Caio Sólio Apolinário (Sidônio) nasceu em Lugduno,
em 05 de novembro de 430 e faleceu em Clermont-Ferrand em 21 de
agosto de 486 foi um poeta, alto funcionário do Império Romano, bispo e hoje,
santo, foi o autor individual sobrevivente mais importante da Gália do
quinto século. A amplitude de seus conhecimentos o tornaram centro da vida
pública de sua época.
Era de descendência nobre, com pai e avô
cristãos e prefeitos do pretório da Gália. Casou-se por volta de 452 com
Papianilla, filha de Ávito, que era então cônsul e depois foi
proclamado imperador romano do Ocidente em 455, que ergueu
no Fórum de Trajano uma estátua de seu genro e deu-lhe o título
de conde. De seu casamento teve um filho e três filhas.
Em 457, caiu nas mãos de Majoriano,
que havia privado Ávito do império e tomado a cidade de Lyon. A reputação
de seu conhecimento levou Majoriano a tratá-lo com imenso respeito. Em troca,
Apolinário compôs um panegírico em sua honra (que ele havia feito previamente
para Ávito). Em 467, o imperador Antêmio o recompensou pelo
panegírico que ele havia escrito em sua honra elevando-o ao posto de prefeito
urbano de Roma, e em seguida à dignidade de patrício e senador.
Em 472, ele foi escolhido para suceder
Epárquio no bispado de Arverni (Clermont-Ferrand). Uma característica
fundamental de um bispo era desfrutar de certa autoridade para se opor aos
interesses dos poderosos, e é por isso que muitos bispos pertenciam a famílias
senatoriais. Diz-se que Sidônio era um pastor sério e eficiente, que
dedicou a seus sacerdotes e à diocese as mesmas energias que demonstrara para o
bem-estar moral de seus servos. Ele renunciou à poesia, começou a jejuar
em dias alternados, deu muitas de suas posses aos mosteiros e aos pobres,
ajudando a sustentar mais de quatrocentos habitantes da Borgonha afetados pela
fome; organizou procissões em tempo de guerra, defendeu seu povo com coragem,
especialmente contra os visigodos quando cercaram Clermont. Sua habilidade
como estadista e seu patriotismo foram provavelmente elementos decisivos na
escolha de alguém que, como ele mesmo, defenderia os interesses do poder
central diante de seus inimigos.
A cidade, no entanto, caiu em 474. Sidônio
estava assustado com a heresia ariana e ainda mais quando viu que a autoridade
romana cedia Auvergne formalmente a Eurico, o gótico em 475 e ele foi exilado para
a fortaleza de Liviana, perto de Carcassonne. Ele foi tratado com
humanidade e foi libertado em 476, com permissão para voltar a cumprir seu
cargo como bispo até sua morte
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 21
de agosto.
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