Quando praticardes o bem e oferecerdes uma
esmola não o façais para serdes admirados. A vossa mão direita não saiba o que
faz a esquerda. Fazei-o escondido. E quando fizerdes penitência, jejum, por
favor, poupai-vos da melancolia, não sejais melancólicos para que todo o mundo
saiba que estais a fazer penitência. Resumindo: o que importa é a liberdade que
a redenção nos concedeu, que o amor nos ofereceu, que a recriação do Pai nos
deu. É uma liberdade interior que leva a praticar o bem de forma escondida, sem
fazer soar a trombeta: de fato, o caminho da verdadeira religião é o mesmo de
Jesus: a humildade, a humilhação. Dado que Jesus se humilhou a si mesmo,
esvaziou-se a si mesmo. É o único caminho para eliminar de nós o egoísmo, a
avidez, a soberba, a vaidade, a mundanidade.
Diante deste modelo, ao contrário, temos a
atitude de quantos Jesus repreende: pessoas que seguem a religião da maquiagem:
a aparência, o aparecer, fazer de conta, mas dentro... Para eles, Jesus usa uma
imagem muito forte: “Sois semelhantes aos sepulcros caiados, formosos por
fora, mas por dentro cheios de ossos de mortos, e de toda a espécie de
imundície”. Ao contrário, Jesus chama-nos, convida-nos a praticar o bem com
humildade, porque se não se cai num engano perigoso: Tu podes praticar todo o
bem que quiseres, mas se não o fizeres com humildade, como nos ensina Jesus,
este bem não serve, por ser um bem que nasce de ti mesmo, da tua segurança, não
da redenção que Jesus nos deu. Uma redenção que, chega através da estrada da
humildade e das humilhações: com efeito nunca se chega à humildade sem as
humilhações. Tanto é que vemos Jesus humilhado na cruz.
Papa Francisco – 11 de
outubro de 2016
Hoje celebramos:
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