Isto pode, sem dúvida, parecer-nos
desconcertante! Ainda hoje, como há 2000 anos, habituados a ver os sinais da
realeza no sucesso, na força, no dinheiro ou no poder, temos dificuldade em
aceitar um tal rei, um rei que Se faz servo dos mais pequeninos, dos mais
humildes; um rei cujo trono é uma cruz. E todavia – como ensinam as Escrituras
– é assim que se manifesta a glória de Cristo; é na humildade da sua vida
terrena que Ele encontra o poder de julgar o mundo. Para Ele, reinar é servir!
E aquilo que nos pede é segui-Lo por este caminho: servir, estar atento ao
clamor do pobre, do fraco, do marginalizado.
A pessoa batizada sabe que a sua decisão de
seguir Cristo pode acarretar-lhe grandes sacrifícios, às vezes até mesmo o da
própria vida. Mas, como nos recorda São Paulo, Cristo venceu a morte e
arrasta-nos atrás de Si na sua ressurreição; introduz-nos num mundo novo, um
mundo de liberdade e felicidade. Ainda hoje temos muitos vínculos com o mundo
velho, muitos medos que nos mantêm prisioneiros, impedindo-nos de viver livres
e felizes. Deixemos que Cristo nos liberte deste mundo velho.
A nossa fé n’Ele, vencedor de todos os nossos
medos e misérias, faz-nos entrar num mundo novo: um mundo onde a justiça e a
verdade não são objeto de burla, um mundo de liberdade interior e de paz conosco,
com os outros e com Deus. Tal é o dom que Deus nos fez no nosso Batismo.
Papa Bento XVI – 20 de
novembro de 2011
Hoje celebramos:
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