No
trecho evangélico de hoje reapresenta-se a pergunta que atravessa todo o
Evangelho: quem é Jesus? Mas
desta vez é o próprio Jesus que a faz aos discípulos, ajudando-os gradualmente
a enfrentar a questão da identidade.
Antes
de interpelar diretamente os Doze, Jesus quer ouvir deles o que pensam as
pessoas sobre Ele — e sabe bem que os discípulos são muito sensíveis à
popularidade do Mestre! Portanto, pergunta: Quem dizem os homens que eu sou?
Sobressai
que Jesus é considerado pelo povo um grande profeta. Mas, na realidade, não lhe
interessam as sondagens e as bisbilhotices do povo. Ele não aceita sequer que
os seus discípulos respondam às suas perguntas com fórmulas já preparadas,
citando personagens famosos da Sagrada Escritura, porque uma fé que se reduz às
fórmulas é uma fé míope.
O
Senhor quer que os seus discípulos de ontem e de hoje estabeleçam com Ele uma
relação pessoal, e assim o acolham no centro da sua vida. Por esta razão,
incentiva-os a colocar-se em toda a verdade diante de si mesmos, e pergunta: E vós, quem dizeis que eu sou?
Jesus,
hoje, faz este pedido tão direto e confidencial a cada um de nós: “Tu, quem dizes que eu sou? Vós, quem
dizeis que eu sou? Quem sou eu para ti?”. Cada um é chamado a responder, no
próprio coração, deixando-se iluminar pela luz que o Pai nos dá a fim de
conhecer o seu Filho Jesus.
E
pode acontecer também que nós, assim como Pedro, afirmemos com entusiasmo: Tu és o Cristo.
Irmãos
e irmãs, a profissão de fé em Jesus Cristo não pode limitar-se às palavras, mas
exige ser autenticada com escolhas e gestos concretos, com uma vida
caraterizada pelo amor de Deus, com uma vida grande, com uma vida cheia de amor
pelo próximo.
Papa
Francisco – 16 de setembro de 2018
Hoje celebramos:
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