domingo, 9 de fevereiro de 2020

09 de fevereiro - Beato Leopoldo de Alpandeire


Barba branca, sorriso sereno, olhos no chão e coração voltado para o céu, o Beato Frei Leopoldo é um dos modelos da santidade capuchinha marcada por santos simples e do povo, nas fileiras da Ordem, vemos santos que foram testemunhos extraordinários vivendo com dedicação e devoção as tarefas ordinárias. Encontramos vários frades leigos, porteiros, cozinheiros, esmoleres.

Frei Leopoldo não alcançou a santidade, que agora vem reconhecida pela Igreja, como missionário num outro país, nem fazendo pregações nos púlpitos, muito menos porque era douto. Mas porque foi um testemunho no seu relacionamento com as pessoas e principalmente as mais necessitadas. O Beato se insere na escola capuchinha da simplicidade. Aqueles que aparentemente não são importantes é que Deus se serve para realizar a sua obra.
O escondimento de Nazaré, no silêncio, no trabalho contínuo e na oração.

A beatificação do Servo de Deus Frei Leopoldo de Alpandeire aconteceu em 12 de setembro de 2010 em Granada.
Ele nasceu na cidade de Alpandeire(Malaga), Espanha, com o nome de Francesco Tommaso Marquez y Sánchez (frei Leopoldo da Alpandeire), no dia 24 de junho de 1864, seus pais eram Diego Marquéz e Jeronima Sánchez, dois humildes e piedosos camponeses.
Desde a infância ajudou os seus pais nos afazeres agrícolas em no cuidado do pequeno rebanho, quando estava um pouco mais crescido começou a trabalhar nas poucas posses de terra da família.
Um dia ouvindo a pregação sobre o Beato Diego Cadiz, resolveu tornar-se capuchinho. No dia 16 de novembro de 1899 vestiu o hábito capuchinho no convento de Sevilha. Passou seus primeiros anos de vida religiosa nos conventos de Sevilha, Granada, Antequera, fazendo os trabalhos mais difíceis e humildes.

No ano de 1914 foi destinado ao convento de Granada como esmoler, e ali ficou por toda a sua vida. Com a sacola para pedir esmolas sempre as costas, descalço e sempre a pé, passou mais de cinquenta anos de porta em porta na cidade de Granada e nas cidades vizinhas pedindo humildemente esmola para os confrades e para os pobres.
Enfrentou a dificuldade da Espanha dos anos 30 algumas vezes foi perseguido e insultado pelas ruas e algumas vezes quase lapidado.

No seu interminável caminho se alternava entre ensinar o catecismo e a chamar os pecadores a conversão, repreendia energicamente os blasfemadores. Era acolhido nas casas com veneração e respeito, pela devoção muitas vezes cortavam pedacinhos do hábito e do cíngulo.
Na verdade, como mendigo, toda vez que recebia esmolas, recitava três Ave-Marias: era o seu modo de retribuir, suas esmolas de amor. Muitas vezes era chamado nas casas dos doentes, onde recitando as “três ave marias”, operava até curas prodigiosas.
Indo à mendicância quebrou o fêmur e teve de ser internado por três anos num convento, orando constantemente e suportando pacientemente as outras doenças.

Morreu no mosteiro de Santo Granada 9 de fevereiro de 1956. Seu corpo repousa na cripta do convento de Granada, um lugar de peregrinação constante, especialmente no dia 9 de cada mês.
"Sendo como Deus quer, sou feliz!"



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