O
pedido central da oração sacerdotal de Jesus, dedicada aos seus discípulos de
todos os tempos, é o da unidade futura de quantos acreditarem nele.
Esta
unidade não é um produto mundano. Ela provém exclusivamente da unidade divina e
chega até nós do Pai, mediante o Filho e no Espírito Santo. Jesus invoca um dom
que provém do Céu, e que tem o seu efeito — real e perceptível — na terra. Ele
reza “a fim de que todos sejam um só:
assim como Tu, ó Pai, estás em mim e Eu em ti, que também eles estejam em Nós,
para que o mundo creia que Tu me enviaste”.
A
unidade dos cristãos, por um lado, é uma realidade secreta que está no coração
das pessoas crentes. Mas, ao mesmo tempo, ela deve aparecer com toda a clareza
na história, deve aparecer para que o mundo creia, tem uma finalidade muito
prática e concreta, deve aparecer para que todos sejam realmente um só. A
unidade dos discípulos futuros, sendo unidade com Jesus — que o Pai enviou ao
mundo — é também a fonte originária da eficácia da missão cristã no mundo.
Podemos
dizer que na oração sacerdotal de Jesus se cumpre a instituição da Igreja...
Precisamente aqui, no ato da última Ceia, Jesus cria a Igreja. Porque, o que é
a Igreja, a não ser a comunidade dos discípulos que, mediante a fé em Jesus
Cristo como enviado do Pai, recebe a sua unidade e é envolvida na missão de
Jesus de salvar o mundo, conduzindo-o ao conhecimento de Deus?
Aqui
encontramos realmente uma verdadeira definição da Igreja. A Igreja nasce da
oração de Jesus. E esta prece não é apenas palavra: é o gesto em que Ele se
“consagra” a Si mesmo, ou seja, se “sacrifica” pela vida do mundo.
Papa
Bento XVI – 25 de janeiro de 2012
Hoje celebramos:
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