Hoje a liturgia
propõe o Evangelho das Bodas de Caná, um episódio narrado por João, testemunha
ocular do acontecimento. Tal episódio foi colocado neste domingo que se segue
imediatamente ao tempo de Natal porque, juntamente com a visita dos Magos do
Oriente e com o Batismo de Jesus, forma a trilogia da epifania, ou seja, da manifestação de Cristo.
As Bodas de Caná
constituem de fato o início dos sinais, ou seja, o primeiro milagre realizado
por Jesus, com o qual Ele manifestou em público a sua glória, suscitando a fé
dos seus discípulos.
Recordemos
brevemente o que aconteceu durante aquela festa de núpcias em Caná da Galileia.
Aconteceu que faltou o vinho e Maria, Mãe de Jesus, fê-lo presente ao seu
Filho. Ele respondeu-lhe que ainda não tinha chegado a sua hora; mas depois
ouviu a solicitação de Maria e, tendo mandado encher de água seis ânforas
grandes, transformou a água em vinho, num vinho excelente, melhor que o
anterior. Com este sinal, Jesus
revela-se como o Esposo messiânico, que veio estabelecer com o seu povo a nova
e eterna Aliança, segundo as palavras dos profetas: Assim como a esposa faz a
felicidade do seu marido, assim tu serás a alegria do teu Deus. E o
vinho é símbolo desta alegria de amor; mas ele faz alusão também ao sangue, que
Jesus derramará no fim, para selar o seu pacto nupcial com a humanidade.
A Igreja é a esposa
de Cristo, o qual a torna santa e bela com a sua graça. Contudo esta esposa,
formada por seres humanos, está sempre necessitada de purificação. E uma das
culpas mais graves que deturpam o rosto da Igreja é contra a sua unidade
visível, sobretudo as divisões históricas que separaram os cristãos e que ainda
não foram totalmente superadas.
Queridos amigos, na
oração pela unidade dos cristãos gostaria de acrescentar mais uma vez a prece
pela paz, para que, nos diversos conflitos infelizmente ainda existentes,
cessem os massacres de inocentes, tenha fim toda a violência e se encontre a
coragem do diálogo e da negociação. Para ambas estes intenções, invoquemos a
intercessão de Maria Santíssima, mediadora de graça.
Papa
Bento XVI – 20 de janeiro de 2013
Hoje celebramos:
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