Jesus foi ao templo e
começou a expulsar os que ali vendiam. Despediu-os a todos, dizendo-lhes: “Está
escrito: a minha casa será casa de oração. Vós, ao contrário, fizeste dela um
covil de ladrões”. O espírito mundano tinha ocupado o lugar da adoração
ao Deus vivo. Naquela época, os chefes do templo, os chefes dos sacerdotes e os
escribas tinham invertido um pouco as situações. Tinham entrado num processo de
degradação e tornado impuro o templo, tinham sujado o templo.
Mas isto diz algo
também aos cristãos de hoje, porque o templo é um ícone da Igreja. E, a Igreja
terá sempre — sempre! — a tentação da mundanidade e de um poder que não é o
poder que Jesus Cristo quer para ela.
Com efeito, há sempre
na Igreja a tentação da corrupção. Acontece quando em vez de estar apegada à
fidelidade ao Senhor Jesus, ao Senhor da paz, da alegria, da salvação, ela se
deixa seduzir pelo dinheiro e pelo poder.
Notemos como aqueles
chefes dos sacerdotes e escribas se zangaram. Jesus não os afasta do templo,
mas os que faziam negócios, os negociantes do templo; contudo os chefes dos
sacerdotes e os escribas estavam relacionados com eles, porque evidentemente
deles recebiam dinheiro.
O Evangelho diz que
os chefes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo o queriam morto. E
porquê? Não sabiam o que fazer porque todo o povo ficava fascinado quando o
ouvia. A força de Jesus era a sua palavra o seu testemunho, o seu amor. E onde
está Jesus, não há lugar para a corrupção.
Tudo isto é claro
também hoje: esta é a luta de cada um de nós, esta é a luta diária da Igreja,
que está chamada a andar sempre com Jesus. E os cristãos devem pender sempre
dos seus lábios, para ouvir a sua palavra; e nunca procurar certezas onde há
coisas de outro dono. De resto, não se pode servir a dois senhores: ou Deus ou
as riquezas; ou Deus ou o poder.
Papa
Francisco – 20 de novembro de 2015
Hoje celebramos:
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