Nºs 35 a 38
Peçamos ao Senhor que
liberte a Igreja daqueles que querem envelhecê-la, ancorá-la ao passado,
travá-la, torná-la imóvel. Peçamos também que a livre de outra tentação:
acreditar que é jovem porque cede a tudo o que o mundo lhe oferece, acreditar
que se renova porque esconde a sua mensagem e mimetiza-se com os outros. Não! É jovem quando é ela mesma, quando recebe a
força sempre nova da Palavra de Deus, da Eucaristia, da presença de Cristo e da
força do seu Espírito em cada dia. É jovem quando consegue voltar
continuamente à sua fonte.
Certamente nós,
membros da Igreja, não precisamos de aparecer como sujeitos estranhos. Ao mesmo
tempo, porém, devemos ter a coragem de ser diferentes, mostrar outros sonhos
que este mundo não oferece, testemunhar a beleza da generosidade, do serviço,
da pureza, da fortaleza, do perdão, da fidelidade à própria vocação, da oração,
da luta pela justiça e o bem comum, do amor aos pobres, da amizade social.
A Igreja de Cristo
pode sempre cair na tentação de perder o entusiasmo, porque deixa de escutar o
apelo do Senhor ao risco da fé, a dar tudo sem medir os perigos, e volta a
procurar falsas seguranças mundanas.
São precisamente os
jovens que a podem ajudar a permanecer jovem. Os jovens podem conferir à Igreja
a beleza da juventude, quando estimulam a capacidade de se alegrar com o que
começa, de se dar sem nada exigir, de se renovar e de partir para novas
conquistas.
Quantos que já não
são jovens precisam da proximidade, da voz e estímulo dos jovens, e a
proximidade cria as condições para que a Igreja seja espaço de diálogo e
testemunho de fraternidade que fascina. Precisamos criar mais espaços onde
ressoe a voz dos jovens: A escuta torna possível um intercâmbio de dons, num
contexto de empatia. Ao mesmo tempo, estabelece as condições para um anúncio do
Evangelho que alcance verdadeiramente, de modo incisivo e fecundo, o coração.
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