sexta-feira, 23 de novembro de 2018

23 de novembro - Minha casa será casa de oração. Lc 19,46


Jesus foi ao templo e começou a expulsar os que ali vendiam. Despediu-os a todos, dizendo-lhes: “Está escrito: a minha casa será casa de oração. Vós, ao contrário, fizeste dela um covil de ladrões”. O espírito mundano tinha ocupado o lugar da adoração ao Deus vivo. Naquela época, os chefes do templo, os chefes dos sacerdotes e os escribas tinham invertido um pouco as situações. Tinham entrado num processo de degradação e tornado impuro o templo, tinham sujado o templo.

Mas isto diz algo também aos cristãos de hoje, porque o templo é um ícone da Igreja. E, a Igreja terá sempre — sempre! — a tentação da mundanidade e de um poder que não é o poder que Jesus Cristo quer para ela.

Com efeito, há sempre na Igreja a tentação da corrupção. Acontece quando em vez de estar apegada à fidelidade ao Senhor Jesus, ao Senhor da paz, da alegria, da salvação, ela se deixa seduzir pelo dinheiro e pelo poder.

Notemos como aqueles chefes dos sacerdotes e escribas se zangaram. Jesus não os afasta do templo, mas os que faziam negócios, os negociantes do templo; contudo os chefes dos sacerdotes e os escribas estavam relacionados com eles, porque evidentemente deles recebiam dinheiro.

O Evangelho diz que os chefes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo o queriam morto. E porquê? Não sabiam o que fazer porque todo o povo ficava fascinado quando o ouvia. A força de Jesus era a sua palavra o seu testemunho, o seu amor. E onde está Jesus, não há lugar para a corrupção.
Tudo isto é claro também hoje: esta é a luta de cada um de nós, esta é a luta diária da Igreja, que está chamada a andar sempre com Jesus. E os cristãos devem pender sempre dos seus lábios, para ouvir a sua palavra; e nunca procurar certezas onde há coisas de outro dono. De resto, não se pode servir a dois senhores: ou Deus ou as riquezas; ou Deus ou o poder.

Papa Francisco – 20 de novembro de 2015

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