Na Liturgia de hoje proclamamos o Evangelho que
contém precisamente o diálogo entre o anjo Gabriel e a Virgem. “Alegra-te, ó
cheia de graça: o Senhor está contigo” — diz o mensageiro de Deus, e deste
modo revela a identidade mais profunda de Maria, o nome, por assim dizer, com
que o próprio Deus a conhece: cheia de graça.
Esta expressão, que nos é tão familiar desde a
infância porque a pronunciamos todas as vezes que recitamos a Ave-Maria,
oferece-nos a explicação do mistério que hoje celebramos. De fato, Maria, desde
o momento em que foi concebida pelos seus pais, foi objeto de uma singular
predileção da parte de Deus, o qual, no seu desígnio eterno, a escolheu para
ser a mãe do seu Filho feito homem e, por conseguinte, a preservou do pecado
original. Por isso o Anjo dirige-se a ela com este nome, que literalmente
significa: desde o início cheia do amor de Deus, da sua graça.
No meio das provações da vida e sobretudo das
contradições que o homem experimenta dentro de si e à sua volta, Maria, Mãe de
Cristo, diz-nos que a Graça é maior que o pecado, que a misericórdia de Deus é
mais poderosa que o mal e sabe transformá-lo em bem.
Papa Bento XVI – 08 de
dezembro de 2010
Hoje celebramos
Nossa Senhora Rainha
Nossa Senhora Rainha
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