Ana Maria Gesualda nasceu
em Sena de Toscana em 29 de maio 1769. Era filha única de um conceituado
farmacêutico de Siena. Quando os negócios pioraram, a família foi obrigada a
emigrar para Roma em busca de melhores condições de vida. Os pais de Ana
trabalharam no serviço doméstico em casas particulares, enquanto a menina era
internada em uma instituição que se encarregava da educação de crianças sem
recursos.
Casou-se aos vinte e
um anos, com Domingos Taigi, servidor do palácio Chigi. Ele era um homem
piedoso, mas de caráter difícil e grosseiro, que nunca compreendeu os dons
especiais da esposa.
Vivendo no ambiente
da corte, o casal acabou buscando a felicidade fútil das festas, vaidades,
diversões e fortuna. Depois de três anos ela viu o vazio de sua vida familiar e
o quanto estava necessitada de Jesus. Foi a uma igreja e fez uma confissão
profunda com um sacerdote que se tornou seu diretor espiritual. Foi então que
ocorreu sua conversão.
A partir desse dia viveu
em humilde simplicidade, atendendo a um pobre lar com sete filho, vendo-se
obrigada em várias ocasiões a sustentar a casa com seus trabalhos de costura,
quando seu marido perdeu seu emprego.
.
Foi uma mulher de
luzes extraordinárias e rodeada de maravilhosos carismas e dons
extraordinários. Favorecida com dons especiais da profecia, tornou-se conhecida
por seus conselhos no meio do clero. Ana Maria se tornou muito respeitada
durante todos os quarenta e sete anos em que "um sol luminoso aparecia diante dos olhos, onde via os
acontecimentos do mundo, os pensamentos e as almas das pessoas", como
ela mesma descrevia.
Foi conselheira
espiritual de vários sacerdotes, hoje todos Santos, como Vicente Pallotti,
Gaspar Del Búfalo, Vicente Maria Strambi, de nobres e outras personalidades
eclesiásticas ilustres.
O cardeal Pedicini
refere a sua declaração juramentada sobre os portentos que ele presenciou nessa
mulher extraordinária, e que podem ser consultados no processo de sua
beatificação.
Diz o citado Cardeal
que a Ana Maria Taigi vinha os pensamentos mais secretos das pessoas presentes
ou ausentes; os acontecimentos dos séculos passados, e a vida que levavam as
mais importantes personagens.
Poderia se dizer que
este dom era onisciente, era conhecimentos de todas as coisas em Deus, na
medida em que a inteligência humana é capaz de conhecê-lo nesta vida. E
acrescenta o Cardeal: "Me sinto
impotente para descobrir as maravilhas de quem fui confidente durante 30
anos".
A Beata Ana Maria
faleceu em 9 de junho de 1837. O Papa Bento XV a beatificou em 1920, designou
sua celebração para o dia de sua morte e a declarou padroeira das mães de
família. O decreto de beatificação a aponta como: "prodígio único nos fastos da santidade". O corpo da
Beata Ana Maria Taigi, que prodigiosamente se conservou incorrupto, está
guardado na Igreja de São Crisógono, em Roma, numa Capela a ela dedicada.
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