10 de abril - Beato Bonifácio Zukowski

Pedro Zukowski nasceu em 13 de janeiro de 1913, em Baran Rapa, um vilarejo lituano pertencente ao Império Russo, próximo a Wilno (atualmente Vilnius). Esta região seria integrada à nova Polônia, que se tornou independente após a I Guerra Mundial.

Filho de Andrzej e Albina Walkiewicz. Após o ensino fundamental, dedicou-se a ajudar os pais no trabalho rural. Aos 16 anos, Pedro entrou para a congregação dos Frades Menores Conventuais (Franciscanos) na Cidade da Imaculada, fundada por São Maximiliano Maria Kolbe.

Era um imenso convento a cerca de 40 Km de Varsóvia, reunindo diversas construções dedicadas aos diferentes grupos de serviços dos Irmãos que editavam jornais católicos, dentre os quais o Cavaleiro da Imaculada, que atingiu, antes da guerra, 1 milhão de exemplares. Mais de 700 monges trabalhavam e se santificavam pela Virgem Maria.

Pedro pronunciou seus primeiros votos em 1932, adotando o nome de Bonifácio e, em 1935, fez sua profissão solene. No relatório escrito antes desta ocasião, o então guardião do convento escreveu: "Uma boa pessoa de todos os pontos de vista”! 

O irmão Bonifácio passou toda a sua vida religiosa na Cidade da Imaculada, dedicando-se ao apostolado da boa imprensa. 

Sempre silencioso e sereno, ele sempre soube demonstrar um certo equilíbrio. Após a eclosão da guerra, ele permaneceu no convento e colocou sua própria vida em risco para salvar as impressoras. Em conversas com os ocupantes alemães, ele às vezes revelava-se uma pessoa bastante corajosa.  

Quando os alemães invadiram o Oeste da Polônia, em setembro de 1939, aprisionando pela primeira vez o Padre Kolbe e outros monges, Irmão Bonifácio conseguiu salvar o material tipográfico. Quando o Padre Kolbe foi libertado, o Cavaleiro da Imaculada pode ser editado ainda uma vez.

São Maximiliano Maria Kolbe foi preso novamente em 17 de fevereiro de 1941 e o Beato Bonifácio Zukowski, em 14 de outubro do mesmo ano, juntamente com seis outros Irmãos, dos quais o Beato Timóteo Trojanowski. Na prisão ele costumava rezar o rosário e à noite com os irmãos cantava hinos religiosos, confortava espiritualmente os outros prisioneiros e compartilhava os poucos alimentos que recebia de fora com seus companheiros.

Em 8 de Janeiro de 1942, eles foram deportados para o campo de concentração de Auschwitz, e o Irmão Bonifácio e foi designado para transportar materiais de construção, demolir prédios inseguros, consertar telhados e finalmente recolher entulhos. Um dia foi brutalmente espancado com uma vara de madeira.

Trabalhar no frio causou pneumonia ao Irmão Bonifácio e ele morreu em 10 de abril de 1942, após apenas duas semanas no hospital do campo de concentração. Tinha 29 anos. Foi beatificado em 1999 pelo Papa João Paulo II.