Francisco Fernandes
de Capillas nasceu em Vacherim de Campos, na Castilha Velha, em 1607. Entrou
para o convento dominicano de Valladolid, foi ordenado sacerdote e exerceu seus
primeiros anos de ministério sacerdotal na Espanha.
Em 1642, Francisco
partiu para a China com o Padre François Diaz (que mais tarde seria canonizado
juntamente com ele). Francisco fez uma parada, inicialmente, em Fogan,
onde aprendeu a língua nativa em muito pouco tempo; em seguida, começou a
percorrer as províncias e Deus abençoava seus trabalhos por meio de grandes
conversões.
O mandarim de Fogan
se rebelou e iniciou uma séria perseguição contra os cristãos. O imperador da
China enviou um comissário a Fogan para ouvir as queixas dos pagãos e a defesa
dos cristãos. A causa ficou favorável aos cristãos, o que provocou a ira dos
monges budistas. Seguiu-se, então, uma violenta perseguição.
Padre Francisco de
Capillas foi capturado, arrastado para a prisão, submetido às mais cruéis
torturas e, finalmente, condenado à morte. Suas últimas palavras diante do
juiz, foram:
"Eu nunca tive outra casa além do mundo, nem outra
cama além da terra, nem qualquer outra comida que o pão que a Providência me
deu todos os dias, nem qualquer outra razão para viver do que para trabalhar e
sofrer pela glória de Jesus Cristo e pela felicidade eterna dos que creem em
seu nome."
Em 15 de janeiro de
1648 foi decapitado, enquanto recitava os mistérios dolorosos do Rosário,
juntamente com outros cristãos condenados à morte. Francisco
consumava na China seu amor por Cristo derramando seu sangue nas mãos daqueles
que não sabiam como vislumbrar a grandeza de um coração cheio de alegria diante
da aventura diária de viver e espalhar a fé ao seu redor. Seu zelo apostólico é tudo o que poderia ser usado contra ele
quando ele foi condenado.
A firmeza que
demonstrou o mártir dá coragem aos cristãos de todos os tempos para que
perseverem na fé. Padre Francisco de Capillas é o protomártir (primeiro mártir)
da Igreja da China.
Padre Francisco de
Capillas foi beatificado no dia 2 de maio de 1909 em Roma pelo Papa Pio X e,
posteriormente, canonizado, juntamente com outros 119 companheiros, em 1º de
outubro de 2000, também em Roma, pelo Papa João Paulo II que declarou em sua
homilia:
Nesta plêiade de
Mártires resplandecem também 33 missionários e missionárias, que deixaram a sua
terra e procuraram introduzir-se na realidade chinesa, assumindo com amor as
suas características, no desejo de anunciar Cristo e de servir aquele povo. Os
seus túmulos estão lá, como que a significar a sua definitiva pertença à China,
que eles, apesar dos seus limites humanos, amaram com sinceridade, despendendo
por ela as suas energias. "Nunca fizemos mal a ninguém responde Dom
Francisco Fogolla ao governador que se prepara para o golpear com a espada. Ao
contrário, fizemos o bem a muitos".
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