“Não
cometerás adultério” – evidencia que o amor fiel de Cristo é a luz para viver a
beleza da afetividade humana. De fato, a nossa dimensão afetiva é um chamado ao
amor, que se manifesta na fidelidade, no acolhimento e na misericórdia. Isso é
muito importante. O amor como se
manifesta?
Na
fidelidade, no acolhimento e na misericórdia.
São
Paulo nos traz um texto revolucionário! Pensar, com a antropologia daquele
tempo, e dizer que o marido deve amar a mulher como Cristo ama a Igreja: mas é
uma revolução! Talvez, naquele tempo, é a coisa mais revolucionária que foi
dita sobre o matrimônio. Sempre, no caminho do amor.
Podemos
nos perguntar: este mandamento de fidelidade, a quem é destinado? Somente aos
esposos? Na realidade, este mandamento é para todos, é uma Palavra paterna de
Deus dirigida a cada homem e mulher.
Recordemos
que o caminho da maturidade humana é o percurso próprio do amor que vai do
receber cuidado à capacidade de oferecer cuidado, do receber a vida à
capacidade de dar a vida. Tornar-se homens e mulheres adultos quer dizer chegar
a viver a atitude esponsal e paternal, que se manifesta nas várias situações da
vida como a capacidade de tomar sobre si o peso de algum outro e amá-lo sem
ambiguidade. É, portanto, uma atitude global da pessoa que sabe assumir a
realidade e sabe entrar em uma relação profunda com os outros.
Quem
é, portanto, o adúltero, o infiel? É uma pessoa imatura, que tem para si a
própria vida e interpreta as situações com base no próprio bem-estar e no
próprio contentamento. Portanto, para casar-se, não basta celebrar o matrimônio!
É preciso fazer um caminho do eu ao nós, do pensar sozinho ao pensar em dois,
do viver sozinho ao viver em dois: é um belo caminho, é um caminho belo. Quando
chegamos a descentralizar-nos, então todo ato é esponsal: trabalhamos, falamos,
decidimos, encontramos os outros com atitude acolhedora e oblativa.
Papa
Bento Francisco – 31 de outubro de 2018
Hoje celebramos:
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