

Nascido em Roma no ano 205, Lúcio tem uma história familiar desconhecida. Sabe-se apenas o nome de seu pai, que era Prophyrianus. Lúcio nasceu em um momento que o cristianismo começava a se expandir pelo Império Romano. Foi por volta do ano 200 que os cristãos passaram a superar as perseguições religiosas, iniciando uma guinada que levaria o cristianismo a ser a religião oficial do Império.
A conversão do primeiro imperador romano ao cristianismo selaria de vez a amplitude do cristianismo e abriria as portas para que influenciasse profundamente toda a história ocidental.

Ele foi eleito, provavelmente, no dia 25 de junho de 253. Sua eleição aconteceu durante a perseguição que já havia acusado o banimento do Papa Cornélio e ele também foi banido, mas teve permissão para voltar. Em seu retorno, ele recebeu uma carta entusiasmada de Cipriano, o influente bispo de Cartago, parabenizando-o por sua vontade de sofrer pela fé, e sugerindo que talvez o Senhor o tenha chamado de volta para que ele possa sofrer martírio real no meio do seu rebanho. 



Ao voltar, teve de sustentar luta fortíssima, desta vez, contra hereges denominados "novacianos", um movimento do cristianismo primitivo que se recusava a readmitir cristãos que tinham celebrado os deuses pagãos durante a perseguição empreendida pelo imperador Décio. Esse embate foi intenso e, mais tarde, os novacianos seriam declarados hereges. De toda forma, Lúcio I foi firme em defesa da doutrina de Cristo segundo a Igreja Católica. Sua determinação, zelo apostólico, plena convicção e fé em defesa da doutrina de Cristo, culminou em seu martírio. Data desta época, a morte de Nereu de Chipre, um perigoso agitador que ambicionava o trono Pontifício, e maquinou inúmeros estratagemas para conquistar seguidores.

Documentos apócrifos ditam a sua morte por envenenamento com recurso de cicuta, poderoso veneno, outros atestam que ele foi decapitado. Neste mesmo local e época, foram martirizados outros novecentos santos mártires, cujos corpos foram depositados nas catacumbas de Santa Cecília, vítimas da intolerância romana.

Sua tumba continua na catacumba de São Calisto, mas seus restos mortais estão na Igreja de Santa Cecilia in Trastevere, juntamente com as relíquias da própria Santa Cecília e outros. Sua cabeça continua preservada na Catedral Santo Ansgar, em Copenhague, Dinamarca. Lúcio I foi sucedido por Estevão I.

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