Nºs 30 a 33
Os aspectos da
juventude e vida de Jesus podem servir de inspiração a todo o jovem que cresce
e se prepara para cumprir a sua missão. Isto implica amadurecer na relação com
o Pai, na consciência de ser um dos membros da família e da aldeia, e na
disponibilidade a ser cumulado do Espírito e guiado no cumprimento da missão
que Deus lhe confia, a sua vocação.
Nada disto deveria
ser ignorado na pastoral juvenil, para não criar projetos que isolem os jovens
da família e do mundo, ou que os transformem numa minoria seleta e preservada
de todo o contágio. Precisamos, sim, de projetos que os fortaleçam, acompanhem
e lancem para o encontro com os outros, o serviço generoso, a missão.
Não é de longe nem de
fora que Jesus vos ilumina, a vós jovens, mas a partir da própria juventude que
partilha convosco. É muito importante contemplar o Jesus jovem que os
Evangelhos nos mostram, porque foi verdadeiramente um de vós e, n’Ele, é
possível reconhecer muitos traços dos corações jovens.
“Jesus teve uma confiança incondicional no Pai, cuidou da
amizade com os seus discípulos e, até nos momentos de crise, permaneceu fiel a
eles. Manifestou uma profunda compaixão pelos mais fracos, especialmente os
pobres, os doentes, os pecadores e os excluídos. Teve a coragem de enfrentar as
autoridades religiosas e políticas do seu tempo; viveu a experiência de Se
sentir incompreendido e descartado; experimentou o medo do sofrimento e
conheceu a fragilidade da Paixão; dirigiu o seu olhar para o futuro,
colocando-Se nas mãos seguras do Pai e confiando na força do Espírito. Em
Jesus, todos os jovens se podem rever.”
Jesus ressuscitou e
quer fazer-nos participantes da novidade da sua ressurreição. Ele é a
verdadeira juventude de um mundo envelhecido, e é também a juventude do
universo que espera, por entre “dores de parto”, ser revestido com a sua luz e
com a sua vida. Junto d’Ele, podemos beber da verdadeira fonte que mantém vivos
os nossos sonhos, projetos e grandes ideais, lançando-nos no anúncio da vida
que vale a pena viver.
O Senhor nos chama a
acender estrelas na noite de outros jovens; convida-nos a olhar os verdadeiros
astros, ou seja, aqueles sinais tão variados que Ele nos dá para não ficarmos
parados, mas imitarmos o semeador que observava as estrelas para poder lavrar o
campo. Deus acende estrelas para nós, a fim de podermos continuar a caminhar.
Mas o próprio Cristo é, para nós, a grande luz de esperança e guia na nossa
noite, pois Ele é a brilhante estrela da manhã.
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