O Evangelho inicia com a pergunta que um doutor
da Lei faz a Jesus: "Mestre, que hei de fazer para possuir a vida
eterna?" Sabendo que ele era perito nas Sagradas Escrituras, o
Senhor convida aquele homem a dar ele mesmo a resposta, que de fato formula
perfeitamente, citando os dois mandamentos principais: amar a Deus com todo
o seu coração, mente e forças e amar o próximo como a si mesmo. Então o
doutor da Lei, quase para se justificar, pergunta: "E quem é o meu
próximo?" Desta vez, Jesus responde com a célebre parábola do
"Bom samaritano", para indicar que compete a nós tornar-nos o
"próximo" de todo aquele que tiver necessidade de ajuda.
O Samaritano, de fato, ocupa-se da condição de
um desconhecido, que os salteadores deixaram meio morto à margem da estrada:
enquanto um sacerdote e um levita tinham prosseguido, talvez pensando que em
contato com o sangue, com base num preceito, se teriam contaminado. Portanto, a
parábola, deve induzir-nos a transformar a nossa mentalidade segundo a lógica
de Cristo, que é a lógica da caridade: Deus é amor, e prestar-lhe culto
significa servir os irmãos com amor sincero e generoso.
Esta narração evangélica oferece o
"critério de medida", ou seja, a universalidade do amor que se
inclina para o necessitado encontrado por acaso, seja ele quem for. Ao lado
desta regra universal, há também uma exigência especificamente eclesial: que
"na própria Igreja, enquanto família, nenhum membro sofra porque passa
necessidade". O programa do cristão, aprendido do ensinamento de
Jesus, é "um coração que vê" onde há necessidade de amor, e age em
consequência.
Papa Bento XVI – 11 de julhoo
de 2010
Hoje celebramos:
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