domingo, 9 de junho de 2019

09 de junho - Beata Anna Maria Taigi


Ana Maria Gesualda nasceu em Sena de Toscana em 29 de maio 1769. Era filha única de um conceituado farmacêutico de Siena. Quando os negócios pioraram, a família foi obrigada a emigrar para Roma em busca de melhores condições de vida. Os pais de Ana trabalharam no serviço doméstico em casas particulares, enquanto a menina era internada em uma instituição que se encarregava da educação de crianças sem recursos.

Casou-se aos vinte e um anos, com Domingos Taigi, servidor do palácio Chigi. Ele era um homem piedoso, mas de caráter difícil e grosseiro, que nunca compreendeu os dons especiais da esposa.
Vivendo no ambiente da corte, o casal acabou buscando a felicidade fútil das festas, vaidades, diversões e fortuna. Depois de três anos ela viu o vazio de sua vida familiar e o quanto estava necessitada de Jesus. Foi a uma igreja e fez uma confissão profunda com um sacerdote que se tornou seu diretor espiritual. Foi então que ocorreu sua conversão.
A partir desse dia viveu em humilde simplicidade, atendendo a um pobre lar com sete filho, vendo-se obrigada em várias ocasiões a sustentar a casa com seus trabalhos de costura, quando seu marido perdeu seu emprego.
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Foi uma mulher de luzes extraordinárias e rodeada de maravilhosos carismas e dons extraordinários. Favorecida com dons especiais da profecia, tornou-se conhecida por seus conselhos no meio do clero. Ana Maria se tornou muito respeitada durante todos os quarenta e sete anos em que "um sol luminoso aparecia diante dos olhos, onde via os acontecimentos do mundo, os pensamentos e as almas das pessoas", como ela mesma descrevia.
Foi conselheira espiritual de vários sacerdotes, hoje todos Santos, como Vicente Pallotti, Gaspar Del Búfalo, Vicente Maria Strambi, de nobres e outras personalidades eclesiásticas ilustres.

O cardeal Pedicini refere a sua declaração juramentada sobre os portentos que ele presenciou nessa mulher extraordinária, e que podem ser consultados no processo de sua beatificação.
Diz o citado Cardeal que a Ana Maria Taigi vinha os pensamentos mais secretos das pessoas presentes ou ausentes; os acontecimentos dos séculos passados, e a vida que levavam as mais importantes personagens.
Poderia se dizer que este dom era onisciente, era conhecimentos de todas as coisas em Deus, na medida em que a inteligência humana é capaz de conhecê-lo nesta vida. E acrescenta o Cardeal: "Me sinto impotente para descobrir as maravilhas de quem fui confidente durante 30 anos".

A Beata Ana Maria faleceu em 9 de junho de 1837. O Papa Bento XV a beatificou em 1920, designou sua celebração para o dia de sua morte e a declarou padroeira das mães de família. O decreto de beatificação a aponta como: "prodígio único nos fastos da santidade". O corpo da Beata Ana Maria Taigi, que prodigiosamente se conservou incorrupto, está guardado na Igreja de São Crisógono, em Roma, numa Capela a ela dedicada.

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