terça-feira, 4 de junho de 2019

04 de junho - 'Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti. Jo 17,1


Jesus pedia a glória, um pedido que parece paradoxal, já que a Paixão está às portas. De qual glória se trata? A glória indica a revelação de Deus, é o sinal distintivo da sua presença salvadora entre os homens. Agora, Jesus é aquele que manifesta de modo definitivo a presença e salvação de Deus. E o faz na Páscoa: levantado na Cruz é glorificado. Ali Deus finalmente revela sua glória: tira o último véu e nos surpreende ainda mais. Descobrimos realmente que a glória de Deus é toda Amor: amor puro, louco e impensável, muito além de qualquer limite e medida.

Caros irmãos e irmãs, façamos nossa oração como Jesus: peçamos ao Pai que tire os véus dos nossos olhos para que nesses dias, olhando o crucifixo, possamos acolher o fato que Deus é Amor.
Quantas vezes o imaginamos patrão e não Pai, quantas vezes pensamos que ele é juiz severo, muito mais que Salvador misericordioso!
Mas Deus, na Páscoa, zera as distâncias e se mostra na humildade de um amor que pede o nosso amor. Nós, então, o damos glória quando vivemos tudo o que fazemos com amor, quando fazemos cada coisa de coração, por Ele.
A verdadeira glória é a do amor, porque é a única que dá vida ao mundo. Sim, esta glória é o contrário da glória mundana, que vem quando se é admirado, louvado, aclamado: quando eu estou ao centro da atenção.
A glória de Deus, pelo contrário, é paradoxal: nada de aplausos, nada de audiência. Ao centro não está o “eu”, mas o “outro”: na Páscoa vemos que o Pai glorifica o Filho enquanto o Filho glorifica o Pai. Nenhum glorifica a si mesmo.

Podemos nos perguntar: “Qual é a glória pela qual vivo? A minha ou aquela de Deus? Desejo só receber dos outros ou quero também doar aos outros?”

Papa Francisco – 17 de abril de 2019

Hoje celebramos:
            São FranciscoCaracciolo


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