Aqui temos o grande paradoxo de Jesus. Os
discípulos discutiam sobre quem deveria ocupar o lugar mais importante, quem
seria selecionado como o privilegiado, quem seria isento da lei comum, da norma
geral, para se pôr em evidência com um desejo de superioridade sobre os demais.
Quem subiria mais rapidamente, ocupando os cargos que dariam certas vantagens.
Jesus transtorna a sua lógica, dizendo-lhes simplesmente que a vida autêntica
se vive no compromisso concreto com o próximo.
Servir significa cuidar dos frágeis das nossas
famílias, da nossa sociedade, do nosso povo. São os rostos sofredores,
indefesos e angustiados que Jesus nos propõe olhar e convida concretamente a
amar. Amor que se concretiza em ações e decisões. Amor que se manifesta nas
diferentes tarefas que somos chamados, como cidadãos, a realizar. As pessoas de
carne e osso, com a sua vida, a sua história e especialmente com a sua
fragilidade, são aquelas que Jesus nos convida a defender, assistir, servir.
Porque ser cristão comporta servir a dignidade dos irmãos, lutar pela dignidade
dos irmãos e viver para a dignificação dos irmãos.
Há um serviço que serve; mas devemos
guardar-nos do outro serviço, da tentação do serviço que se serve. Há uma forma
de exercer o serviço cujo interesse é beneficiar os meus, em nome do nosso. Este
serviço deixa sempre os teus de fora, gerando uma dinâmica de exclusão.
Todos estamos chamados, por vocação cristã, ao
serviço que serve e a ajudar-nos mutuamente a não cair nas tentações do serviço
que que se serve. Todos somos convidados, encorajados por Jesus a cuidar uns
dos outros por amor.
Papa Francisco – 20 de
setembro de 2015
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário