João Battista
Piamarta, sacerdote da Diocese de Brescia, foi um grande apóstolo da caridade e
da juventude. Percebia a necessidade de uma presença cultural e social do
catolicismo no mundo moderno, por isso se dedicou ao progresso cristão, moral e
profissional das novas gerações, com a sua esplêndida humanidade e bondade.
Animado por uma
confiança inabalável na Providência Divina e de um profundo espírito de
sacrifício, enfrentou dificuldades e fatigas para dar vida a diversas obras
apostólicas, entre as quais: o Instituto dos pequenos artesãos, a Editora
Queriniana, a Congregação masculina da Sagrada Família de Nazaré e a
Congregação das Humildes Servas do Senhor.
O segredo da sua
vida, intensa e ativa, residia nas longas horas que ele dedicava à oração.
Quando estava sobrecarregado pelo trabalho, aumentava o tempo do encontro, de
coração a coração, com o Senhor. Demorava-se de muito bom grado junto do
Santíssimo Sacramento, meditando a paixão, morte e ressurreição de Cristo, para
alcançar a força espiritual e voltar a lançar-se, sempre com novas iniciativas
pastorais, à conquista do coração das pessoas, sobretudo dos jovens, para
levá-los de volta para as fontes da vida.
Papa
Bento XVI – Homilia de Canonização – 21 de outubro de 2012
Padre João Piamarta
nasceu na cidade de Bréscia, norte da Itália, no dia 26 de novembro de 1841 e
foi batizado na Igreja paroquial de sua cidade. Sua Família era muito pobre e
aos nove anos de idade ficou órfão de mãe, por isso foi amparado e educado pelo
avô materno. Tendo concluído a 5ª serie, foi encaminhado para trabalhar numa
fábrica de colchões. Ficou doente por causa do trabalho, por isso o patrão lhe
ofereceu a possibilidade de passar as férias na cidade de Vállio. Nesta cidade
conheceu o Padre Pezzana, pároco da cidade, o qual descobriu e cultivou de sua
semente de sua vocação sacerdotal.
Padre Piamarta entrou no seminário e os anos se passaram vagarosos e cansativos. A sua saúde enfraqueceu em consequência das muitas horas que passava debruçado sobre os livros. Foi ordenado dia 23 de dezembro, de 1865, com 24 anos de idade. Desenvolveu sua atividade pastoral como vigário na cidade de Carzago Riviera, em Bedizzole, na paróquia de Santo Alexandre, em Bréscia, e enfim como responsável pela paróquia de Pavone Mella.
No dia 3 de dezembro
de 1886, numa primeira sexta-feira do mês, dedicada ao Sagrado Coração de
Jesus, com a Celebração da Santa Missa, ele iniciava sua atividade em favor dos
jovens pobres. Em fevereiro de 1887, Padre Piamarta deixava definitivamente a
Paróquia para se dedicar aos jovens do Instituto Artigianelli.
Padre Piamarta sentiu
profundamente o problema dos jovens camponeses, por isso, no dia 11 de novembro
de 1895, com a ajuda do Pe. Bonsignori fundou a Colônia Agrícola de Remedello.
Fundou também a
Congregação Sagrada Família de Nazaré, no dia 25 de maio de 1902, para dar
continuidade a sua obra em favor da juventude pobre. Juntamente com a Madre
Elisa Baldo, fundou a Congregação das Irmãs Humildes Servas do Senhor, no dia
19 de março de 1911.
No dia 25 de abril de
1913, na Colônia Agrícola de Remedello, encerra uma vida inteiramente dedicada
ao serviço de Deus e dos irmãos.
No dia 22 de março de
1986, o Papa João Paulo II reconheceu suas virtudes heroicas. Ele viveu as
virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade, e as virtudes morais: Prudência,
Justiça, Fortaleza e Temperança, em grau heroico.
No dia 12 de outubro
de 1997, na Praça de São Pedro, em Roma, o Papa João Paulo II proclamou
Bem-Aventurado o Padre Piamarta.
Com a sua
Beatificação, o Papa João Paulo II o doa como pai aos Jovens, o indica como
exemplo aos sacerdotes e religiosos, o propõe como modelo para os educadores, o
apresenta como intercessor das famílias e o oferece como protetor dos
trabalhadores.
Foi declarado santo
pelo Papa Bento XVI, na Santa Missa de Canonização de sete beatos da
Igreja na Praça São Pedro que foi celebrada no domingo 21 de outubro de 2012.
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