Jesus quando
expulsa aqueles que comerciavam no templo: purifica o templo. Assim o Senhor
torna o templo como deve ser: puro, só para Deus e para o povo que vai rezar.
Mas como podemos purificar o templo de Deus? A resposta está em três palavras
que podem ajudar-nos a compreender. Primeira: vigilância; segunda: serviço;
terceira: gratuidade.
Portanto, vigilância
é a primeira palavra: Não só o templo físico, os edifícios são os templos de
Deus: o mais importante templo de Deus é o nosso coração, a nossa alma. Portanto,
o Espírito Santo habita em nós.
E por isso a
primeira palavra proposta é vigilância. Eis algumas perguntas para um exame de
consciência: O que acontece no meu coração? Dentro de mim? Como me comporto com
o Espírito Santo? O Espírito Santo é um dos muitos ídolos que conservo dentro
de mim ou cuido do Espírito Santo? Aprendi a vigiar dentro de mim, a fim de que
o templo no meu coração seja só para o Espírito Santo?
Eis a importância
de purificar o templo interior e vigiar.
A segunda palavra é
serviço. Jesus faz-nos compreender que ele está presente de modo especial no
templo dos necessitados. E diz claramente: está presente nos doentes, nos que
sofrem, nos famintos, nos presos, está presente neles. Também para a palavra
serviço algumas perguntas para serem formuladas a nós mesmos: Sei conservar
aquele templo? Cuido do templo com o meu serviço? Aproximo-me para ajudar, vestir,
consolar os que precisam?
E para o fazer bem
é preciso perguntar: De que modo ajudo a purificar aquele templo? A resposta é
simples: Com o serviço aos necessitados. O próprio Jesus diz que ele está
presente neles.
A primeira palavra,
vigilância, exprime algo que acontece dentro de nós. Enquanto a segunda palavra
indica-nos o serviço aos necessitados: isso significa purificar o templo.
E a terceira
palavra é gratuidade. Jesus diz: A minha casa será casa de oração. Tendo em
mente as palavras do Senhor, quantas vezes com tristeza entramos num templo,
numa paróquia, num episcopado, e não sabemos se estamos na casa de Deus ou num
supermercado: há ali os mercadores, até com uma lista dos preços para os
sacramentos e falta a gratuidade. Contudo, Deus salvou-nos gratuitamente, nada
nos cobrou. Alguém poderia objetar que devemos ter dinheiro para manter a
estrutura e para dar de comer aos sacerdotes, aos catequistas. A resposta é
clara: Tu dás gratuitamente e Deus providenciará o resto, providenciará o que
falta.
Papa
Francisco – 24 de novembro de 2017
Hoje celebramos:
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