sexta-feira, 9 de novembro de 2018

09 de novembro - Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio! Jo 2,16


Jesus quando expulsa aqueles que comerciavam no templo: purifica o templo. Assim o Senhor torna o templo como deve ser: puro, só para Deus e para o povo que vai rezar. Mas como podemos purificar o templo de Deus? A resposta está em três palavras que podem ajudar-nos a compreender. Primeira: vigilância; segunda: serviço; terceira: gratuidade.

Portanto, vigilância é a primeira palavra: Não só o templo físico, os edifícios são os templos de Deus: o mais importante templo de Deus é o nosso coração, a nossa alma. Portanto, o Espírito Santo habita em nós.
E por isso a primeira palavra proposta é vigilância. Eis algumas perguntas para um exame de consciência: O que acontece no meu coração? Dentro de mim? Como me comporto com o Espírito Santo? O Espírito Santo é um dos muitos ídolos que conservo dentro de mim ou cuido do Espírito Santo? Aprendi a vigiar dentro de mim, a fim de que o templo no meu coração seja só para o Espírito Santo?

Eis a importância de purificar o templo interior e vigiar.

A segunda palavra é serviço. Jesus faz-nos compreender que ele está presente de modo especial no templo dos necessitados. E diz claramente: está presente nos doentes, nos que sofrem, nos famintos, nos presos, está presente neles. Também para a palavra serviço algumas perguntas para serem formuladas a nós mesmos: Sei conservar aquele templo? Cuido do templo com o meu serviço? Aproximo-me para ajudar, vestir, consolar os que precisam?
E para o fazer bem é preciso perguntar: De que modo ajudo a purificar aquele templo? A resposta é simples: Com o serviço aos necessitados. O próprio Jesus diz que ele está presente neles.

A primeira palavra, vigilância, exprime algo que acontece dentro de nós. Enquanto a segunda palavra indica-nos o serviço aos necessitados: isso significa purificar o templo.

E a terceira palavra é gratuidade. Jesus diz: A minha casa será casa de oração. Tendo em mente as palavras do Senhor, quantas vezes com tristeza entramos num templo, numa paróquia, num episcopado, e não sabemos se estamos na casa de Deus ou num supermercado: há ali os mercadores, até com uma lista dos preços para os sacramentos e falta a gratuidade. Contudo, Deus salvou-nos gratuitamente, nada nos cobrou. Alguém poderia objetar que devemos ter dinheiro para manter a estrutura e para dar de comer aos sacerdotes, aos catequistas. A resposta é clara: Tu dás gratuitamente e Deus providenciará o resto, providenciará o que falta.

Papa Francisco – 24 de novembro de 2017

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