sábado, 9 de novembro de 2019

09 de novembro - Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio! Jo 2,16


O Evangelho de hoje apresenta o episódio em que Jesus expulsa os vendilhões do templo de Jerusalém. Ele fez este gesto com a ajuda de um chicote de cordas, virou as mesas e disse: Não façais da casa do meu Pai uma casa de negociantes! Esta ação decidida, realizada na proximidade da Páscoa, suscitou grande impressão na multidão, e a hostilidade das autoridades religiosas e de quantos se sentiram ameaçados nos seus interesses econômicos. Mas como a devemos interpretar?

A questão que se apresentou era a da autoridade. Com efeito, os judeus perguntaram a Jesus: Que sinal nos apresentas Tu, para procederes deste modo? Ou seja, que autoridade tens para fazer estas coisas? Como se exigissem a demonstração de que Ele agia verdadeiramente em nome de Deus.

Para interpretar o gesto de Jesus, de purificar a casa de Deus, os seus discípulos serviram-se de um texto bíblico tirado do Salmo 69: O zelo pela tua casa consumir-me-á. O zelo pelo Pai e pela sua casa levá-lo-á até à Cruz: o seu é o zelo de amor que leva ao sacrifício de si mesmo, não aquele falso, que tem a presunção de servir a Deus mediante a violência. Com efeito, o “sinal” que Jesus dará, como prova da sua autoridade, será precisamente a sua morte e ressurreição: Destruí este templo — diz — e Eu voltarei a erguê-lo em três dias. E o evangelista comenta: Ele falava do templo do seu corpo. Com a Páscoa de Jesus tem início o novo culto, no templo renovado, o culto do amor, e o novo templo é Ele mesmo.

A atitude de Jesus, exorta-nos a levar a nossa vida não à procura das nossas vantagens e interesses, mas pela glória de Deus, que é o amor. Somos chamados a ter sempre presentes aquelas palavras incisivas de Jesus: Não façais da casa do meu Pai uma casa de negociantes!

Papa Francisco – 04 de março de 2018

Hoje celebramos



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