segunda-feira, 5 de novembro de 2018

05 de novembro - Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Lc 14,13


Nesta Parábola Jesus indica a atitude de abnegação que deve caracterizar a hospitalidade. Ele diz assim: “Quando ofereceres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Serás feliz porque eles não podem retribuir-te”. Trata-se de escolher a gratuidade, em vez do cálculo oportunista que deseja alcançar uma recompensa, que busca o interesse e que procura enriquecer-se ulteriormente. Com efeito os pobres, os simples e aqueles que não contam nunca poderão retribuir o convite para uma ceia.
Assim Jesus demonstra a sua preferência pelos pobres e excluídos, que são os privilegiados do Reino de Deus, e lança a mensagem fundamental do Evangelho, que consiste em servir o próximo por amor a Deus.

Hoje Jesus faz-se voz de quantos não a têm, dirigindo a cada um de nós um apelo urgente a abrir o coração e a fazer nossos os sofrimentos e os anseios dos pobres, famintos, marginalizados, refugiados, derrotados da vida e daqueles que são descartados pela sociedade e pela prepotência dos mais fortes. E na realidade estes descartados representam a esmagadora maioria da população.

Neste momento, penso com gratidão nos refeitórios onde tantos voluntários oferecem o próprio serviço, dando de comer a pessoas sozinhas, deserdadas, desempregadas ou desabrigadas. Estes refeitórios e outras obras de misericórdia — como visitar os doentes, os presos... — são escolas de caridade que propagam a cultura da gratuidade, porque aqueles que aí trabalham são impelidos pelo amor a Deus e iluminados pela sabedoria do Evangelho. Assim o serviço aos irmãos torna-se testemunho de amor, que torna crível e visível o amor de Cristo.
Peçamos à Virgem Maria que nos conduza todos os dias pelo caminho da humildade, Ela que foi humilde durante a sua vida inteira, e que nos torne capazes de fazer gestos gratuitos de acolhimento e de solidariedade a favor dos marginalizados, para nos tornarmos dignos da recompensa divina.

Papa Francisco – 28 de agosto de 2016

Hoje celebramos:

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