O Evangelho de hoje apresenta o episódio em que
Jesus expulsa os vendilhões do templo de Jerusalém. Ele fez este gesto com a
ajuda de um chicote de cordas, virou as mesas e disse: Não façais da casa do
meu Pai uma casa de negociantes! Esta ação decidida, realizada na proximidade
da Páscoa, suscitou grande impressão na multidão, e a hostilidade das
autoridades religiosas e de quantos se sentiram ameaçados nos seus interesses
econômicos. Mas como a devemos interpretar?
A questão que se apresentou era a da
autoridade. Com efeito, os judeus perguntaram a Jesus: Que sinal nos apresentas
Tu, para procederes deste modo? Ou seja, que autoridade tens para fazer estas
coisas? Como se exigissem a demonstração de que Ele agia verdadeiramente em
nome de Deus.
Para interpretar o gesto de Jesus, de purificar
a casa de Deus, os seus discípulos serviram-se de um texto bíblico tirado do
Salmo 69: O zelo pela tua casa consumir-me-á. O zelo pelo Pai e pela sua casa
levá-lo-á até à Cruz: o seu é o zelo de amor que leva ao sacrifício de si
mesmo, não aquele falso, que tem a presunção de servir a Deus mediante a
violência. Com efeito, o “sinal” que Jesus dará, como prova da sua autoridade,
será precisamente a sua morte e ressurreição: Destruí este templo — diz — e Eu
voltarei a erguê-lo em três dias. E o evangelista comenta: Ele falava do templo
do seu corpo. Com a Páscoa de Jesus tem início o novo culto, no templo
renovado, o culto do amor, e o novo templo é Ele mesmo.
A atitude de Jesus, exorta-nos a levar a nossa
vida não à procura das nossas vantagens e interesses, mas pela glória de
Deus, que é o amor. Somos chamados a ter sempre presentes aquelas palavras
incisivas de Jesus: Não façais da casa do meu Pai uma casa de negociantes!
Papa Francisco – 04 de
março de 2018
Hoje celebramos
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