segunda-feira, 25 de novembro de 2019

25 de novembro - Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. Lc 21,3


A cena do Evangelho de hoje é ambientada no templo de Jerusalém, precisamente no lugar onde as pessoas lançavam as moedas como oferta. Há tantos ricos que oferecem muitas moedas, e há uma mulher pobre, viúva, que só oferece duas pequenas moedas. Jesus observa atentamente aquela mulher e chama a atenção dos discípulos para o contraste evidente da cena. Os ricos deram com grande ostentação aquilo que para eles era supérfluo, enquanto a viúva, com discrição e humildade, ofereceu tudo o que tinha para o seu sustento; por isso — diz Jesus — ela deu mais do que todos.
Por causa da sua pobreza extrema, poderia ter oferecido uma única moeda para o templo e conservado a outra para si. Mas ela não quer dividir a meio com Deus: priva-se de tudo. Na sua pobreza ela entendeu que, se tiver Deus, tem tudo; sente-se amada totalmente por Ele e, por sua vez, ama-o também de modo total. Que bonito exemplo, aquela velhinha!

Hoje Jesus diz-nos, também a nós, que a medida de juízo não é a quantidade, mas a plenitude. Existe uma diferença entre quantidade e plenitude. Podes ter muito dinheiro, mas ser vazio: não há plenitude no teu coração. Durante esse dia, meditai sobre a diferença que existe entre quantidade e plenitude. Não é questão de porta-moedas, mas de coração. Há diferença entre porta-moedas e coração... Existem doenças cardíacas que levam o coração a descer até ao porta-moedas... E isto não é bom! Amar a Deus com todo o coração significa confiar nele, na sua Providência, e servi-lo nos irmãos mais pobres sem esperar nada em troca.

Permiti que vos conte uma anedota, que aconteceu na minha diocese precedente. Uma mãe estava à mesa com os seus três filhos; o pai estava no trabalho; e comiam bifes à milanesa... Naquele momento batem à porta e um dos filhos vai ver quem é, volta e diz: Mãe, há um mendigo que pede para comer. E a mãe, uma boa cristã, pergunta-lhes: Que fazemos? — Demos-lhe algo, mãe... — Muito bem. Pega no garfo e na faca e corta metade de cada um dos bifes. Ah, não, mãe, não! Assim não! Tira-o do freezerNão, façamos três sanduíches assim! E os filhos aprenderam que a verdadeira caridade se oferece, não com aquilo que nos sobra, mas com o que nos é necessário. Estou convicto de que naquela tarde eles sentiram um pouco de fome..., mas é assim que se faz!

Papa Francisco – 08 de novembro de 2015

Hoje celebramos:


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