No martírio dos
cristãos, a violência é vencida pelo amor, a morte pela vida. A Igreja vê no
sacrifício dos mártires seu “nascimento ao céu”. Jesus transforma a morte de
quantos o amam em aurora de vida nova!
A imagem “mágica” e
“adocicada”, do Evangelho não existe! A liturgia nos leva ao sentido autêntico
da Encarnação, ligando Belém ao Calvário e recordando-nos que a salvação divina
implica a luta ao pecado, passa pela porta estreita da Cruz. Este é o caminho
que Jesus indicou claramente aos seus discípulos, como atesta o Evangelho de
hoje: “Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar
até o fim, esse será salvo”.
Por isso hoje
rezemos de modo particular pelos cristãos que sofrem discriminações por causa
do seu testemunho dado de Cristo e do Evangelho. Sejamos próximos a estes
irmãos e irmãs que são acusados injustamente e feitos objeto de violências de
vários tipos. Estou certo de que, infelizmente, são mais numerosos hoje que nos
primeiros tempos da Igreja. Há tantos! Isto acontece especialmente lá onde a
liberdade religiosa ainda não é garantida ou não é plenamente realizada.
Acontece, porém, também em países e ambientes que, no papel, protegem a
liberdade e os direitos humanos, mas onde de fato os crentes e, especialmente
os cristãos, encontram limitações e discriminações. Eu gostaria de pedir para
vocês rezarem por estes irmãos e irmãs um instante em silêncio […] E os confiemos
à Nossa Senhora.
Para o cristão,
isso não causa surpresa, porque Jesus já o havia preanunciado como ocasião
propícia para dar testemunho. Todavia, na esfera civil, a injustiça deve ser
denunciada e eliminada.
Papa Francisco - 26 de dezembro de 2013
Hoje celebramos:
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