Jesus entra no templo, expulsa todos os vendedores, e diz: levai embora daqui
estas coisas e não façais da casa de meu Pai um mercado! É a primeira vez que
Jesus usa esta violência dos gestos: gestos incisivos. Uma intolerância, pois
todos eles estavam ao serviço do sacrifício: vendiam bois, ovelhas e pombas
para o sacrifício.
Por que entra Jesus nesta fase violenta? Alguém
poderia dizer: mas, um momento de cólera... Por seu lado, os discípulos
compreenderam bem o que estava a acontecer. Lucas o diz claramente: Recordaram-se
que está escrito: “O zelo pela tua casa me devorará”.
Por conseguinte, Jesus age assim estimulado
pelo zelo, o zelo pela casa de Deus, o zelo pela casa de seu Pai convertida num
mercado, como ele mesmo diz: “Não façais da casa de meu Pai um mercado!” E isto
leva-o a ter estes comportamentos nunca imaginados. É o amor ao Pai, o único
Deus. Mas, a explicação do porquê, a explicação mais radical, encontramo-la
numa frase, numa explicação que Jesus deu ao povo, quando disse: “Não se pode
servir a dois senhores: ou Deus ou o dinheiro”. Refleti: foi Jesus quem
atribuiu o status de “senhor” ao dinheiro. Quase como Deus: “ou Deus ou o
dinheiro”. São dois senhores. Ou serves Deus ou serves o dinheiro.
Que a Palavra de hoje nos faça pensar, nos faça
refletir sobre os nossos templos, sobre as nossas igrejas, sobre a pastoral das
nossas igrejas: se estão ao serviço de Deus, do Senhor Deus, ou ao serviço do
deus dinheiro, isto é, se são um mercado. E nos faça pensar também no templo do
coração: se eu quiser ter o Espírito Santo, que também me mostra que sou pecador,
mas filho de Deus, ou se expulsei o Espírito Santo do meu templo e instalei no
meu coração o ídolo.
Papa Francisco - 09 de
novembro de 2018
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário