Santa Ema de Gurk |
Ema contraiu núpcias com o Conde Guilherme de
Sanngau, que pertencia a mais rica nobreza do Ducado da Carintia, uma belíssima
região das montanhas austríacas, com quem teve dois filhos: Hartwig e
Guilherme.
No mesmo dia perdeu seu esposo e seus filhos,
que foram assassinados. Depois disso, Ema viu-se sozinha com o patrimônio de
uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua
cidade, direcionou sua vida no sentido de auxiliar aos pobres e de fundar mosteiros,
que colocou sob a regra dos beneditinos.
Primeiro fundou o Mosteiro Feminino de Gurk e
mais tarde o Mosteiro Masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou como
religiosa no Mosteiro de Gurk. Entretanto não existem informações precisas se
ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples
monja beneditina.
Foi tal a reclusão de Ema, que se tornou
impossível pesquisar sobre ela sem usar os textos da tradição cristã. Era uma
senhora refinada, discreta, generosa e muito piedosa. Era tão boa e benevolente
com todos os pobres, que já era considerada uma santa em vida.
Alguns contam que ela teria morrido em 27 de
junho de 1045. Entretanto, em 1200, alguns registros foram descobertos
indicando que Ema faleceu bem idosa, em 1070, no Mosteiro de Gurk.
Poucos anos depois de sua morte, no momento em
que o caixão foi aberto, seu corpo foi descoberto reduzido a pó, com exceção de
sua mão direita, a que havia dado tão generosamente esmolas aos pobres.
Desde 1174, seu corpo está enterrado na
Catedral de Gurk, cuja construção havia patrocinado com a herança do marido.
Mais tarde seus despojos foram transferidos para a cripta da Catedral. No
século XVIII, Antonio Corradini, artista italiano, esculpiu um baixo-relevo em
mármore sobre sua tumba, representando o momento de sua morte.
Como o fervor dos devotos pelas graças e prodígios
alcançados por sua intercessão propagaram a sua santidade, os bispos e os
mosteiros providenciaram a oficialização do seu culto. Ema não era venerada
somente na Áustria, mas também na Eslovênia. A devoção a ela só aumentou ao
longo dos tempos.
Ema de Gurk foi beatificada em 21 de novembro
de 1287 pelo Papa Honório IV e canonizada 800 anos após, em 5 de janeiro de
1938 pelo Papa Pio XI.
Ela é representada em trajes de dama nobre,
trazendo nos braços a maquete de uma igreja ou então em hábito religioso com
uma rosa, ou ainda distribuindo esmolas.
A generosidade de Santa Ema de Gurk ainda
continua viva e presente por meio do vigor das obras assistenciais
desenvolvidas pelos monges beneditinos daqueles mosteiros, e todos os outros
espalhados nos cinco continentes que difundem seu exemplo de santidade.
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