Para verificar o chamado de Deus, devemos
perguntar-nos e entender o que Lhe agrada. Muitas vezes, os profetas anunciam o
que é agradável ao Senhor. A sua mensagem encontra uma síntese maravilhosa na
expressão: Misericórdia quero, e não sacrifício.
Para Deus todas as obras de misericórdia são
agradáveis, porque no irmão que ajudamos, reconhecemos o rosto de Deus que
ninguém pode ver. E todas as vezes em que nos inclinamos às necessidades dos
irmãos, damos de comer e beber a Jesus; vestimos, apoiamos e visitamos o Filho
de Deus. Em definitivo, tocamos a carne de Cristo.
Estamos chamados a por em prática o que pedimos
na oração e professamos na fé. Não existe alternativa para a caridade: quem se
põe ao serviço dos irmãos, embora não o saibamos, são aqueles que amam a Deus.
A vida cristã, no entanto, não é uma simples
ajuda oferecida nos momentos de necessidade. Se assim fosse, certamente seria
um belo sentimento de solidariedade humana, que provoca um benefício imediato,
mas seria estéril, porque careceria de raízes. O compromisso que o Senhor pede,
pelo contrário, é o de uma vocação para a caridade com que cada discípulo de
Cristo põe ao seu serviço a própria vida, para crescer no amor todos os dias.
Papa Francisco – 04 de setembro
de 2016
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