Beata Madre Clélia
Merloni, fundadora das Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, uma mulher
totalmente entregue à vontade de Deus, zelosa na caridade, paciente nas
adversidades e heroica no perdão. Agradecemos a Deus pelo luminoso testemunho
do Evangelho da nova Beata, e sigamos o seu exemplo de bondade e de
misericórdia. Um aplauso à nova Beata....
Papa
Francisco – 04 de novembro de 2018
Clélia Cleópatra
Merloni nasceu em Forlì, na Itália, em 10 de março de 1861. À medida que
crescia, se sentia sempre mais atraída para a oração e a intimidade com Deus do
que para a vida social da elite ou administrar os negócios da família, conforme
o desejo do seu pai.
Mulher inteligente,
dotada de muitas qualidades, respondeu com grande generosidade ao chamado de
Deus, consagrando-se totalmente a Deus na vida consagrada.
Em 30 de maio de
1894, Madre Clélia fundou o Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de
Jesus, colocando a serviço dos mais necessitados e marginalizados todo o seu
potencial carismático, suas energias, seu zelo apostólico e a considerável
herança deixada por seu pai. Na virada do século XIX para o século XX, enviou
as primeiras Apóstolas Missionárias às Américas e ao Exterior.
O ideal de vida de
Madre Clélia era a Santidade: “Quero ser santa”, dizia para cumprir plena e
totalmente a vontade de Deus, junto com suas filhas religiosas. Neste seu
percurso, teve que passar por tempos de purificação e enfrentar provações
difíceis, como profundas humilhações, dores físicas, morais e espirituais.
Porém, ela aceitou tudo com amor e por amor ao Sagrado Coração de Jesus, ao
qual dedicara toda a sua vida.
Madre Clélia
faleceu em Roma, em 21 de novembro de 1930. Seu corpo, exumado em 1945, foi
encontrado incorrupto, e descansa na Capela da Casa Geral das Apóstolas do
Sagrado Coração de Jesus, em Roma.
O Instituto das
Apóstolas do Sagrado Coração (IASCJ), está presente em 15 países e com forte
presença em território brasileiro.
A Congregação das
Causas dos Santos, com a junta médica de especialistas, Bispos e Cardeais,
aprovou o milagre, por intercessão de Madre Clélia, do médico Pedro Ângelo de
Oliveira Filho, brasileiro, de Ribeirão Preto (SP).
O milagre, que
passou por uma minuciosa análise, teve início em 14 de março de 1951, quando o
médico brasileiro, Pedro Ângelo, foi, repentinamente, acometido por uma
progressiva paralisia dos quatro membros; sendo hospitalizado, com urgência, na
Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto, foi-lhe diagnosticado um
paralisia ascendente progressiva, chamada síndrome de Landry ou Guillain Barré.
Em poucos dias, a paralisia piorou causando insuficiência respiratória aguda e
atingindo a glote, o que lhe dificultava deglutir.
Devido ao péssimo
diagnóstico, à gravidade da doença e aos remédios insuficientes da época, os
médicos suspenderam o tratamento e, em 20 de março, informaram à família que o
paciente não passaria daquela noite.
Diante desta grave
situação, sua esposa, Angelina Oliva, pediu orações à Irmã Adelina Alves
Barbosa. A religiosa propôs-lhe fazer uma novena a Madre Clélia, com uma foto e
uma relíquia, que continha uma partícula do véu da Madre.
Assim, a religiosa,
a esposa, os filhos e outros parentes começaram a rezar com fervor. No entanto,
a Irmã Adelina aproximou-se do paciente, deu-lhe de beber e colocou sobre seu
peito a pequena relíquia.
Até então, o
paciente não conseguia engolir nada, até que, momentos depois, perceberam que
ele engoliu a água e não perdia mais a saliva. Todos ficaram maravilhados com a
rápida melhora do paciente.
No dia seguinte, o
médico foi visitar Pedro Ângelo e, vendo que ele estava completamente curado,
exclamou que era um milagre!
Após 25 anos do milagre,
o doutor Pedro Ângelo faleceu, em 25 de setembro de 1976, por uma parada
cardíaca.
Pratiquem a caridade com semblante alegre e sereno, com
modos delicados, palavras amáveis e cordiais; tenham uma caridade indulgente,
procurando ver o lado positivo e interpretar favoravelmente tudo o que se diz,
desculpando os outros, ainda que em detrimento pessoal, enquanto a prudência o
permitir.
Não devem manifestar desagrado diante da ignorância ou da
enfermidade do próximo; aceitem com docilidade e cortesia os conselhos, as
repreensões, as humilhações, sejam elas quais forem; sejam prudentes em suas palavras
e atitudes, a fim de nada dizer ou fazer que possa magoar, e dizer e fazer tudo
com a amabilidade que a consciência lhes permitir; demonstrem amor, prestem
serviços com alegria, interessem-se caridosamente sobre tudo o que acontece com
o próximo.
Quando os outros falam, prestem atenção sem interromper
suas palavras; procurem anuir de bom grado à sua opinião, desde que a
consciência a aprouve; evitem falar de si mesmos ou das coisas que podem
granjear a estima e o louvor dos outros. Que o seu zelo na prática do bem
santifique suas conversações, consolando o próximo em suas tristezas,
animando-o nas dúvidas, dando-lhe força nas suas fraquezas, soerguendo-o nas
suas depressões, dando-lhe bons conselhos, exortando-o para que retorne à
amizade de Deus e à prática da virtude.
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