segunda-feira, 19 de novembro de 2018

19 de novembro - Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. Lc 18,35


O cego Bartimeu era um mendigo, que estava sentado à beira do caminho; tendo ouvido dizer que ia a passar Jesus, começou a gritar e a invocar o Filho de David para que tivesse piedade dele. Muitos repreendiam-no para o fazer calar, mas ele gritava cada vez mais. O Filho de Deus escutou o seu brado e perguntou-lhe: “Que queres que te faça?” “Mestre, que eu veja!” – respondeu o cego.

Esta página do Evangelho torna visível aquilo que o Salmo anunciava como promessa. Bartimeu é um pobre que se encontra desprovido de capacidades fundamentais, como o ver e o poder trabalhar. Também hoje não faltam percursos que levam a formas de precariedade. A falta de meios basilares de subsistência, a marginalização quando já não se está na plenitude das próprias forças laborais, as diversas formas de escravidão social, apesar dos progressos realizados pela humanidade… Como Bartimeu, quantos pobres há hoje à beira da estrada e procuram um significado para a sua condição! Quantos se interrogam acerca dos motivos por que chegaram ao fundo deste abismo e sobre o modo como sair dele! Esperam que alguém se aproxime deles, dizendo: Coragem, levanta-te que Ele chama-te.

Com frequência, infelizmente, verifica-se o contrário: as vozes que se ouvem são de repreensão e convite a estar calados e a sofrer. São vozes desafinadas, muitas vezes regidas por uma fobia para com os pobres, considerados como pessoas não apenas indigentes, mas também portadoras de insegurança, instabilidade, extravio dos costumes da vida diária e, consequentemente, pessoas que devem ser repelidas e mantidas ao longe. Tende-se a criar distância entre nós e eles, não nos dando conta de que, assim, acabamos distantes do Senhor Jesus, que não os afasta mas chama-os a Si e consola-os.
Como soam apropriadas a este caso as palavras do profeta relativas ao estilo de vida do crente: libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus. Este modo de agir faz com que o pecado seja perdoado, a justiça percorra a sua estrada e, quando formos nós a clamar pelo Senhor, Ele nos responda dizendo: Aqui estou!

Papa Francisco – II Dia Mundial dos Pobres

Hoje celebramos:


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